À partida do Tour des Flandres 2018 a Quick-Step era, como na maioria das grandes clássicas, a equipa a abater. A formação belga chegava motivada, devido aos triunfos de Niki Terpstra na E3 Harelbeke e de Yves Lampaert na Dwars door Vlaanderen, e com um alinhamento assustador, visto que para além deles ainda tinha Zdenek Stybar e Philippe Gilbert.




Na semana que antecipava esta prova só Sagan os tinha derrotado na Gent-Wevelgem, no entanto a BMC e a Bora-Hansgrohe não tinham equipas tão fortes. A grande ameaça viria da Trek-Segafredo, com uma formação variada e completa. A corrida foi dura, desenrolou-se com alguma chuva e frio. Como quase sempre houve uma fuga grande e quedas pelo caminho, a 100 kms da meta. Foi pouco depois disso que atacou aquele que viria a ser o 2º classificado, Mads Pedersen.

Pedersen andou durante muito tempo “em terra de ninguém”, até apanhar Ivan Garcia Cortina e Tom Devriendt. O trio foi alcançado por Magnus Cort, Sebastian Langeveld e Dylan van Baarle e pouco depois só restavam na frente Pedersen, Langeveld e van Baarle. A selecção natural foi sendo feita no grupo principal, com superioridade numérica da Quick-Step, que começou a atacar à vez.




A 30 kms do final Vincenzo Nibali (que fez uma promissora estreia) atacou e teve a companhia de Niki Terpstra. Terpstra deixou o “Tubarão” para trás e foi apanhando a fuga aos poucos, enquanto os seus colegas marcavam ataques e interrompiam a perseguição, já sem grandes gregários para a fazer. O holandês alcançou a fuga e só Pedersen o conseguiu seguir à vista, enquanto Sagan tentava tudo no Paterberg, mas era apanhado novamente.

Terpstra terminou com 12 segundos sobre o heróico Pedersen, que já antevia uma carreira de grandes momentos e sobre Philippe Gilbert, que ficou em 3º. Foi o 2º Monumento da carreira (depois do Paris-Roubaix 2014) do holandês de 35 anos que agora está na Team Total Direct Energie, uma mudança que o fez afastar-se da ribalta e dos melhores resultados, falhando completamente as clássicas em 2019.

 

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