Final de temporada significa o fim da carreira para muitos ciclistas e, 2024, não foi exceção. Só no pelotão World Tour são duas dezenas os ciclistas que penduram a bicicleta, uns mais conhecidos que outros, uns com mais experiência que outros. O nome mais marcante é, sem dúvida, Mark Cavendish. O britânico entrou em 2024 com o objetivo de vencer uma etapa no Tour de France, algo que atingiu com sucesso ainda na primeira semana. 165 triunfos na carreira, incluindo 35 no Tour, 17 no Giro, um título mundial de estrada, entre outros.



Quem o ajudou este ano, mas também noutras equipas foi Michael Morkov, um dos mais experientes lançadores do Mundo. Com ele, os seus sprinters colavam-se na roda e sabiam que, maioritariamente das vezes, ficavam bem colocados e na luta pela vitória. Ainda na Astana e no capítulo dos lançadores, Rudiger Selig é mais um que pendura a bicicleta, um ciclista que serviu de lançador para Sam Bennett e Caleb Ewan. Gleb Brussenskiy era um dos rostos da aposta cazaque da Astana, para o ano será menor, e o antigo campeão asiático, pendura a bicicleta. Dentro dos velocistas do World Tour, Marc Sarreau (um clássico do calendário francês), Ramon Sinkeldam e Boy van Poppel são outros três abandonos. Fabio Felline destacou-se uma primeira fase da carreira como velocista, até ganhou a camisola por pontos na Vuelta, ultimamente era um ciclista de muito trabalho em diversos terrenos devido à sua polivalência

Falando de polivalência, Edvald Boasson Hagen foi um exemplo disso nos seus tempos áureos. O norueguês era capaz de fazer de tudo um pouco, quer nas provas por etapas com média montanha mas também nas clássicas e prova disso são as vitórias conseguidas no Tour de France, Dauphine, Tirreno-Adriatico, Gent-Wevelgem e GP Plouay. Durante alguns anos, Luke Rowe foi seu companheiro de equipa, alguém que fez toda a sua carreira na Sky/INEOS, um poço de experiência, essencial para qualquer bloco de clássicas e Grandes Voltas.



Entre os homens das provas por etapas, o grande abandono é Rigoberto Uran. Um dos grandes colombianos da sua geração, Rigo conseguiu ser por duas vezes 2º no Giro d’Itália e uma no Tour de France. Muito cirúrgico, Uran poucas vezes atacava e, ainda assim, conseguiu um grande palmarés que, também, incluiu uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Robert Gesink também foi outro grande nome da sua geração nas provas por etapas, mais tarde transformado num gregário de excelência para Primoz Roglic e Jonas Vingegaard. Andrey Amador é o grande nome da história na Costa Rica, dois top-10 no Giro, um ciclista que também se tornou num gregário de luxo.

Por falar em gregários de luxo, Simon Geschke foi um nome muito importante para Tom Dumoulin na antiga Team Sunweb e quando o neerlandês era um dos melhores voltistas do Mundo. Lawson Craddock vinha a ser um nome importante na Jayco AlUla e também pendura a bicicleta, tal como o muito experiente Dario Cataldo na Lidl-Trek. Por fim, mencionamos os abandonos de Ignatas Konovalovas, Gorka Izagirre, Patrick Bevin e Lilian Calmejane, estes dois os mais jovens, ainda com 33 e 32 anos respetivamente.



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