A 16 de Março de 2013 decorreu a 104ª edição da Milano-SanRemo, uma corrida verdadeiramente atroz, que viu um terço do pelotão ficar pelo caminho. Isto porque as condições climatéricas eram terríveis e chegou mesmo a nevar, vários corredores ficaram inclusivamente com hipotermia.
A corrida foi interrompida, o pelotão foi levado dentro dos carros de apoio e autocarros para junto à costa e 2 das principais subidas do dia foram retiradas, abrindo assim mais portas aos sprinters. A Cannondale de Peter Sagan e a sempre poderosa Team Sky assumiram o pelotão e o plano da equipa britânica foi lançar Ian Stannard ao ataque, com a companhia de Chavanel e Vorganov.
Stannard e Chavanel inclusivamente acabaram o Poggio na frente, sendo apanhados na descida por Peter Sagan, Fabian Cancellara, Luca Paolini e Gerald Ciolek, que se tinham distanciado do pelotão. Tudo viria a ser resolvido num sprint a 6, com Sagan a mostrou confiança a mais. Depois de perseguir tudo o que se mexia ainda foi o primeiro a lançar o sprint final, a 300 metros da meta, apesar de ter Gerald Ciolek na sua roda.
Até parecia que Sagan ia ganhar, mas foi Ciolek que festejou depois de ultrapassar Sagan nos últimos 50 metros, aproveitando a quebra do eslovaco. O incontornável Fabian Cancellara completou o pódio. Na altura com 23 anos falava-se que Sagan ainda tinha muito tempo para ganhar Monumentos e, particularmente esta corrida. O que é certo é que em 7 anos ganhou 2 Monumentos e em relação à Milano-SanRemo, ainda não registou o seu nome no palmarés. Desde 2014 a 2019 só esteve no pódio em 2017, perdendo para Michal Kwiatkowski num sprint a 3.
Para Gerald Ciolek foi a maior vitória da carreira, de longe. Um sprinter que nunca esteve no topo da hierarquia, aproveitou um alinhamento perfeito de sorte e condição física, nos 2 anos anteriores a esta corrida só tinha ganho 2 provas. Foi também, por incrível que pareça, o maior triunfo da MTN-Qhubeka, actual Team NTT e durante muito tempo Dimension Data. Tinham passado precisamente em 2013 ao escalão Profissional Continental e tinham sido convidados para fazer a Milano-SanRemo.