Nem todos os ciclistas podem dizer que tiveram uma despedida em grande. Foi o que aconteceu a Lars Bak ao terminar o Paris-Tours em 7º depois de mais uma exibição combativa. No alto dos seus 190 centímetros o dinamarquês de 39 anos matou muitas fugas e foi a alma de algumas delas, uma carreira onde muito trabalhou para os seus líderes, especialmente sprinters, na parte plana das etapas. É daqueles corredores que provavelmente passará para director-desportivo na próxima fase da carreira. Facto curioso: ganhou a Volta a França do Futuro em 2005.

  • Anos como profissional: 19 temporadas divididas por 6 equipas: Team Fakta (2001-2003), Bankgiroloterij (2004), CSC Pro Team (2005-2009), Team HTC Columbia (2010-2011), Lotto-Soudal (2012-2018) e Dimension Data (2019);
  • Nº de vitórias: 12 triunfos, todos entre 2004 e 2012, foi por 3 vezes campeão nacional, 2 de CRI e 1 de estrada;
  • Melhor vitória: Giro 2012, etapa 11. Uma fuga grande numa etapa de média montanha, Lars Bak escapou-se do grupo de fugitivos e chegou isolado. Um movimento clássico nele já que não tinha grande ponta final;
  • Nº de Grandes Voltas: 20, um dos ciclistas em actividade em 2019 com mais Grandes Voltas. Fez o Giro por 10 vezes, o Tour por 8 vezes e a Vuelta por 2 vezes, só não acabou por 2 ocasiões. Na fase inicial da carreira ainda fez 21º na Vuelta e 16º no Giro;
  • Melhor temporada: 2009, não só faz 16º no Giro como também é 6º no Tour de Romandie e 7º no Eneco Tour (ganhando 1 etapa) ;
  • Total de kms em corrida: 215 877 kms;
  • Corrida que mais vezes participou: Paris-Roubaix, alinhou à partida por 13 vezes, um corredor que sempre gostou destas longas clássicas de endurance.




Matti Breschel foi um dos melhores ciclistas dinamarqueses desta geração, subiu ao World Tour em 2005 e nunca mais de lá saiu. Por 2 vezes esteve muito próximo de se sagrar campeão do Mundo, adorava essa corrida. Um bom especialista de clássicas nunca chegou a corresponder verdadeiramente nesse tipo de provas, só por 3 vezes esteve no top 10 do Tour des Flandres ou Paris-Roubaix, o que para a sua qualidade é pouco.

  • Anos como profissional: 16 temporadas divididas por 5 equipas: Team PH (2004), Saxo Bank (2005-2010 e 2013-2015), Rabobank (2011-2012), Cannondale (2016 e 2018-2019) e Astana (2017) ;
  • Nº de vitórias: 24 ao todo, a última delas em 2015, não ganhou nos últimos 4 anos da carreira. Ganhou um total de 9 etapas na Volta a Dinamarca;
  • Melhor vitória: Última etapa na Vuelta 2008. Ganhou ao sprint apesar de não ser um sprinter puro, à frente de Alexandre Usov e Davide Vigano;
  • Nº de Grandes Voltas: 9 (3 Giro’s, 2 Tour’s e 4 Vuelta’s). Um número reduzido face à sua qualidade e tendo em conta que esteve 15 anos no World Tour. Em 7 dessas 9 Grandes Voltas terminou pelo menos 1 etapa no top 10;
  • Melhor temporada: Elegemos 2009 principalmente pela época de clássicas que faz, é 6º no Tour des Flandres e 9º no Paris-Roubaix, depois ganha etapas na Volta a Catalunha, Volta ao Luxemburgo, Volta a Suíça e Volta a Dinamarca, é 2º na Clássica de Hamburgo, sagra-se campeão nacional e acaba o ano a fazer 7º nos Mundiais;
  • Total de kms em corrida: 141 395 kms;
  • Corrida que mais vezes participou: Tour des Flandres, por 13 vezes. Entre 2005 e 2019 só falhou as edições de 2006 e 2011.

Rasmus Guldhammer é uma daquelas eternas promessas que nunca chegou a vingar no escalão elite. Apoquentado por lesões e sem nunca se conseguir estabilizar numa equipa ainda passou pelo World Tour em 2010 e 2014. Vencedor da Liege-Bastogne-Liege sub-23 e 4º na Volta a Dinamarca aos 20 anos as vitórias que tem é mesmo no escalão sub-23 ou em provas 2.2.

  • Anos como profissional: 12 temporadas divididas por 9 equipas: Designa Kokken (2008), Capinordic (2009), HTC-Columbia (2010), Concordia Forsinkring (2011), Christina Watches (2012), Blue Water (2013-2014), Cult Energy (2015), Stolting Service (2016) e Team Virtu (2017-2019) ;
  • Nº de vitórias: 10 triunfos, todos obtidos no escalão sub-23 ou em provas 1.2 ou 2.2;
  • Melhor vitória: A Liege-Bastogne-Liege sub-23 de 2009, onde bateu Romain Zingle e Dennis van Winden;
  • Nº de Grandes Voltas: Nunca competiu em alguma;
  • Melhor temporada: 2015 com uma regularidade incrível, pensava-se que iria dar o salto. 4º no G.P. Lugano, 5º na Classica Corsica e na Volta Limburg, 4º no Tour des Fjords, na Volta a Dinamarca e no Tour of Britain, 7º na Arctic Race, 9º na Bretagne Classic e 10º na Clássica de Hamburgo, foi um dos melhores do circuito europeu;
  • Total de kms em corrida: 64 633 kms;
  • Corrida que mais vezes participou: Volta a Dinamarca, alinhou nos 12 anos como profissional.




Continuando na Escandinávia, Krister Hagen é um ciclista que alguns portugueses certamente se lembrarão. Esteve presente na Volta a Portugal em 2018 e esteve próximo de ganhar 1 etapa, esteve na Volta ao Alentejo em 2017 e 2016 e acabou em 4º e 2º, respectivamente. Fez grande parte da carreira na Noruega, era um corredor que passava bem a média montanha e tinha uma boa ponta final

  • Anos como profissional: 8 temporadas, divididas por 4 equipas: Oneco (2012-2013), Team Oster (2014), Team Coop (2015-2018) e Riwal Readynez (2019) ;
  • Nº de vitórias: 3 triunfos entre 2017 e 2018 e sempre em provas do escalão .2;
  • Melhor vitória: A classificação geral do Istrian Spring Trophy em 2018, reparem nos nomes que ficaram atrás de Krister Hagen: Kasper Asgreen, Tadej Pogacar, Mikkel Honoré e Marc Hirschi;
  • Nº de Grandes Voltas: Nunca participou em nenhuma;
  • Melhor temporada: 2018, obteve 2 terços dos triunfos da carreira nesse ano.
  • Total de kms em corrida: 40 071 kms;
  • Corrida que mais vezes participou: O Ringerike GP, uma corrida norueguesa, alinhou por 9 ocasiões.

 

Por fim falamos de Jacques Janse van Rensburg. Um trepador que se destacou em algumas provas no Médio Oriente em representação da Dimension Data. Indiscutivelmente um dos melhores corredores sul-africanos, teve um papel importante na estrutura e desenvolvimento da equipa .

  • Anos como profissional: 12 temporadas divididas entre 5 equipas: Konica Minolta (2006), Neotel (2008), Marco Polo (2009), Burgos 2016 (2011) e Dimension Data (2012-2019)
  • Nº de vitórias: Um total de 5 triunfos, 4 deles em provas africanas do escalão 2.2
  • Melhor vitória: O campeonato nacional de estrada em 2015, título obtido diante de Daryl Impey, ganhou isolado com mais de 2 minutos de vantagem.
  • Nº de Grandes Voltas: Ainda fez 6 provas de 3 semanas, 2 Giro’s, 1 Tour e 3 Vuelta’s.
  • Melhor temporada: De longe em 2015, foi campeão nacional em Fevereiro e depois fez 5º no Tour of Oman e 9º no Tour of Langkawi.
  • Total de kms em corrida: 89 254 kms
  • Corrida que mais vezes participou: Alinhou por 6 ocasiões em 3 corridas, os Nacionais, o Tour de Langkawi e a Liege-Bastogne-Liege, esta última de forma consecutiva.




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