Dia absolutamente decisivo na Volta a Portugal com a chegada à Torre e com um pelotão mais reduzido. A Caja Rural foi para casa mais cedo porque teve 2 casos positivos à Covid-19 dentro da estrutura espanhola e deixou a corrida. Várias equipas jogaram as suas cartas de longe, numa fuga forte que se formou logo nos primeiros quilómetros com Iker Ballarin, Juan Lopez Cozar, Bruno Silva, César Fonte, Luís Gomes, Hugo Nunes, Marcelo Salvador, Edo Goldstein, Pedro Paulinho, Rui Rodrigues e Rafael Silva.



A Efapel, com Luís Mendonça em grande destaque no trabalho, permitiu uma vantagem de 6:20 aos fugitivos, que assistiam a uma feroz luta pela montanha entre Hugo Nunes e César Fonte. Quem aproveitou essa batalha na 3ª categoria da Covilhã foi Bruno Silva, que continuou o seu esforço e ganhou alguma vantagem face aos perseguidores. Posteriormente Luís Gomes e o corredor da Burgos-BH saltaram do grupo perseguidor e alcançaram o ciclista da Antarte-Feirense, mesmo antes da subida final começar.

Luís Gomes mostrou-se o mais forte da fuga e entrou nos 20 kms finais com 4 minutos de vantagem face a um pelotão já liderado pela W52-FC Porto. Depois de muito trabalho, onde a grande vítima foi Vicente Garcia de Mateos, a 15 quilómetros do fim, surgiram os primeiros ataques. Amaro Antunes foi o primeiro a mexer, Frederico Figueiredo respondeu no entanto, aos poucos, todos conseguiram fazer a ponte.



Joni Brandão e João Rodrigues também tentaram mas foi Alejandro Marque, a 9 quilómetros do fim, que conseguiu sair do grupo dos favoritos. O galego ganhou rapidamente 1 minuto de vantagem, aproveitando uma fase mais rápida e, ao mesmo tempo, um desacelerar no grupo de onde tinha saído. Marque chegava a Luís Gomes a 4 quilómetros do fim e, pouco depois, deixava o português para trás, partindo em solitário, com uma vantagem de 1:15.

Os ataques no grupo perseguidor eram constantes, sempre a W52-FC Porto como principal destaque, no entanto a resposta dos rivais era pronto e o grupo voltava, sempre, a juntar-se e a desacelerar, o que permitia a Marque manter uma vantagem importante. Foi já bem no perto do quilómetro final que Amaro Antunes, Maurício Moreira, Abner Gonzalez e Gustavo Veloso conseguiriam quebrar a resistência do restante grupo.




O espaço estava aberto mas era já impossível chegar a Alejandro Marque que, com 9 quilómetros impressionantes, conseguiu vencer no Alto da Torre. A 1:03 Maurício Moreira era 2° e 1 segundo depois chegava Abner Gonzalez. Amaro Antunes e Gustavo Veloso chegaram a 1:13,  Luís Gomes a 1:26, Joni Brandão a 1:34, Luís Fernandes e Frederico Figueiredo a 1:37 e João Rodrigues fechou o top 10 a 1:39.

Na classificação geral, Marque é líder e de forma confortável, com 51 segundos para Maurício Moreira e 1:09 para Abner Gonzalez

Foto: FPC

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