A Volta a Portugal do Futuro sai para a estrada amanhã

Irá para a estrada amanhã a Volta a Portugal do Futuro, uma competição destinada a atletas sub-23 e que se realiza desde 1993, com nomes sonantes como Joaquim Gomes, José Azevedo, Oscar Pereiro, Daniel Moreno ou André Cardoso na lista dos vencedores. Os últimos a deixarem o seu nome no historial da prova foram os portugueses Emanuel Duarte (2019) e André Domingues (2021) e o costa riquenho Gabriel Rojas (2022).

A lista de etapas para a edição de 2023 é a seguinte:

1ª etapa: Caldas da Rainha – Pombal (142,4 kms)

2ª etapa: Figueiró dos Vinhos – Castelo Branco (140,7 kms)

3ª etapa: Sernancelhe – São Pedro do Sul (127,5 kms)

4ª etapa: Murtosa – Águeda (136 kms)

Teoricamente é uma corrida para trepadores, não obstante o perfil ondulado de 3 das etapas, tudo se deve decidir na subida à Serra de São Macário, que tem uns terríveis 9 kms a praticamente 10%. No circuito de Águeda há 3 passagens por uma 4ª categoria perto da meta, mas são somente 1500 metros a 4,9% e no primeiro dia a subida de Ereiras tem 5,4 kms a 4,8%. No entanto, já se sabe que estas corridas onde há pelotões reduzidos, pouca experiência e superioridade numérica de certos blocos leva a alguma anarquia, uma fuga que ganhe 2/3 minutos pode ter um papel decisivo.




Relativamente ao pelotão que irá estar presente podemos dividi-lo em 3 categorias diferentes. Primeiro temos as Continentais portuguesas, ABTF-Betão Feirense e Q8/Glassdrive /Anicolor apenas com 1 ciclista, RP-Paredes-Boavista com 2 ciclistas, Kelly/Simoldes/UDO com 3 elementos e a que aposta mais aqui é a LA Alumínios/Credibom/MarcosCar, com 6 corredores e Alexandre Montez como o teórico líder. Depois há as equipas sub-23 nacionais, quase todas com os 7 ciclistas, temos a Óbidos Cycling Team, liderada por Micael Isidoro, a Portos Windmob, uma estrutura que vem com 2 colombianos e 1 brasileiro, e depois um forte contingente do Norte, com a Santa Maria da Feira/Segmento d’Época/Reol, a ACDC Trofa, a Maia e a Fonte Nova-Felgueiras, faltando ainda mencionar a Porminho Team.

O bloco de participantes que falta são as perigosas equipas sub-23 espanholas, que vêm sempre aqui com bons valores e ciclistas com muito ritmo competitivo devido ao vasto calendário que existe no país vizinho para esta categoria. O nome que salta à vista é o de Vicente Rojas Naranjo, actual campeão sub-23 pan-americano e top 20 no início do ano na Vuelta a San Juan…entre os ciclistas World Tour. Alberto Alvarez (Extremadura) conseguiu um top 20 na Vuelta a Bidasoa, uma corrida muito dura, e é outro nome a ter em atenção.

O novo patrocinador principal da Trek

A (ainda) Trek-Segafredo vai receber novos patrocinadores e por isso mesmo um novo nome e novo equipamento, tudo a partir de 30 de Junho. Tanto a equipa masculina como a formação feminina vai passar a chamar-se Lidl-Trek e estreiam a parceira no Tour e no Giro Donne, respectivamente. Já há algum tempo que existia o rumor do Lidl entrar no mundo do ciclismo como patrocinador principal, chegou a falar-se da Quick-Step ou mesmo da Bora-Hansgrohe, visto que a cadeia de supermercados tem origem alemã. Certamente que será um acréscimo importante numa altura em que a Trek-Segafredo quer fazer frente ao domínio da SD Worx no lado feminino e ao crescente investimento de super potências como a UAE Team Emirates no lado masculino. Veremos também que repercussões esta entrada terá ao nível do mercado e de contratações, é natural que uma empresa com muito peso na Alemanha e na Áustria queira alguns ciclistas dessas nações no plantel.




O equipamento da Bahrain-Victorious para o Tour

Já começa a ser um hábito as equipas irem para a Volta a França com um equipamento diferente ao que usem no resto da temporada, um elemento distinto que se deve por à importância mediática daquela que é a maior competição de ciclismo do Mundo. Mais uma estrutura a aderir a esta “moda” é a Bahrain-Victorious, alinhando assim no Tour em tons de branco e preto, com alguns destalhes de outras cores. Segundo a equipa é uma alusão às pérolas já que o Bahrain é conhecido como “a pérola do Golfo”. Mais do que isso, é uma manobra de marketing e uma justificação poder fazer mais receita com a venda de um equipamento que os fãs mais acérrimos da equipa quererão comprar.

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