2019 marca o fim do contrato de Leopold Konig com a Bora-Hansgrohe. Até aqui, tudo normal. Acontece que o ciclista checo não é visto em provas oficiais desde o dia 11 de março de 2018. Na altura, a quinta etapa do Tirreno-Adriatico desse ano, já que não alinhou à partida para a tirada seguinte, devido a dores no joelho e nas costas.
Um trepador muito competente, começou a aparecer na sua primeira passagem pela estrutura de Ralph Denk, a Team NetApp, na temporada de 2011. 4 anos na equipa alemã onde foi evoluindo paulatinamente, ganhando no Tour of Britain 2012, na Volta a Califórnia e na Volta a República Checa do ano seguinte. Esta evolução culminou com um 9º lugar na Vuelta 2013, onde ganhou uma etapa, e 7º no Tour 2014.
Boas exibições que valeram a ida para a Team Sky. Fez 5º no Giro 2015, completando a tripla de terminar as três Grandes Voltas nos 10 primeiros, foi campeão nacional de contra-relógio mas 2016 foi para esquecer devido a uma lesão no joelho, apesar de alguns resultados positivos.
Mesmo assim, e sabendo das capacidades de Konig, a estrutura da Bora-Hansgrohe deu-lhe um voto de confiança, assinando um contrato de 3 temporadas. A lesão não desapareceu e foram apenas 20 os dias de competição em 2017, conseguindo terminar apenas duas provas por etapas. O calvário voltou a repetir-se em 2018: 8 dias de competição e, somente, uma prova terminada.
Com contrato, Leopold Konig apareceu no plantel da equipa alemã para 2019 mas nunca foi visto e nada se sabe sobre o checo. Ralph Denk, ao CyclingNews, disse “não ter informações sobre o checo. Informou-me em meados de 2018 que estava doente e que não podia correr. Mantivemos a porta aberta dizendo-lhe que quando estivesse preparado para voltar a correr que volta-se a falar comigo”. Só que essa chamada nunca veio a acontecer e por isso Denk afirma “não saber se Konig está retirado ou não, essa informação é preciso perguntar ao próprio”.
A juntar a tudo isto, Konig era bastante ativo nas suas redes sociais mas desde Março de 2018 que nunca mais publicou nada nem no Twitter nem no Instagram, redes sociais que atualizava constantemente com fotos de treino no Monaco e do seu programa de treino. Desaparecimento total.
Depois de 3 temporadas fantásticas entre 2013 e 2015, com top 10 na geral das 3 Grandes Voltas, falava-se que o checo tinha um potencial tremendo, um corredor um pouco à medida de Steven Kruijswijk, também com um estilo muito particular em cima da bicicleta. Sempre foi discreto e curiosamente começou o seu declínio na Team Sky, há alguns ciclistas que passam por esta estrutura e quando saem nunca mais são os mesmos.