Genial a espaços, enigmático ao longo da sua carreira, Jelle Vanendert será lembrado como um corredor capaz de resultados incríveis nas clássicas, nomeadamente nas clássicas das Ardenas, mesmo quando parecia completamente fora de forma. Tinha no Mur de Huy uma espécie de segunda casa e um registo verdadeiramente impressionante. Passou grande parte da carreira na Lotto-Soudal, onde também andou ocasionalmente com os melhores na alta montanha. Como sub-23 foi dos melhores da sua geração, capaz de discutir os Mundiais e etapas na Volta a França do Futuro.


  • Anos como profissional: Uma longa carreira de 18 temporadas como profissional, com passagens pela Jartazi (2004), Bodysol (2005-2006), Topsport Vlaanderen (2007), Francaise des Jeux (2008), Lotto-Soudal (2009-2019) e Bingoal (2020-2021
  • Nº de vitórias: Apenas 2 ao longo da sua carreira, o que é manifestamente pouco para um ciclista desta qualidade. Ganhou a 14ª etapa do Tour de 2011, diante de Samuel Sanchez e Andy Schleck e a 4ª etapa da Volta a Bélgica em 2018. Pecava muitas vezes por estar mal colocado.
  • Nº de Grandes Voltas: Um total de 10, alinhou pelo menos 3 vezes em cada Grande Volta, a sua melhor geral e classificação em etapa foi no Tour em 2011
  • Melhor temporada: Sim, em 2011 ganhou no Tour, mas em 2014 foi excelente nas clássicas a toda a linha. 2º na Amstel Gold Race, 6º na Fleche Wallonne, 11º na Liege-Bastogne-Liege, 12º na Il Lombardia e 6º na Clássica San Sebastian
  • Total de kms em corrida: 143 127 kms, nunca foi um ciclista de fazer muitas dias de competição por ano.
  • Corrida em que mais vezes participou: Alinhou por 14 vezes na Fleche Wallonne e na Liege-Bastogne-Liege, o que mostra o seu perfil como ciclista.

Sean de Bie tem características bem diferentes quando comparado a Jelle Vanendert, mas um percurso até semelhante já que passou pela Lotto-Soudal e terminou a carreira com 2 épocas na Bingoal. O belga evidenciou-se nos últimos anos de sub-23, conseguiu bons resultados nas clássicas, foi campeão europeu diante de Vakoc, Skujins e Alaphilippe e passou pela Volta a Portugal, onde foi 2º no prólogo. A Lotto-Soudal apostou nele, só que nunca se conseguiu evidenciar como um sprinter, até porque não era propriamente um velocista puro. Teve uma boa prestação em 2018, só que uma queda em 2019 prejudicou-o imenso e desde aí nunca mais foi o mesmo.


  • Anos como profissional: Apenas 9 temporadas, com passagens por várias equipas, a Leopard-Trek Continental (2013), a Lotto-Soudal (2014-2017), Verandas Willems (2018), Roompot (2019) e Bingoal (2020-2021)
  • Nº de vitórias: Um total de 4, a mais significativa na Primus Classic, ao serviço da Lotto-Soudal e contra boa concorrência.
  • Nº de Grandes Voltas: Em 4 anos de World Tour fez apenas o Giro, e por 2 ocasiões.
  • Melhor temporada: O ano que realizou em 2018, fora da Lotto-Soudal, foi de muita qualidade, ganhou logo a abrir na Etoile de Besseges e a partir daí fez imensos top 10, incluindo mais 2 pódios
  • Total de kms em corrida: 63 826 kms, só num ano fez mais de 60 dias de corrida.
  • Corrida em que mais vezes participou: Curiosamente, em 9 épocas como profissional alinhou por 8 vezes no Grote Prijs Jef Scherens, falhando apenas em 2020.

Um fiel da balança nas clássicas, um poderoso rolador, bastante combativo, Frederik Backaert deixa a sua carreira como profissional aos 31 anos. Um ciclista fiel à Wanty, onde passou grande parte da carreira e que era sempre um nome a ter em conta quando aparecia o empedrado, daí ter feito 11 Monumentos apesar de nunca ter corrido no World Tour.

  • Anos como profissional: Subiu a pulso, passou a profissional com 23 anos na Wanty em 2014, onde se manteve até 2019. Só saiu para a B&B Hotels, onde fez 2 épocas e agora se retira.
  • Nº de vitórias: Festejou apenas 1 vitória individual, na última etapa da Volta a Áustria, em 2016, um final durinho onde aguentou a carga dos homens da geral.
  • Nº de Grandes Voltas: Foi escolhido pela Wanty para fazer o Tour por 2 vezes, o que atesta bem a sua importância internamente.
  • Melhor temporada: Em 2017 andou muito bem o ano todo, foi 5º na Le Samyn, 2º na Tro Bro Leon, 3º numa etapa do Dauphine e ainda terminou mais algumas clássicas no top 15.
  • Total de kms em corrida: 86 767 kms, o que é bastante tendo em conta que nem competiu muitos anos.
  • Corrida em que mais vezes participou: De uma forma incrível alinhou por 7 vezes seguidas no Tour des Flandres, também conta com 7 participações na Tro Bro Leon e no Tour du Finistere.

Um ciclista excêntrico e irregular, Jonas van Genechten praticamente desapareceu em 2020 e 2021, correndo muito pouco nestes últimos 2 anos. Foi um final de carreira discreto para um corredor que no seu melhor era um excelente finalizador e passava bem a média montanha. Nem todos podem dizer que ganharam numa Grande Volta e o belga de 35 anos pode mencionar que tem isso no currículo.

  • Anos como profissional: Um total de 15 temporadas, com múltiplas equipas, a Storez em 2007, a Groupe Gobert em 2008, a Verandas Willems em 2009 e 2010, a Wallonie-Bruxelles em 2011, a Lotto-Soudal entre 2012 e 2014, a IAM Cycling em 2015 e 2016, a Cofidis em 2017 e a Vital Concept entre 2018 e 2021.
  • Nº de vitórias: Apesar de toda a irregularidade conseguiu 8 triunfos, o mais significativo na Vuelta em 2016, ao serviço da IAM. Ganhou um sprint em pelotão reduzido diante de Bennati e Valverde.
  • Nº de Grandes Voltas: Com tantos anos em equipas Profissionais Continentais e do World Tour apenas fez 2, sempre a Vuelta.
  • Melhor temporada: Claramente a de 2014, ganhou 1 etapa na Volta a Polónia, 2 clássicas e ainda fez mais 3 pódios. Estes resultados fizeram a IAM a apostar nele como líder.
  • Total de kms em corrida: Superou a marca dos 100 000 kms, com 108 984 kms
  • Corrida em que mais vezes participou: Como um bom belga era um corredor de clássicas, fez a Le Samyn por 11 vezes.





Um corredor muito possante, Ludwig de Winter nunca foi muito de dar nas vistas, muitas vezes trabalhando em provas sem transmissão ou antes das câmaras começarem a dar sinal. Como não tinha uma grande ponta final nem se destacava dos demais fez uma carreira como gregário, principalmente nas clássicas.

  • Anos como profissional: Correu durante 9 épocas, na Color Code em 2013 e 2014, na Wallonie-Bruxelles entre 2015 e 2018 e na Wanty – Groupe Gobert entre 2019 e 2021
  • Nº de vitórias: Não somou qualquer triunfo como profissional
  • Nº de Grandes Voltas: Dentro da Wanty nunca foi escolhido para qualquer Grande Volta
  • Melhor temporada: Conseguiu alguns top 10 interessante no final de 2017, nomeadamente na Schaal Sels.
  • Total de kms em corrida: 54 432 kms, apenas num ano superou a marca dos 50 dias de competição.
  • Corrida em que mais vezes participou: Alinhou na Le Samyn foi 8 vezes, só falhou em 2014 de todas as épocas como profissional.

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