Após termos elencado os ciclistas do World Tour que penduraram a bicicleta no final de 2024, hoje é dia de descermos até ao escalão ProTeams e fazer o mesmo exercício. Dentro das 17 equipas listadas na UCI com esse estatuto, há 31 ciclistas que abandonam a modalidade e o nome a destacar é o incortornável Domenico Pozzovivo. Aos 42 anos, o pequeno trepador italiano ainda foi um ciclista de resultados interessantes, 4º na Volta a Eslovénia e 20º no Giro d’Itália. Para trás ficam 20 temporadas no pelotão profissional, uma dedicação tremenda à modalidade 7 top-10 em Grandes Voltas e uma etapa conquistada no “seu” Giro.



Thomas de Gendt é um “quase” abandono. O combativo belga retira-se do ciclismo profissional para se dedicar a outras vertentes, mas já sem as mesmas obrigações de outros tempos. De Gendt começou como um grande talento, venceu no Stelvio e fez pódio no Giro 2012 mas nunca mais conseguiu atingir esse nível. Viria a transformar-se num caça-etapas, venceu nas 3 Grandes Voltas e em quase todas as provas por etapas do World Tour. Sebastian Reinchenbach é outro trepador interessante que se retira, um ciclista que passou grande parte da sua carreira na Groupama-FDJ, um dos fiéis gregários de Thibaut Pinot nos tempos áureos do francês. Muito regular, não teve muitas oportunidades para brilhar, tentou fazê-lo nos últimos dois anos ao serviço da Tudor.

Alexis Vuillermoz é mais um vencedor de etapas em Grandes Voltas que se retira, com o seu estilo carcaterístico, o gaulês já estava longe do seu melhor nível que o levou a vitórias como no Mur de Bretagne no Tour 2015. Julien Simon é outro veterano francês que se retira, um clássico do calendário interno, puncheur extraordinário que nos seus tempos mais brilhantes era sinónimo de grandes resultados. Carl Frederik Hagen foi uma espécie de one hit wonder, fez top-10 na Vuelta 2019, a sua primeira Grande Volta da carreira … e nunca mais conseguiu estar perto desses resultados nem em provas de uma semana. Aos 33 anos, Hagen afirmou que já não tinha a mesma motivação para continuar a sua carreira.

Numa análise aos velocistas, Niccolo Bonifazio é o principal abandono deste escalão. Apenas com 31 anos, o italiano nunca conseguiu confirmar o potencial que todos esperavam e que lhe valeram 5 temporadas no World Tour. Regularidade nunca foi consigo e isso é fundamental para um sprinter que sai de cena com 21 triunfos. Jacopo Guarnieri foi durante quase toda a carreira um lançador, principalmente de Arnaud Demare e conseguiu entregar ao francês muitos triunfos, era muito fiável.



Fechamos este capítulo com a menção de ciclistas que passaram e venceram em Portugal. Luis Angel Maté é o nome mais evidente, o veterano basco venceu na Volta a Portugal nas últimas duas temporadas e, este ano, conquistou a camisola da montanha. A combatividade sempre foi o ponto forte de Maté, 10 anos na Cofidis e muita confiança que a estrutura gaulesa tinha em si. James Whelan relançou a carreira na Sabgal/Anicolor em 2023, venceu na Senhora da Graça e voltou ao profissionalismo por intermédio da Q36.5. Uma temporada depois deixa o ciclismo profissional para se dedicar ao triatlo.

Foto: Volta a Portugal

Jesús Ezquerra venceu na Volta a Portugal de 2016 ao serviço do Sporting/Tavira e fez as últimas 7 temporadas na Burgos-BH onde será, agora, um dos diretores desportivos. Ciclista muito fiável na proteção dos seus líderes, principalmente nas fases planas das provas, dará um contributo importante à estrutura. Óscar Pelegrí é mais novo, 30 anos, mas também termina a carreira depois de 3 temporadas na Burgos-BH. Um sprinter que passava bem as pequenas dificuldades, Pelegrí correu na RP/Boavista e no Feirense entre 2018 e 2020, tendo conseguido vitórias em etapas no GP Nacional 2, GP Abimota e a geral da prova mencionada.



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