Philippe Gilbert, uma das grandes figuras do ciclismo belga da última década e meia, sai de cena em 2022. Com 40 anos, o especialista de clássicas pendura a bicicleta, depois de uma carreira repleta de êxitos, desde Monumentos, etapas em Grandes Voltas e um título mundial. Para a história vai ficar a incrível semana das Ardenas de 2011, quando conseguiu fazer a tripla, algo só conseguido por Davide Rebellin. Viria a conquistar 4 dos 5 Monumentos do ciclismo, nos últimos anos tentou vencer a Milano-Sanremo mas nunca esteve perto de o conseguir. Phil Gil deixa um legado enorme no ciclismo!

  • Anos como profissional: 20 temporadas divididas por 4 equipas – FDJ (2003 a 2008),  Omega Pharma-Lotto/Lotto Soudal (2009 a 2011 e 2022 a 2022), BMC Racing Team (2012 a 2016) e Quick-Step (2017 a 2019);
  • Nº de vitórias: 80 triunfos, um número redondo, onde se destacam um título mundial de estrada (2012), 11 etapas em Grandes Voltas, e 5 Monumentos ;
  • Nº de Grandes Voltas: 25 provas de 3 semanas, 12 Tour, 9 Vuelta e 4 Giro;
  • Melhor temporada: Só pode ser o ano de 2011, quando conseguiu fazer a histórica tripla das Ardenas e, para além disso, vencer Strade Bianche, Brabantse Pijl, Volta a Bélgica, ZLM Tour, título nacional de estrada e contra-relógio, Clássica San Sebastian, GP Quebec, GP Wallonie e etapa no Tour de France;
  • Total de kms em corrida: 264 485 kms distribuídos por 1 609 dias de competição;
  • Corrida em que mais vezes participou: por 18 vezes tentou vencer a Milano-Sanremo, algo que nunca conseguiu.




Iljo Keisse será sempre lembrado como um dos grandes gregários da sua geração. Quer fosse a proteger os líderes, preparação de sprint ou mesmo a perseguir fugas, o belga que agora tem 39 anos, foi peça fundamental das equipas por onde passou. Muito experiente, Keisse vai deixar saudades dentro da Quick-Step.

  • Anos como profissional: 18 temporadas divididas por 2 equipas – TopSport Vlaanderen (2003 a 2008) e Quick-Step (2010 a 2022);
  • Nº de vitórias: 5 triunfos, um ciclista que pouco venceu mas conseguiu um triunfo no Giro d’Itália numa etapa final, conseguindo enganar os sprinters;
  • Nº de Grandes Voltas: um homem de clássicas, apenas realizou 6 Giro e 1 Tour e 1 Vuelta;
  • Melhor temporada: Sendo um homem de muito trabalho, em 2017 teve algumas oportunidades nas semi-clássicas belgas, vencendo a Omloop Mandel e fazendo 3º na Halle-Ingooigem e na Le Samyn;
  • Total de kms em corrida: 150 231 kms distribuídos por 926 dias de competição;
  • Corrida em que mais vezes participou: por 11 vezes correu a Halle-Ingooigem.

 

Longe do reconhecimento dos dois nomes já referidos, Dimitri Claeys é mais um belga a pendurar a bicicleta. Com 35 anos, Claeys começou a dar nas vistas numa fase mais tardia da sua carreira, depois de ter feito uma pausa no ciclismo entre 2012 e 2014. Belga que é belga, só poderia ser nas clássicas do empedrado. A combatividade era um dos seus pontos fortes, era um corredor muito ofensivo.

  • Anos como profissional: 14 temporadas divididas por sete equipas, Unibet (2006), Jong Vlaanderen (2007 a 2009), Team NetApp (2010 e 2011), Verandas Willems (2015), Wanty-Groupe Gobert (2016 e 2022), Cofidis (2017 a 2020) e Team Qhubeka (2021);
  • Nº de vitórias: 5 vitórias, a mais importante a geral dos Quatro Dias de Dunquerque em 2018;
  • Nº de Grandes Voltas: Por duas vezes realizou o Tour de France e uma vez vez a Vuelta a Espanha;
  • Melhor temporada: em 2016, no regresso ao profissionalismo, venceu o Grote Prijs Jef Scherens e no Tour de Wallonie, conseguindo mais 10 top-10;
  • Total de kms em corrida: 117 382 kms distribuídos por 717 dias de competição;
  • Corrida em que mais vezes participou: por 8 vezes participou na Omloop Het Nieuwsblad.





O nome de Alex Dowsett vai estar sempre ligado à história do ciclismo. O britânico chegou a deter o Recorde da Hora (na altura com 52,937 kms), foi várias vezes campeão nacional de contra-relógio e, na sua melhor fase, era um perigo nos esforços individuais, especialmente aqueles em distâncias não muito longas. Com o passar dos anos foi perdendo alguma capacidade e deixa a modalidade aos 34 anos.

  • Anos como profissional: 13 épocas desportivas, divididas por cinco equipas – Trek-Livestrong (2010), Sky (2011 e 2012), Movistar (2013 a 2017), Katusha (2018 e 2019), Israel-Premier Tech (2020 a 2022);
  • Nº de vitórias: 5 triunfos, a maioria deles em contra-relógios individuais, a sua especialidade. Conseguiu duas vitórias no Giro d’Itália, uma num contra-relógio e uma etapa em linha;
  • Nº de Grandes Voltas: 7 Grandes Voltas, 5 Giro e 2 Tour, não era um ciclista de provas de 3 semanas;
  • Melhor temporada: a estreia na elite, no ano de 2011, foi de grande nível, fazia prometer uma grande carreira – 9 top 10 em contra-relógios incluindo vitórias nos Nacionais e no Tour of Britain, 2º na geral do Tour du Poitou Charents, 5º na Volta a Dinamarca e 6º no ZLM Tour;
  • Total de kms em corrida: 124 177 kms distribuídos por 818 dias de competição;
  • Corrida em que mais vezes participou: a sua Volta a Grã-Bretanha, prova onde participou por 11 vezes.

 

Fechamos com mais um contra-relógio, desta vez viajando até à Áustria, por intermédio de Matthias Brandle. Foi colega de Dowsett nas últimas 3 temporadas e também irá ficar registado nos livros de história, pois também chegou a ter o Recorde da Hora em sua posse (51,852 kms). Ainda mais irregular que o britânico, Brandle tanto era capaz do melhor como do pior, sendo que se destacava nos esforços mais curtos.

  • Anos como profissional: 15 temporadas divididas por 5 formações – Team Ista (2008), ELK Haus (2009), Footon-Servetto (2010 e 2011), Team NetApp (2012), IAM Cycling (2013 a 2016), Trek-Segafredo (2017 e 2018) e Israel-Premier Tech (2020 a 2022);
  • Nº de vitórias: 18 triunfos, incluindo 8 títulos nacionais de contra-relógio e 1 título de estrada. Fora isso, tem como vitórias mais importantes duas etapas consecutivas no Tour of Britain;
  • Nº de Grandes Voltas: a sua irregularidade não lhe permitiu ser escolha em muitas ocasiões, realizou apenas 6 Giro, 2 Vuelta e 1 Tour;
  • Melhor temporada: 2017, época em que venceu contra-relógios na Volta a Dinamarca e Volta a Bélgica e foi 2º no Driedaagse De Panne-Koksijde e 4º nos Europeus de CRI;
  • Total de kms em corrida: 148 9735 kms distribuídos por 998 dias de competição;
  • Corrida em que mais vezes participou: por 6 vezes participou no Giro d’Itália, Volta a Áustria e Tour de Romandie.




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