CULLERA, SPAIN - FEBRUARY 06: Michael Albasini of Switzerland and Team Mitchelton-Scott / Gonzalo Serrano of Spain and Team Caja Rural-Seguros RGA / Tadej Pogacar of Slovenia and UAE Team Emirates/ during the 71st Volta a la Comunitat Valenciana 2020, Stage 2 a 181km stage from Torrent to Cullera 181m / @VueltaCV / #VCV2020 / on February 06, 2020 in Cullera, Spain. (Photo by David Ramos/Getty Images)

Ao mesmo tempo que Fabian Cancellara brilhava no empedrado e no contra-relógio, surgia, nas clássicas do asfalto e nas provas duras, Michael Albasini. O suíço, agora com 39 anos, foi uma das grandes referências do ciclismo helvético. Sempre um corredor fiável, nos seus tempos áureos foi muito regular e indispensável às suas equipas. Em 2021, abraçará a liderança da Seleção Suíça de ciclismo.

  • Anos como profissional: 18 temporadas divididas por 4 equipas – Phonak (2003 e 2004), Liquidas (2005 a 2008), HTC-Columbia (2009 a 2011) e Orica-GreenEDGE (2012 a 2020);
  • Nº de Vitórias: 31 triunfos, 17 deles conseguidos no World Tour, um número bastante bom, incluindo 7 na Volta a Romandia e 3 na Volta a Suíça, as “suas” provas;
  • Nº de Grandes Voltas: 14 provas de 3 semanas, 9 Tour’s, 3 Vuelta’s e 2 Giro’s, um número reduzido devido à forte aposta nas clássicas, onde fez 37 monumentos;
  • Melhor temporada: Houve várias épocas de qualidade, mas destacamos 2017. Ganhou no País Basco, na Romandia, a Coppa Agostoni, foi 3º na Amstel Gold Race, 5º na La Fleche Wallone, 7º na Liege-Bastogne-Liege e nos Mundias de Estrada;
  • Total de kms em corrida: 178 438 kms distribuídos por 1126 dias de corrida;
  • Corrida em que mais vezes participou: um homem das Ardenas, que fez por 15 vezes a Amstel Gold Race e a Liege-Bastogne-Liege, para além da Volta a Suíça.




Enrico Gasparotto não nasceu suíço, mas para o ciclismo tornou-se helvético a partir de 2019. Com a bandeira vermelha e branca correu duas temporadas no entanto foi com as cores de Itália que deu nas vistas. Um puncheur de muita qualidade destacou-se, sempre, por onde passou. Aos 38 anos, chegou a hora de pendurar a bicicleta.

  • Anos como profissional: 17 temporadas divididas por 8 equipas – Tenax (2004), Liquidas (2005 a 2007), Barloworld (2008), Lampre (2009), Astana (2010 a 2014), Wanty-Groupe Gobert (2015 e 2016), Bahrain-McLaren (2017 e 2018) e NTT Pro Cycling (2019 e 2020);
  • Nº de Vitórias: 10 triunfos, com destaque para duas Amstel Gold Race, curiosamente, as últimas duas vitórias da carreira;
  • Nº de Grandes Voltas: só fez 14 Grandes Voltas, não termina apenas 2 – 8 Giro’s, 5 Vuelta’s e 1 Tour;
  • Melhor temporada: Tem que ser o ano de 2008, e por larga margem. 33 top-10, com 4 vitórias e vários pódios, incluindo geral do Tirreno-Adriático e etapas da Volta a Portugal;
  • Total de kms em corrida: 162 213 kms distribuídos por 999 dias de corrida;
  • Corrida em que mais vezes participou: mais um ciclista das Ardenas que por 11 vezes fez as três clássicas (Amstel Gold Race, Fleche Wallone e Liege-Bastogne-Liege).

 

Seguimos para a Holanda e para um corredor muito característico devido à sua cadência muito, mas muito lenta. Pieter Weening distinguia-se facilmente no pelotão, era um trepador de qualidade que sempre foi muito profissional o que lhe valeu, na sua última temporada, um contrato de última hora no World Tour. Merecia melhor abandono do que desistir do Giro d’Itália devido a queda.

  • Anos como profissional: 19 temporadas divididas por 5 equipas – Rabobank Continental (2002 e 2003), Rabobank (2004 a 2011), Orica-GreenEDGE (2012 a 2015), Roompot-Orange Peloton (2016 a 2019) e Trek-Segafredo (2020);
  • Nº de Vitórias: 13 triunfos, um corredor de grandes conquistas, incluindo duas etapas no Giro e uma no Tour;
  • Nº de Grandes Voltas: 16 provas de 3 semanas – 6 Giro’s, 6 Tour’s e 4 Vuelta’s;
  • Melhor temporada: Pontualmente conseguia bons resultados no entanto, em 2013, foi regular todo o ano – vitória geral na Volta a Polónia, 2º no Tour de Langkawi, 6º na Volta ao País Basco, 8º na Amstel Gold Race e no Eneco Tour;
  • Total de kms em corrida: 195 558 kms distribuídos por 1239 dias de corrida;
  • Corrida em que mais vezes participou: os Campeonatos Nacionais da Holanda, onde esteve presente por 12 vezes e, tirando essa competição, Amstel Gold Race e Liege-Bastogne-Liege, por 10 ocasiões.





O mais novo dos abandonos de hoje é Tom-Jelte Slagter, com apenas 31 anos. Um corredor com muito potencial que viu as lesões e alguma falta de motivação acabarem com a sua carreira. Bom corredor de clássicas que conseguiu excelentes resultados quando apareceu e que, agora, se vai dedicar à venda de … tratores.

  • Anos como profissional: 11 temporadas divididas por 5 equipas, não conseguiu estabilizar numa equipa, o que também o deve ter afetado – Rabobank Continental (2010), Rabobank (2011 a 2013), Garmin-Sharp (2014 a 2017), Dimension Data (2018 e 2019), Vital Concept (2020);
  • Nº de Vitórias: 10 triunfos, 4 deles conseguidos no World Tour (Paris-Nice e Tour Down Under);
  • Nº de Grandes Voltas: 8 provas de 3 semanas – 4 Giro’s, 3 Tour’s e 1 Vuelta;
  • Melhor temporada: Entre 2013 e 2015 foi muito regular no entanto destacamos 2013, ano em que venceu o Tour Down Under e uma etapa, foi 7º no Tour du Haut Var, 9º no Tour de l’Ain e 7º no GP Quebec;
  • Corrida em que mais vezes participou: continuamos pelas Ardenas, desta vez com a La Fleche Wallone a ser a prova destacada, com Slagter a estar presente por 9 ocasiões, incluindo 2 top-10.

 

Tom Leezer foi um exemplo de lealdade. Durante a sua longa carreira, quase toda ela foi feita dentro da mesma estrutura (Rabobank/Jumbo-Visma), o que só por si revela a qualidade do holandês, um gregário importante para as clássicas e para proteger os líderes nas fases planas. Numa primeira fase da carreira foi sprinter.

  • Anos como profissional: 17 temporadas divididas por 3 equipas – Van Vliet-EBH (2004), Rabobank Continental (2005 a 2007) e Rabobank/Jumbo-Visma (2008 a 2020);
  • Nº de Vitórias: 6 triunfos, o mais importante conseguido no Tour de Langkawi de 2013
  • Nº de Grandes Voltas: 8 Grandes Voltas – 4 Tour’s, 2 Giro’s e 2 Vuelta’s. Um homem de clássicas, esteve presente em 22 Monumentos, concluindo 15 deles;
  • Melhor temporada: Em 2009, na sua segunda temporada no World Tour teve alguma liberdade, conseguindo 17 top-10, incluindo 3º nos Três Dias de De Panne, 5º na Kuurne-Brussels-Kuurne e 8º na Gent-Wevelgem;
  • Total de kms em corrida: 154 657 kms distribuídos por 992 dias de corrida;
  • Corrida em que mais vezes participou: entre 2008 e 2018 apenas falhou uma edição da Gent-Wevelgem, participando em 10, conseguindo um 8º posto em 2009.




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