SANT CUGAT DEL VALLÈS, SPAIN - MARCH 29: Tejay Van Garderen of The United States and Team EF Education First / during the 99th Volta Ciclista a Catalunya 2019, Stage 5 a 188,1km stage from Puigcerdà to Sant Cugat del Vallès / VCC / @VoltaCatalunya / on March 29, 2019 in Sant Cugat del Vallès, Spain. (Photo by David Ramos/Getty Images)

Aos 33 anos, Tejay van Garderen decidiu terminar a sua carreira, que ficou marcada por ser aquela eterna promessa que nunca verdadeiramente se confirmou, apesar de ter feito 5º no Tour por 2 vezes, a primeira com 24 anos. É preciso dar contexto, e os norte-americanos, depois de Lance Armstrong, estavam sedentos por uma nova estrela e um novo ídolo. Van Garderen surgiu muito bem no escalão sub-23 e sendo um excelente contra-relogista que se defendia na montanha, aproveitou percursos do Tour bastante favoráveis para ele (2012 tinha 100 kms de contra-relógio) para ser 5º. No entanto a pressão foi-se acumulando e desde 2014 nunca mais conseguiu corresponder em provas de 3 semanas, alcançando bons resultados ocasionalmente em corridas World Tour.

  • Anos como profissional: 14 temporadas como profissional (2008-2009 na equipa Continental da Rabobank, 2010-2011 na HTC High Road, 2012-2018 na BMC e terminou na EF Education First, onde esteve 2 temporadas e meia);
  • Nº de vitórias: Um total de 16 triunfos como profissional, 11 dos Estados Unidos e 3 em Espanha. É de destacar a vitória no Giro 2017, na 18ª etapa, numa altura em que já não andava a lutar por classificações gerais, o último grande sucesso de Van Garderen;
  • Nº de Grandes Voltas: Um número incrível de 17 Grandes Voltas, incluindo 9 participações no Tour, era dos ciclistas em actividade com mais partipações na Grande Boucle, que foi sempre a sua Grande Volta de eleição
  • Melhor temporada: Elegemos 2014, foi 5º no Tour, venceu o US Pro Challenge, foi 6º na Volta ao País Basco e 3º na Volta a Catalunha;
  • Total de kms em corrida: 137 428 kms divididos por quase 1000 dias de competição;
  • Corrida em que mais vezes participou: Fez a Volta a Catalunha e a Volta a França por 9 ocasiões e será lembrado por resultados obtidos precisamente nessas competições.





Alguém que acompanhou Tejay van Garderen em boa parte da carreira foi Brent Bookwalter. Bookwalter fez parte da BMC praticamente desde a sua criação, em 2007, ficando na estrutura de 2008 a 2018, quando a equipa fechou portas. Recordamos Bookwalter não como um ciclista vencedor, mas como um homem de trabalho, que ajudou e esteve ao lado de grandes líderes, e que fez parte da máquina de devorar contra-relógios colectivos que era a BMC. Era um corredor muito completo, quando estava em boa forma era uma peça fundamental na BMC.

  • Anos como profissional: Podemos considerar 16 temporadas como profissional, em 2005 e 2006 em equipas Continentais, passando para a BMC em 2008, onde ficou até 2018. Terminou a carreira como capitão na estrada pela Mitchelton-Scott, de 2019 a 2021;
  • Nº de vitórias: Apenas 3 ao longo da sua longa carreira, todas em corridas 2.HC. Destacamos a último delas, onde bateu Sepp Kuss, agora na Jumbo-Visma;
  • Nº de Grandes Voltas: Como já referimos era uma peça importante na BMC, alinhou em 11 Grandes Voltas, fazendo o Tour por 4 vezes, o Giro por 5 ocasiões e teve 2 participações na Vuelta;
  • Melhor temporada: Claramente 2015, após fazer o Giro teve um bom calendário e liberdade para liderar a equipa em algumas corridas, tendo sido 4º na Volta a Áustria, 3º no Tour of Utah e 2º no USA Pro Challenge;
  • Total de kms em corrida: Quase 130 000 kms, correu relativamente pouco na fase inicial e na fase final da carreira;
  • Corrida em que mais vezes participou: Alinhou por 7 vezes em várias corridas, mas daí destaca-se os Mundiais. Ser escolhido por 7 ocasiões para representar os Estados Unidos mostra a sua versatilidade e fiabilidade.

Depois de 14 temporadas como profissional, sempre em equipas norte-americanas, Kiel Reijnen deixa de ser ciclista profissional aos 35 anos. Após algumas épocas no nível Continental, subiu ao World Tour por mão da Trek-Segafredo, deixando a posição de sprinter para ser mais um gregário e um lançador. Sempre teve um visual curioso e uma personalidade excêntrica, muito acarinhado por fãs e colegas, nunca foi capaz de obter grandes vitórias no World Tour, mas nem todos têm capacidade para tal.

  • Anos como profissional: Um total de 14 temporadas, entre 2008 e 2010 na Jelly Belly, em 2011 e 2012 na Team Type 1, entre 2013 e 2015 na United Healthcare e terminou na Trek-Segafredo, onde estava desde 2016;
  • Nº de vitórias: Nunca foi um ciclista muito vencedor, tem um total de 5 na carreira, todas obtidas nos Estados Unidos. A melhor delas foi a única com a camisola da Trek, onde bateu Tao Hart e Alex Howes num sprint reduzido;
  • Nº de Grandes Voltas: 4, sempre com a Trek-Segafredo e sempre na Vuelta, onde até fez um 6º posto numa etapa logo na sua estreia;
  • Melhor temporada: 2010 foi muito bom, mas foi 2014  que também o levou ao World Tour, pela regularidade e pelos 2 triunfos obtidos;
  • Total de kms em corrida: 95 974 quilómetros, de lembrar que o calendário norte-americano não é tão vasto como o europeu;
  • Corrida em que mais vezes participou: A Volta a Califórnia, com um total de 8 participações.





Também Tomasz Marczynski termina este ano uma longa e perturbada carreira, com alguns grandes sucessos e passagens por várias equipas. O polaco, com um nome bastante complicado para escrever e pronunciar era uma autêntica caixinha de surpresas, se alguém dissesse que ele iria ganhar 2 etapas na Vuelta em 2017 passaria por louco. O que é certo é que conseguiu, quando nada o fazia prever.

  • Anos como profissional: 16 temporadas, com passagens por Ceramica Flaminia (2006-2008), Team Miche (2009), CCC (2010-2011 e 2014), Vacansoleil (2012-2013), Torku (2015) e Lotto-Soudal (2016-2021);
  • Nº de vitórias: Um total de 8 triunfos, claramente as mais especiais as 2 da Vuelta, mas também foi campeão nacional de estrada por 3 ocasiões, impressionante;
  • Nº de Grandes Voltas: Um total de 9, um bom número tendo em conta que esteve vários anos fora do World Tour, alinhando na Vuelta por 5 vezes, a sua preferida;
  • Melhor temporada: Obviamente 2017 tem de ser um destaque, mas também 2012, onde teve oportunidade de liderar em algumas corridas, foi 13º na Vuelta, 8º no Tour of Beijing e vencedor da montanha na Volta a Polónia;
  • Total de kms em corrida: 121 522 kms, o que não é um número assim tão grande para as épocas que fez;
  • Corrida em que mais vezes participou: Raramente falhou a Volta a Polónia, participando por 13 vezes, desde 2004 só não alinhou em 2005, 2008, 2009, 2016 e 2018.

Michal Golas era um gregário por vocação, um corredor que passou 1 década nas melhores equipas do Mundo a servir os grandes líderes e a celebrar enorme sucessos. Sempre discreto, era um elemento mais importante nas clássicas do que nas Grandes Voltas, não foi por acaso que passou 6 anos na toda-poderosa INEOS.

  • Anos como profissional: Um total de 15 épocas como profissional, com passagens pela Unibet (2007), Cycle Collstrop (2008), Vacansoleil (2009-2011), Quick Step (2012-2015) e Team Sky/Ineos (2016-2021);
  • Nº de vitórias: Apenas 2 triunfos na longa carreira, os Nacionais em 2012 e uma semi-clássica belga em 2015, quando estava de saída da Quick-Step;
  • Nº de Grandes Voltas: 9 ao todo, participou por 2 vezes no Tour, por 4 vezes no Giro e por 3 ocasiões na Vuelta;
  • Melhor temporada: Em termos de resultados a de 2012, na estreia pela Quick-Step. Foi campeão nacional, 8º na Volta a Turquia e ainda fez pódio numa etapa do Giro;
  • Total de kms em corrida: Superou a barreira dos 150 000 kms, um número incrível;
  • Corrida em que mais vezes participou: A Volta a Polónia, a corrida da casa, de 2007 a 2021 só não alinhou em 2008 e 2014.




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