Nos dias de hoje não é fácil ver um ciclista a ser fiel a uma estrutura durante toda a sua carreira, no entanto Anthony Roux é um desses casos. O francês fez toda a sua carreira na FDJ, mantendo-se leal a Marc Madiot. Raramente foi líder dentro da formação gaulesa, a espaços tinha oportunidades de liderar no calendário francês e foi aproveitando para construir o seu palmarés. Clássico ciclista francês, muito combativo, que passava bem as dificuldades e sprintava em grupos restritos.

  • Anos como profissional – 15 épocas sempre na estrutura da Groupama-FDJ (2008 a 2022);
  • Nº de vitórias – 16 triunfos, 14 deles conseguidos em França, no calendário que já referido. Mesmo assim, conseguiu triunfar na Vuelta a Espanha de 2009 e, em 2018, conseguiu sagrar-se campeão nacional de estrada;
  • Nº de Grandes Voltas – 14 presenças, não é um número muito elevado, estava mais habituado a fazer um calendário alternativo. Venceu na Vuelta, onde participou 6 vezes, tendo 5 presenças no Tour e 3 no Giro;
  • Melhor temporada – Em 2011 atingiu o auge da sua carreira, conseguiu 6 triunfos, incluindo as gerais do Circuit De Lorraine e Circuit Cycliste Sarthe. Quase colocava a cereja no topo do bolo ao ser vice-campeão nacional;
  • Total de kms em corrida – 183 709 kms, um dos números mais elevados do pelotão internacional atual, fruto da sua longevidade;
  • Corrida em que mais vezes participou – Um homem de clássicas de longa quilometragem, que por 10 vezes fez a Liege-Bastogne-Liege, La Fleche Wallonne e GP Plouay.





Jonathan Hivert será sempre um ciclista difícil de compreender. O francês era capaz do melhor e do pior em dias consecutivos, tanto conseguia superar os melhores do pelotão numa clássica acidentada, como no dia a seguir ser dos primeiros a ceder. Esta irregularidade exibicional fez com que Hivert nunca desse o salto para o World Tour, apenas lá esteve uma temporada, fazendo toda a carreira em formações gaulesas. A espaços aparecia, quase sempre em clássicas acidentadas.

  • Anos como profissional – Um total de 17 épocas divididas por7 equipas, Credit Agricole (2006 a 2008), Skil-Shimano (2009), Saur-Sojasun (2010 a 2013), Belkin (2014), Fortuneo-Vital Concept (2015 a 2017), Total Direct Energie (2018 a 2020) e B&B Hotels (2021 e 2022);
  • Nº de vitórias – 17 ao todo, um número não muito elevado, mas que espelha a sua oscilação exibicional. Conseguiu duas vitórias no World Tour, no Paris-Nice e no Tour de Romandie;
  • Nº de Grandes Voltas – Não era um homem de provas de 3 semanas, por apenas 4 vezes esteve à partida, fazendo 3 Tour e 1 Vuelta;
  • Melhor temporada – Em 2013 conseguiu uma regularidade não muito vista noutras épocas, conseguindo vencer a geral da Etoile de Besseges e duas etapas na Vuelta a Andalucia, para além de 2º no GP Argovie e na Volta ao Luxemburgo, 5º no GP de la Somme e 7º no Circuit Cycliste Sarthe;
  • Total de kms em corrida – 170 342 kms cumpridos em competição, divididos por 1 045 provas;
  • Corrida em que mais vezes participou – Alinhou no GP La Marseillaise por 14 vezes, tendo conseguido vencer a clássica francesa por 1 ocasião.

 

Romain Hardy é mais um exemplo de um ciclista que não saiu de França e, tal como os anteriores, um ciclista de clássicas acidentadas e com uma boa ponta final. Muito competente, foi sempre um corredor de muito trabalho e, poucas foram as oportunidades que teve para brilhar. Despede-se com 34 anos, depois de ter ajudado a Arkea-Samsic a subir ao World Tour.

  • Anos como profissional – 13 temporadas, das quais 9 foram na estrutura da Arkea-Samsic/Bretagne Schuller (2010 a 2012 e 2017 a 2022). Entre 2013 e 2016 esteve na Cofidis;
  • Nº de vitórias – apenas 2 triunfos em toda a carreira, o Tour du Doubs e uma etapa no Tour du Haut Var;
  • Nº de Grandes Voltas – 5 provas de 3 semanas, participou no Tour por 2 vezes e na Vuelta por 3 ocasiões. É um número reduzido, nunca foi corredor de 3 semanas porque não conseguia ajudar muito nos terrenos mais complicados;
  • Melhor temporada – O regresso à Fortuneo/Arkea não podia ter corrido melhor. Em 2017, para além de ter ganho o Tour du Doubs, foi 2º no Trofeo Laigueglia, 3º no Tour du Haut Var, 6º no Tour du Finistere, 7º na Drome Classic e 9º no Tour de Vendee;
  • Total de kms em corrida – 132 023 kms divididos por 828 dias de competição;
  • Corrida em que mais vezes participou – Ciclista de clássicas do calendário francês, com 11 participações no GP Plumelec, Paris-Camembert, Route Adélie de Vitré e Tour de Finistere.





Stéphane Rossetto chegou tarde ao profissionalismo, aproveitou o circuito amador francês para correr enquanto mais jovem e, quando chegou ao pelotão internacional já era um ciclista feito. Rossetto subia relativamente bem e defendia-se no contra-relógio, parecia talhado para as provas por etapas mas sempre se destacou mais pela combatividade, eram muitas as fugas onde entrava. O esforço individual era onde dava mais nas vistas, foi duas vezes vice-campeão nacional.

  • Anos como profissional – Um total de 11 épocas. Esteve na Vacansoleil em 2010 mas depois só regressou em 2013 pela mão da BigMat-Auber, onde também esteve em 2014 e em 2021 e 2022. Pelo meio correu na Cofidis, entre 2015 e 2020;
  • Nº de vitórias – apenas 3, mas uma delas será sempre recordada, precisamente a última, conseguida numa etapa do Tour of Yorkshire 2018, onde esteve numa fuga solitária de 116 quilómetros;
  • Nº de Grandes Voltas – Fez todas as provas de 3 semanas mas apenas a Vuelta teve a sua presença por mais que uma vez, num total de 5;
  • Melhor temporada – A época de 2014 permitiu dar o salto na carreira, no escalão Continental atingiu um nível nunca antes visto: ganhou a Boucles de la Mayenne, foi 6º na Route du Sud, 7º no Chrono des Nations, 8º no Tour du Doubs e 9º no Paris-Camembert;
  • Total de kms em corrida – Um ciclista de muitos quilómetros e dias de competição todas as temporadas, fruto disso são os 126 024 kms realizados;
  • Corrida em que mais vezes participou – Participou no Tour de l’Ain e na Route du Sud por 9 vezes.

Viajamos até outro continente, mais concretamente aos Estados Unidos da América, para nos despedirmos de Ben King. Com 33 anos, o norte-americano decidiu pendurar a bicicleta, depois de uma carreira bem conseguida, esteve no World Tour, evidenciou-se nas grandes corridas e depois fez os últimos anos da carreira na melhor equipa do seu país. No ano passado esteve em Portugal, venceu uma etapa na Volta a Portugal, em Fafe, curiosamente o último triunfo da sua carreira.

  • Anos como profissional – 15 temporadas como profissional, sendo que começou e terminou a carreira na mesma estrutura. Em 2008 iniciou a carreira na Kelly Benefit Strategies para acabar, em 2022, na Human Powered Health. Passou, ainda, pela Trek-Livestrong (2009 e 2010), RadioShack (2011 a 2013), Garmin/Cannondale (2014 a 2016) e Dimension Data/NTT (2017 a 2020);
  • Nº de vitórias: 6 como profissional, incluindo 1 campeonato nacional e duas etapas na Vuelta a Espanha de 2018, ambas chegadas em alto;
  • Nº de Grandes Voltas – Apenas 8 Grandes Voltas, com destaque para as 5 presenças na Vuelta a Espanha, competição onde conseguiu os já referidos triunfos;
  • Melhor temporada – As duas tiradas conquistadas na Volta a Espanha elevam o ano de 2018 para um nível que nunca tinha atingido ou voltaria a atingir. Nesse ano também venceu a classificação da montanha na Volta ao Algarve;
  • Total de kms em corrida – 121 014 kms de competição, um número não muito elevado para a dezena e meia de temporadas que teve ao mais alto nível;
  • Corrida em que mais vezes participou – Alinhou por 7 ocasiões na Volta a Califórnia.

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