Aos 35 anos, Roman Kreuziger termina uma longa carreira entre a elite do ciclismo mundial. Um dos grandes nomes da República Checa nos últimos anos, o ciclista checo explodiu bastante cedo e, nessa altura, era um perigo quer nas provas por etapas, quer nas clássicas. Foi-se transformando um gregário de luxo e acabou como um mentor para corredores mais jovens. Vai continuar ligado ao ciclismo, agora como diretor desportivo da Bahrain-Victorious.
- Anos como profissional: 16 temporadas como profissional (2006-2010 na Liquigas, 2011-2012 na Astana, 2013-2016 na Tinkoff, 2017-2018 na Mitchelton-Scott, 2019-2020 na Dimension Data e terminou na Gazprom-Rusvelo);
- Nº de vitórias: 15 triunfos como profissional, incluindo um etapa no Giro d’Italia e uma Amstel Gold Race;
- Nº de Grandes Voltas: 18 Grandes Voltas, um número muito bom, de um ciclista, que nos seus tempos áureos era um perigo. Por 10 vezes fez o Tour, acabando 3 vezes no top-10;
- Melhor temporada: Escolhemos 2019, venceu o Tour de Romandie, foi 3º na Volta a Suíça, 8º no Tour e ganhou a Clássica San Sebastian;
- Total de kms em corrida: 156 686 kms divididos por quase 1000 dias de competição;
- Corrida em que mais vezes participou: em tempos, um especialista das Clássicas das Ardenas, fez por 13 vezes a La Fleche Wallonne.
A nova geração de ciclistas checo tinha em Petr Vakoc uma das suas grandes promessas. O puncheur estava a tornar-se um dos melhores corredores do pelotão nas clássicas no entanto, o início de 2018 foi fatal. Na África do Sul, enquanto treinava, foi atropelado por um camião e a partir daí iniciou-se uma lenta recuperação. Voltou ao ciclismo mais de 1 ano depois mas já não era o mesmo. Apareceu a espaços no entanto era mais um gregário. Fica a sensação de que podia ter sido um caso sério. Sai de cena aos 29 anos.
- Anos como profissional: 10 temporadas como profissional (Dukla Praha em 2011, Etixx CT em 2013, QuickStep entre 2014 e 2019 e Alpecin-Fenix em 2020 e 2021);
- Nº de vitórias: Um total de 7 triunfos como profissional, todos eles conseguidos antes do acidente, com destaque para uma etapa na Volta a Polónia e a Brabantse Pijl;
- Nº de Grandes Voltas: Apenas 3 provas de três semanas, todas elas terminadas;
- Melhor temporada: De longe, o ano de 2016, quando venceu 2 clássicas francesas e a Brabantse Pijl, foi 2º no Tour La Provence e no GP Wallonie e 5º na Strade Bianche e nos Europeus;
- Total de kms em corrida: 84 152 kms divididos por 533 dias de competição;
- Corrida em que mais vezes participou: Precisamente a Brabantse Pijl, prova onde esteve 7 vezes e conseguiu um triunfo.
Mathias Frank foi, nos seus grandes anos, um homem de classificações gerais. Muito discreto, ia passando despercebido de tudo e todos, acabando sempre entre os melhores. As lesões e o aparecer de uma nova geração fizeram eclipsar, de uma forma mais rápida, o ciclista helvético, que se retira aos 34 anos.
- Anos como profissional: 14 temporadas como profissional (Gerolsteiner em 2008, BMC Racing Team entre 2009 e 2013, IAM Cycling entre 2014 e 2016 e AG2R Citroen entre 2017 e 2021);
- Nº de vitórias: Ciclista de poucos triunfos, apenas 7, sendo que se destaca a última vitória conseguida, a única no World Tour e logo na Vuelta a Espanha, no ano de 2016;
- Nº de Grandes Voltas: Um total de 13 Grandes Voltas, destacando-se 7 Tour’s, sendo que foi na prova francesa que conseguiu o único top-10 final;
- Melhor temporada: 2014, ano em que mais venceu enquanto profissional, conseguindo triunfos no Criterium International e na Volta a Baviera, tendo sido 2º em ambas as provas. Foi, ainda, 2º na Volta a Suíça e 4º no Tour de Romandie, ;
- Total de kms em corrida: 135 492 kms divididos por 889 dias de competição;
- Corrida em que mais vezes participou: Por 11 vezes participou quer no Tour de Romandie quer na Volta a Suíça.
Um símbolo de lealdade a um projeto é, sem dúvida nenhuma, Ben Gastauer. O ciclista luxemburguês de 33 anos fez toda a sua carreira na estrutura da AG2R, mostrando, sempre, ser um corredor bastante fiável. Trepador competente, não teve grandes resultados individuais, trabalhando muito em prol do coletivo. Curiosamente, foi companheiro de Mathias Frank nos últimos anos de carreira.
- Anos como profissional: 12 temporadas como profissional (desde 2010 até 2021 na AG2R Citroen);
- Nº de vitórias: Apenas 2 triunfos, destacando-se a vitória na geral do Tour du Haut Var em 2015;
- Nº de Grandes Voltas: 13 provas de três semanas, com 6 Giro’s, 4 Tour’s e 3 Vuelta’s;
- Melhor temporada: Apesar de ter sido um ano sem triunfos, em 2014 foi vice-campeão nacional, 12º na Volta a Baviera, 13º no Eneco Tour e 21º no Tour de France;
- Total de kms em corrida: 132 660 kms divididos por 849 dias de competição;
- Corrida em que mais vezes participou: Em todos os anos da sua carreira participou nos Campeonatos Nacionais de estrada que, no entanto, nunca conseguiu vencer.
Terminamos com uma viagem até a um dos países da moda, a Noruega. Falamos de Daniel Hoelgaard, um dos grandes nomes da sua geração enquanto ciclista mais jovem. Excelente sprinter, Hoelgaard nunca conseguiu render ao nível que se esperava e nem um regresso a “casa” fez com que voltasse ao bom nível. Retira-se com apenas 28 anos.
- Anos como profissional: 10 temporadas como profissional (2012 na Team Oster Hus, 2013-2014 na Ettix CT, 2015 na Team Joker, 2016-2019 na Groupama-FDJ e 2020-2021 na UNO-X);
- Nº de vitórias: 0 triunfos enquanto profissional, contrastando com as 9 vitórias conseguidas nos escalões de formação;
- Nº de Grandes Voltas: Apenas 1 Vuelta a Espanha, no ano de 2017;
- Melhor temporada: O salto para o World Tour e para a FDJ deveu-se devido a um grande ano de 2015, onde conseguiu 18 top-10, incluindo triunfos no Tour de Bretagne e Tour de Normandie;
- Total de kms em corrida: 55 413 kms divididos por quase 357 dias de competição;
- Corrida em que mais vezes participou: Numa curta carreira, várias foram as provas onde esteve por 4 vezes: Quatro Dias de Dunquerque, GP Denain, Kuurne-Brussels-Kuurne e Route Adelie de Vitré.