Final de temporada significa o fim da carreira para muitos ciclistas e, 2023, não foi exceção. Iniciamos a nossa viagem pelo nosso país vizinho, Espanha. Entre o World Tour e ProTeam, há a destacar 10 reformas. Do World Tour são 4 nomes e, claro, os mais conhecidos. Começamos por Luis Leon Sanchez. Aos 39 anos, e depois de uma grande carreira com passagens por Caisse d’Epargne, Rabobank, Astana e Bahrain-Victorious chegou a hora de pendurar a bicicleta.



Nos seus tempos áureos, um corredor muito perigoso nas provas por etapas de média montanha, devido à facilidade com que passava as dificuldades, boa ponta final e capacidade de se defender no contra-relógio. Venceu, entre ouros, o Tour Down Under, Paris-Nice, 2 vezes a Clássica San Sebastian e 4 etapas no Tour de France. Depois de Alejandro Valverde, Múrcia perdeu o seu outro embaixador no pelotão internacional.

Da Movistar saem de cena dois históricos gregários. Imanol Erviti foi um homem de toda a vida na equipa de Eusebio Unzue, desde 2005. Gregário de luxo para qualquer líder, sabe muito de ciclismo e como proteger os ciclistas nas provas planas. Venceu duas etapas na Vuelta a Espanha, no entanto fica na retina, nesta fase final da temporada, o foco nas clássicas e, em 2016, através de duas fugas foi 7º no Tour de Flandres e 9º no Paris-Roubaix. Outro nome incontornável da Movistar é José Joaquin Rojas. Inicialmente um sprinter, o espanhol chegou a lutar pela camisola verde do Tour no final da primeira década do milénio. Para a história ficam os muitos quarto lugares, que fizeram um meme sobre as prestações de Rojas. Apenas 10 vitórias na carreira, com destaque para triunfos parciais na Volta ao País Basco e Volta a Catalunha. Nesta fase final da carreira foi um gregário entre o plano e a média montanha.



Ainda no World Tour, o trepador José Herrada pendura a bicicleta, ciclista que venceu na Volta a Portugal 2010 em Lamego. Fez as últimas 5 temporadas na Cofidis, depois de 6 épocas na Movistar. Descendo para as ProTeams, destacamos Juan José Lobato. Sprinter especialista em finais inclinados, o espanhol deu nas vistas bem cedo na carreira, quando era ciclista da Euskaltel-Euskadi. Mudou-se para a Movistar e, posteriormente, para a Jumbo, onde começou a sua “queda”. Nunca mais regressou ao World Tour, passou pela Vini Fantini antes de regressar à Euskaltel-Euskadi. Apenas 20 vitórias enquanto ciclista profissional, muito pouco para um corredor que parecia destinado a outros voos. Curiosamente, os últimos 2 triunfos foram na Volta ao Alentejo.

Destacamos, ainda, Daniel Navarro, um ciclista com duas carreiras. Numa fase inicial, era um dos grandes gregários de Alberto Contador, fez muitas Grandes Voltas ao seu lado. Depois focou-se nos seus resultados e, na Cofidis, conseguiu top-10 tanto no Tour como na Vuelta. Acabou a carreira de forma discreta na Burgos-BH, aos 40 anos. Do pelotão profissional espanhol, mencionar o combativo Peio Goikoetxea (esteve em diversas fugas em provas nacionais), Hector Carretero (ciclista de 28 anos que passou 5 temporadas na Movistar), Iker Ballarin e Sergio Martin (ambos com 26 anos).



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