Damiano Cunego foi uma das referências da sua geração. Desde muito novo que se afirmou entre a elite mundial, ganhando e dominando o Giro 2004, onde triunfou em 4 etapas, com apenas 21 anos. Ainda na Saeco conquistou o primeiro Giro di Lombardia, conseguindo mais dois, em 2007 e 2008, já ao serviço da Lampre, onde esteve entre 2005 e 2014.
O “Pequeno Príncipe”, como é conhecido, parecia estar predestinado para uma grande carreira mas nunca conseguiu confirmar a forma de 2004. Continuou a ganhar mas nunca mais foi o mesmo. Finalizou mais 4 Grandes Voltas no top 10, mas longe de estar na luta. Venceu na Vuelta, a Amstel Gold Race, 3 Giro del Trentino e 2 Settimana Internazionale Coppi e Bartali. Podemos afirmar que a maioria das suas vitórias foram em casa, onde também fez toda a sua carreira. Nas últimas 4 temporadas correu na Nippo-Vini Fantini, já sem o fulgor de outro tempo, com a sua última vitória a datar do Tour de Quinghai Lake do ano passado.
Franco Pellizotti era um dos veteranos do pelotão. Aos 40 anos, continuava a apresentar um excelente nível exibicional, sendo ainda importante para os seus líderes, nos últimos anos, par Vincenzo Nibali. Trepador de muita qualidade, fez um total de 19 Grandes Voltas, no seu auge, terminando sempre no top 10, e nas últimas temporadas lutando por etapas, como foi o caso da última Vuelta, onde esteve perto do triunfo.
Ciclista muito experiente que, se ainda quisesse, tinha lugar nas equipas mais importantes. Fez as últimas temporadas na Bahrain-Merida, depois de ter passado 5 temporadas na Androni, tendo inclusive, feito a Volta a Portugal, 6 na Liquigas, depois de 4 na Alessio, onde começou a carreira.
A Nippo-Vini Fantini também vê Alan Marangoni terminar a sua carreira. Com 34 anos, o experiente italiano foi sempre um gregário muito importante para os seus líderes, principalmente nas clássicas, onde trabalhou para nomes como Peter Sagan e Vincenzo Nibali. Não conta com vitórias na sua carreira, tendo passado pela Colnago, Liquigas/ Cannondale e Nippo-Vini Fantini.
Não sendo na vertente masculina mas não podíamos deixar passar em claro o abandono de Giorgia Bronzini. Ciclista muito completa, destacando-se como sprinter que passava bem a média montanha, contou com um total e 64 vitórias na carreira. Aos 35 anos, deixa a modalidade e logo da melhor maneira possível. Na última prova que fez ganhou, triunfando na derradeira etapa do Madrid Challenge. Bi-campeã mundial, em 2010 e 2011, Bronzini venceu 8 etapas no Giro Feminino, a prova por etapas mais importante do calendário feminino. Passou pelas principais equipas mundiais, como a Wiggle High5, terminando a carreira na Cyclance Pro Cycling.