2022 será uma temporada de mudanças e de virar a página para o Velo Clube do Centro, que viu o seu grande impulsionador Pedro Silva, partir, vítima de doença prolongada. Praticamente metade do plantel saiu, incluindo os principais ciclistas (Tiago Antunes, Joaquim Silva, Gaspar Gonçalves e Iuri Leitão) e, segundo o Jornal “O Jogo”, irá entrar na estrutura Gustavo Veloso, como diretor-desportivo, depois de ter terminado a sua carreira como ciclista profissional.



Entre os ciclistas que ficam, todos têm menos de 30 anos e estão 3 jovens abaixo dos 25 anos. O mais novo é mesmo Pedro Pinto, com 21 anos acabados de fazer, um corredor que entrou na formação de Mortágua em 2019 e que em 2021 mostrou que deu um passo em frente, discutindo algumas camisolas de juventude, tendo sido mesmo 3º nessa classificação na Volta ao Alentejo, foi seleccionado para a Volta a Portugal e terminou em 66º.

Depois de completar a sua formação na Sicasal, Francisco Morais passou para o escalão Continental em 2021 com a Mortágua e lá vai ficar em 2022, um ciclista de 23 anos combativo e que certamente irá entrar em muitas fugas e lutar por classificações secundárias. Terá a companhia de Rui Carvalho, um trepador de 26 anos que fez entre 2017 e 2020 um interregno na sua carreira como profissional, tendo regressado no ano passado e renovado para 2022.



Entre os homens rápidos fica para a próxima época Leangel Linarez, o venezuelano de 24 anos foi a grande revelação do ciclismo nacional em 2020, tendo sido o melhor sprinter de uma equipa portuguesa na Volta a Portugal. Em 2021 ficou um pouco tapado por Iuri Leitão, tendo obtido um pódio mesmo no fim da época. Um ciclista muito importante para os triunfos e pódios da equipa foi o espanhol Angel Sanchez Rebollido, um gregário bastante completo, crucial em perseguições e a integrar fugas, entrou na estrutura em 2020 depois da saída da W52-FC Porto e vai ficar em 2022.

Em relação aos reforços, o primeiro a ser anunciado foi Nicolas Saenz, um colombiano de 24 anos que procura finalmente estabilidade na carreira. Só para se ter uma ideia, em 2019 correu por 3 equipas diferentes e em 2021 também esteve registado em 2 formações. Pelo meio, em 2020, representou a Efapel. Na altura a equipa portuguesa recrutou Saenz pelas suas performances no calendário amador espanhol e por ter sido 2º na juventude numa famosa competição colombiana. Este ano foi 14º na Volta a Colômbia com a Fundação Esteban Chaves e depois 7º na Vuelta a Zamora com a Aluminios Cortizo. É um trepador que como sub-23 prometia bem mais, parece-nos que com alguma estabilidade e ritmo competitivo pode render a um nível interessante.



A segunda contratação a ser anunciada pela Tavfer-Measindor-Mortágua foi o português de 27 anos, Gonçalo Amado. Com um percurso curioso no ciclismo, já que esteve no Boavista em 2013 e 2014, focou-se mais no BTT nos anos seguintes, tendo regressado a equipas Continentais na Feirense, em 2020. Já nesse ano tinha andado bem, mas nesta época deu mais um passo em frente, foi 6º no Memorial Bruno Neves, 8º no G.P. Abimota e venceu a 4º etapa no G.P. Douro Internacional, numa excelente fase intermédia do ano. É um corredor completo, que dá tudo pela equipa e para a equipa, ajuda a equipa quando é necessário e tem as suas oportunidades nas fugas.

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