A ligação entre Santarém e Lisboa figurava talvez a etapa mais acessível desta edição da Volta a Portugal, o que abria o apetite aos sprinters, mas não à fuga, que apenas contou com Zach Gregg, da Project Echelon Racing e César Fonte, da Rádio Popular-Paredes-Boavista. O ciclista português viria a deixar Zach Gregg sozinho na frente da corrida visto que recuou após somar a pontuação máxima na única contagem de montanha do dia em Santarém. Com uma cabeça de corrida unilateral isso abriu azo a que bonificações estivessem disponíveis nas metas volantes, Luís Fernandes somou 1 segundo na primeira meta volante e António Carvalho 2 na segunda meta volante, aproximando-se ambos ligeiramente de Colin Stussi na classificação geral.
À falta de 60 quilómetros para o fim, a velocidade aumentava no pelotão, o medo dos cortes devido aos ventos laterais fazia sentir e, em apenas 10 quilómetros, Zach Gregg era apanhado pelo grupo. O ritmo continuava bastante acelerado, apesar de tudo não existiam cortes no grupo e foi um pelotão compacto a chegar a Vila Franca de Xira, onde Colin Stussi somou 3 segundos de bonificação na meta volante. António Carvalho conseguiu 1 segundo. A velocidade não abrandava e, pela Estrada Nacional, o pelotão dirigia-se para Lisboa, mais concretamente, em Marvila.
Várias equipas iam passando pela frente, nenhum comboio conseguia dominar e, num final bastante técnico isso foi fundamental. Na última curva a 300 metros do fim, Nicolas Tivani arriscou, ganhou alguma vantagem e nunca mais foi apanhado. O espaço ganho na curva foi mais que suficiente para depois lançar o sprint com vantagem e triunfar em Marvila. O seu companheiro de equipa Tomás Contte foi 2º, dando a dobradinha à Aviludo – Louletano – Loulé Concelho, com Scott McGill a completar o pódio. O melhor português foi Rodrigo Caixas em 10º.
Na geral, Colin Stussi vai de camisola amarela vestida para a etapa da Serra da Estrela, com os mesmos 32 segundos de vantagem para António Carvalho. Luís Fernandes está a 59 segundos do helvético.