Aos 39 anos e depois de uma longa carreira ao mais alto nível, Adam Hansen vai deixar o ciclismo profissional. O australiano vai ficar para sempre recordado como o recordista de Grandes Voltas feitas de forma consecutiva, com um total de 20 (Vuelta de 2011 a Giro de 2018). Nos seus tempos áureos um contra-relogista muito bom, sendo que tinha um instinto muito certeiro para as fugas que iriam vingar. Irá, agora, focar-se no triatlo, mais concretamente, no Ironman.
- Anos como profissional: 18 anos divididos por 5 equipas – Arbo Merida-Graz (2003 e 2004), El Haus (2005), Aposport Krone Linz (2006), Team Columbia-HTC (2007 a 2010) e Lotto Soudal (2011 a 2020);
- Nº de vitórias: 6 vitórias – duas delas em Grandes Voltas, uma no Giro de 2013 e outra na Vuelta de 2014;
- Nº de Grandes Voltas: 29 – doze Giros, nove Vueltas e oito Tours;
- Melhor temporada: 2014 – um ano onde conseguiu ser bastante regular, culminando com a vitória em etapa na Vuelta, 9º no Tour Down Under e na Volta a Turquia;
- Total de kms em corrida: 174 109 quilómetros;
- Corrida que mais vezes participou: Giro d’Italia e Tour Down Under, ambas por 12 ocasiões.
Rory Sutherland foi outro corredor australiano a vir muito cedo para a Europa. Um corredor de equipa, deixava tudo na estrada em prol dos seus líderes, defendia-se em todo o tipo de terreno, destacando-se mais no contra-relógio e na média montanha. A sua altura (praticamente 1,90m) fazia de Sutherland um gregário de luxo nas etapas planas.
- Anos como profissional: 18 anos divididos por 7 equipas – Rabobank Continental (2002 a 2004), Rabobank (2005), UnitedHealthcare (2007 a 2012), Tinkoff-Saxo (2013 e 2014), Movistar (2015 a 2017), UAE Team Emirates (2018 e 2019) e Israel Start-Up Nation (2020);
- Nº de vitórias: 9 vitórias – a mais importante foi em 2012, no USA Pro Cycling Challenge, derrotando, numa chegada em alto, Fabio Aru;
- Nº de Grandes Voltas: 8 – 4 Giros, 3 Vueltas e 1 Tour, quase todas elas já numa fase adiantada da sua carreira;
- Melhor temporada: 2012 – numa equipa onde tinha liberdade, Sutherland aproveitou o circuito norte-americano para construir um bom palmarés: 1º no Tour de Gila (mais uma etapa), 1º no Tour de Beauce, vitórias no Tour of Utah e USA Pro Cycling Challenge e 13º na Volta a Califórnia;
- Total de kms em corrida: 125 003 quilómetros;
- Corrida que mais vezes participou: La Fleche Wallone, com 9 presenças.
Zhandos Bizhigitov foi um dos “sortudos” ciclista do Cazaquistão ao ter a oportunidade de correr pela Astana, a grande equipa do seu país. Aos 29 anos, o cazaque termina a sua carreira depois de não ver o seu contrato renovado, tendo, com toda a certeza, cumprido grande parte, senão todos, os seus sonhos.
- Anos como profissional: 8 anos divididos por 3 equipas – Continental Astana (2013 e 2014), Vino4ever (2015 e 2016) e Astana (2017 a 2020);
- Nº de vitórias: 2 vitórias – um título nacional de estrada e uma etapa na Volta a Coreia do Sul;
- Nº de Grandes Voltas: 1, o Giro d’Italia de 2017, que finalizou;
- Melhor temporada: 2016 – foi este ano que lhe permitiu o salto para o World Tour: 2º na Volta a Tailândia, 3º na Volta a Bulgária, 6º na Volta ao Irão e na Volta a Coreia (onde venceu uma etapa) e vice-campeão de contra-relógio;
- Total de kms em corrida: 62 892 quilómetros;
- Corrida que mais vezes participou: Tirando os Campeonatos Nacionais do Cazaquistão, onde participou em todas as temporadas como profissional, correu o Tour de Almaty por 5 vezes.
Descemos ao escalão Continental, para falarmos de corredores que chegaram a passar pelo World Tour. O austríaco Matthias Krizek encerra a sua carreira aos 32 anos, ele que é um especialista no contra-relógio e, essencialmente, um ciclista de equipa.
- Anos como profissional: 12 anos divididos por 4 equipas – Tirol Cycling Team (2008 a 2010 e 2017), Liquidas-Cannondale (2012 a 2014), Team Felbermayer-Simplon Wels (2015 e 2018 a 2020) e Team Roth (2016);
- Nº de vitórias: 4 vitórias – destaque para um título nacional de estrada e uma etapa no Baby Giro;
- Nº de Grandes Voltas: 1, a Vuelta a Espanha de 2014, que conclui;
- Melhor temporada: 2019 – nunca foi um ciclista regular no entanto, nessa temporada venceu a Rhone-Alps Isere Tour, foi 5º na Oberösterreichrundfahrt e nos Campeonatos Nacionais de contra-relógio;
- Total de kms em corrida: 83 291 quilómetros;
- Corrida que mais vezes participou: por 14 vezes participou nos Campeonatos Nacionais da Áustria, tendo conseguido vencer por uma vez (2011). Participou na Volta a Áustria por 8 ocasiões.
Um pouco ao lado, na Croácia, chega ao fim a carreira de um histórico daquele país, o super-veterano Radoslav Rogina. Um puro trepador que aos 41 anos era, ainda, um corredor fiável dentro da sua equipa, conseguindo alguns resultados de relevo nas provas do continente europeu. Talvez tivesse merecido uma chamada ao World Tour, devido à sua fiabilidade.
- Anos como profissional: 19 anos divididos por 4 equipas – Perutnina Ptuj (2002 e 2003 e 2006 a 2008), Tenax (2004 e 2005), Loborika (2009 a 2011) e Adria Mobil (2012 a 2020);
- Nº de vitórias: 29 vitórias – incluindo três títulos nacionais de estrada e as gerais do Tour of Qinghai Lake e Volta a Eslovénia;
- Nº de Grandes Voltas: 1, o Giro d’Italia, no longínquo ano de 2004;
- Melhor temporada: 2007 – sendo um corredor muito regular, muitas das suas temporadas foram semelhantes em termos de resultados mas neste ano venceu a Volta a Croácia e o GP Triberg-Schwarzwald, foi 2º na Volta a Sérvia, 3º no Paris-Correze, 4º na Volta a Eslováquia e no Tour du Loir-et-Cher e 7º no Paths of King Nikola;
- Total de kms em corrida: 120 231 quilómetros;
- Corrida que mais vezes participou: a Volta a Eslovénia, onde esteve presente por 19 vezes.