Após já termos falado de Espanha, é hora de nos focarmos na Bélgica e nos ciclistas mais importantes que irão pendurar a bicicleta. O nome mais sonante é, sem dúvida, Greg van Avermaet. Aos 38 anos, o campeão olímpico do Rio 2016 deixa a bicicleta, depois de umas últimas temporadas na AG2R Citroen onde se notou o peso da idade.
Um dos grandes nomes da antiga BMC Racing Team, foi entre 2015 e 2019 que mais deu nas vistas e melhores resultados conseguiu. Teve uma grande rivalidade com Peter Sagan nas clássicas e, mesmo assim, triunfou em duas Omloop Het Nieuwsblad, 1 Paris-Roubaix, 1 Gent-Wevelgem e 1 E3 Harelbeke (conquistou todas as provas em 2017!). Ainda venceu o Tirreno-Adriático, duas edições do GP Montreal, entre outras. Um dos ciclistas mais importantes da sua geração.
Sep Vanmarcke já deixou o ciclismo em julho devido a problemas cardíacos. Será sempre um ciclista com muitos apoiantes, não fosse o facto de estar na luta e, inevitavelmente, o vermos a ficar para trás, quer por furos, quedas, entre outros. Muitos azares ao longo da carreira, que fica marcada pela vitória na Omloop Het Nieuwsblad 2012, onde derrotou 3 QuickStep. Diversos pódios no Tour de Flandres/Paris-Roubaix, faltou-lhe uma grande vitória.
Por falar em QuickStep, Dries Devenyns depois de 13 temporadas, não consecutivas, na formação de Patrick Lefevere. Sempre um ciclista fiável, quer nas clássicas quer no apoio aos seus líderes nas provas por etapas, tem como grandes vitórias a Cadel Evans Great Ocean Road Race, Volta a Bélgica e Tour de Wallonie. Já tem futuro assegurado, continuando na Soudal-QuickStep, agora como diretor desportivo.
Jens Keukeleire foi um dos grandes sub-23 da sua geração mas não conseguiu confirmar todo o potencial. Vencedor da etapa na Vuelta em 2016, Keukeleire era um bom ciclista de clássicas que tinha uma boa ponta final em grupos mais restritos. Despede-se com um palmarés mais curto do que se pensava. Por fim, mencionar Jelle Wallays, um possante ciclista de muito trabalho, que teve como grande resultado o triunfo na Dwars door Vlaanderen 2015 e o término antecipado da carreira de Nathan van Hooydonck.