A grande novidade desta manhã na Volta a Itália foi a falta de abandonos devido à COVID-19, apenas 1 ciclista não partiu e foi devido à queda de ontem, Alessandro Covi. Para além dele também Kaden Groves e Mikael Cherel, já evidenciado problemas de saúde nas jornadas anteriores, desistiram durante a etapa. Num dia que parecia desenhado para uma fuga os movimentos começaram bem cedo e demorou alguns quilómetros até que uma enorme fuga de 30 elementos pegasse de estaca.

Um grupo muito grande onde os maiores perigos para a classificação geral eram Patrick Konrad, Ilan van Wilder e Sepp Kuss, onde estavam os sprinters Mads Pedersen e Michael Matthews e onde a Trek-Segafredo era a formação mais representada, com Skujins, Mollema e Ghebreigzabhier a fazerem companhia a Pedersen. Para além destes corredores outros nomes sonantes eram Stefano Oldani, Samuele Battistella, Alberto Bettiol, Lorenzo Fortunato, Davide Formolo ou Einer Rubio.




Pedersen aproveitou para recuperar pontos face a Jonathan Milan no sprint intermédio e a cerca de 85 kms da meta a fuga começou a atacar-se mutuamente até se formar um grupo de 4 elementos: Toms Skujins, Nico Denz, Sebastian Berwick e Alessandro Tonelli. A vantagem foi crescendo face aos perseguidores e ao pelotão, a 50 kms da meta o quarteto dianteiro tinha 3 minutos sobre Alberto Bettiol, Alex Baudin e Cristian Scaroni, 3:30 para a restante fuga e 8:30 para o pelotão, numa altura em que Patrick Konrad estava a entrar virtualmente no top 10 da geral, a Ineos-Grenadiers não se mostrava muito interessada em acelerar o ritmo e desgastar mais os seus gregários.

A última subida não trouxe grandes novidades, Tonelli perdeu o contacto com a frente da corrida e mais ciclistas fizeram a ponte para os perseguidores (Frigo, Paret-Peintre, Formolo, Huys), enquanto a Ineos impunha um ritmo vivo, mas não demasiado intenso no grupo principal. A vitória estava entre Denz, Skujins e Berwick e o alemão que até pareceu em grandes dificuldades na última subida lançou um forte ataque a 10 kms da meta que colocou os seus colegas de fuga em apuros.

No entanto houve recolagem e os 3 quilómetros finais foram de muita especulação e foi Nico Denz a liderar o sprint final. O ciclista da Bora-Hansgrohe arrancou a 250 metros da meta e não deu qualquer hipótese a Skujins e Berwick, que foram 2º e 3º, respectivamente, para assim somar a maior vitória da carreira, apenas a segunda no World Tour. Tonelli foi 4º, o grupo perseguidor chegou a mais de 2 minutos e o grupo principal liderado por Sivakov terminou a mais de 8 minutos.

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