Um dia importante na Etoile de Bessèges, com a 4.ª etapa a ter o último final em alto da prova, com a ascensão ao Mont Bouquet, 4,6 quilómetros com uma gradiente média de 9,1%. Muitos corredores tinham aqui a sua última oportunidade de ganhar tempo na geral, visto que amanhã é dia de contrarrelógio.



Foram vários os ataques iniciais. A fuga não tardou em formar-se, estavam decorridos 15 quilómetros da etapa, seguiram oito elementos para a frente de corrida: Tony Gallopin, Georg Zimmermann, Joel Suter, Flavien Maurelet, Antoine Raugel, Samuel Leroux, Alexis Gougeard e Emmanuel Morin. A diferença para o pelotão chegou aos três minutos, mas passado pouco tempo iria congelar nos 2m30s. Eram várias as equipas a trabalhar na frente do pelotão, com a vantagem para os fugitivos a reduzir de forma gradual, não dando grande margem de manobra para os homens da dianteira.

Georg Zimmermann foi o primeiro a desferir um ataque na fuga, na subida a Côte des Concluses, com Suter, Gallopin e Gougeard a seguirem a sua roda, isto a 35 km do fim. A seleção da fuga estava feita, atrás as equipas Uno-X, Ineos, Bingoal, Kern-Pharma, Groupama-FDJ e a formação do líder (Cofidis), ajudavam na cabeça do pelotão. A diferença para o grupo dos favoritos era de 30 segundos, a 15km da meta, numa altura em que o francês Gallopin descaía da frente, ficando apenas um trio. Gougeard também não aguentaria o ritmo dos seus companheiros e descolava. Os escapados tinham os minutos contados.

 



O grupo dos favoritos entrava na subida final com a Ineos no comando, com um ritmo forte de Magnus Sheffield a selecionar o grupo. Magnus Cort também vinha para a frente, a trabalhar para Alberto Bettiol. As rampas implacáveis surtiam efeito nas pernas dos corredores, e Jay Vine atacava. Tobias Halland Johannessen era o único a conseguir seguir de pronto a roda do australiano, mas na parte final da subida juntavam-se ainda Clément Champoussin e Antonio Tiberi. Era a juventude que reinava na frente, mas o norueguês da Uno-X, vencedor do Tour de l´Avenir em 2021, queria mesmo a vitória e atacava nas últimas centenas de metros. Ninguém o conseguiu acompanhar, acabando por erguer os braços no final. Jay Vine ficou em segundo, com Tiberi no último lugar do pódio.

 



O francês Benjamin Thomas aguentou-se e manteve a liderança, com sete segundos de vantagem para Alberto Bettiol, e oito segundos para o vencedor da etapa, o jovem Johannessen. Prevê-se uma luta forte no contrarrelógio de amanhã, último dia de prova, pelo primeiro lugar da geral. A luta deverá ser entre Thomas, campeão nacional francês da especialidade, e Bettiol que também anda bem em esforços individuais.

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