Laurens Ten Dam era uma das figuras mais míticas do pelotão internacional, muito pela sua atitude aberta e descontraída dentro e fora da competição, sempre teve uma forte ligação com o público e até já tem o seu próprio podcast de ciclismo. No entanto o holandês de 38 anos também será lembrado pelo que fez na estrada, um dos melhores gregários de luxo nas Grandes Voltas tinha na montanha o seu habitat natural. Entre 2012 e 2014 fez top 15 no Giro, no Tour e na Vuelta, muito poucos podem dizer que obtiveram tal resultado nas 3 Grandes Voltas

  • Anos como profissional: 17 temporadas divididas por 7 equipas: Rabobank Continental (2003), Bankgiroloterij (2004), Shimano (2005), Unibet (2006-2007), Rabobank (2008-2015), Team Sunweb (2016-2018) e CCC Team (2019).
  • Nº de vitórias: Apenas 2 triunfos na carreira toda, 1 em 2006 e 1 em 2008
  • Melhor vitória: A 1ª etapa do Criterium Internacional em 2008, ganhou em solitário diante de Benoit Vaugrenard e Mirco Lorenzetto.
  • Nº de Grandes Voltas: A sua especialidade, fez 18 Grandes Voltas (4 Giro’s, 10 Tour’s e 4 Vuelta’s)
  • Melhor temporada: Complicado de escolher, entre 2011 e 2014 esteve sempre muito bem. 2012, 2013 e 2014 tiveram grandes prestações nas provas de 3 semanas, mas em 2011 foi 8º na Volta a Suiça, 6º na Volta a Califórnia e 5º no Tour Down Under, foi mais regular.
  • Total de kms em corrida: 191 320 kms
  • Corrida que mais vezes participou: Tirando os Nacionais, que é normal, foi a Volta a Catalunha, com 11 participações, alinhou sempre entre 2010 e 2019. Logo a seguir surge o Tour, com 10.




Companheiro de Laurens Ten Dam durante 3 temporadas Roy Curvers abandona o ciclismo profissional aos 39 anos, depois de quase 2 décadas. Um verdadeiro capitão de estrada, acompanhou Tom Dumoulin, John Degenkolb e outros líderes nas clássicas e Grandes Voltas, perseguiu imensas fugas para os seus sprinters, um daqueles elementos que por vezes mal se dá por eles, mas que são absolutamente fundamentais para uma equipa de alto nível. Extremamente leal, é incrível como só teve 2 equipas na carreira, o que reflecte bem a sua importância.

  • Anos como profissional: 17 temporadas, divididas por 2 equipas: Van Hemert (2003-2007) e actual Team Sunweb (2008-2019)
  • Nº de vitórias: 3 triunfos, 1 deles como sub-23, outro numa prova menor e a Halle-Ingooigem de 2011
  • Melhor vitória: A tal vitória na Halle-Ingooigem, ganhou isolado numa corrida com grandes nomes como Greg van Avermaet.
  • Nº de Grandes Voltas: 8 provas de 3 semanas no total, completou-as todas. Alinhou no Giro e na Vuelta por 1 vez e no Tour por 6 ocasiões. Não é um número impressionante, mas é preciso lembrar que esteve em equipas Continentais metade da carreira.
  • Melhor temporada: A nível pessoal foi 2015, com um grande final de ano, foi top 15 no Paris-Tours e na Bretagne Classic, top 10 na Binchi-Chimay-Binche e na Kampioenschap van Vlaanderen. Ainda ajudou Degenkolb a ganhar o Paris-Roubaix.
  • Total de kms em corrida: 166 982 kms
  • Corrida que mais vezes participou: A Ster ZLM Toer, marcou presença por 14 vezes, só falhou a prova entre 2016 e 2018.

Outro corredor holandês que só conheceu 2 equipas em toda a sua carreira e que vai abandonar a modalidade no final desta temporada é Marco Minnaard. Com 30 anos é um abandono que pode ser considerado precoce de um corredor que deu à Wanty o seu primeiro triunfo de sempre em provas por etapas (contando só a classificação geral). Outro ciclista de trabalho por natureza, tinha um papel de exemplo na Wanty.

  • Anos como profissional:  8 temporadas, divididas por 2 equipas, a Rabobank Continental em 2012 e 2013 e a Wanty – Groupe Gobert entre 2014 e 2019
  • Nº de vitórias: Apenas 1, a geral do Rhone-Alpes Isere Tour em 2017
  • Melhor vitória: Obviamente o único triunfo da carreira, obtido diante de Pascal Eenkhoorn, de Jerome Mainard e Jai Hindley, as bonificações foram cruciais
  • Nº de Grandes Voltas: Participou por 2 vezes no Tour, em 2017 e 2018, acabou ambas as edições, sendo 40º em 2017
  • Melhor temporada: Elegemos 2017, não só fez 40º no Tour, ganhou a geral que já referimos, como também foi 9º no Tour du Limousin.
  • Total de kms em corrida: 80 682 kms
  • Corrida que mais vezes participou: Tirando os Nacionais alinhou sempre entre 2014 e 2019 no Tour du Limousin, na Amstel Gold Race, na Classic Ardeche e na Royal Drome Classic




Daan Olivier teve uma carreira muito peculiar como ciclista profissional e até na idade com que deixa a modalidade (26 anos) é algo estranho. Ele já tinha deixado o ciclismo em 2015, mas apenas de forma temporária, para se dedicar aos estudos. Regressou em 2016 e sempre foi rotulado de grande esperança graças a resultados muito relevantes como sub-23. O holandês já tinha parado de competir em Maio deste ano, uma lesão no joelho que sofreu a treinar em Maio de 2018 foi a principal causa. Ficaram na retina as imagens dele na Volta ao País Basco a ter de desmontar numa subida muito inclinada, por causa desses mesmos problemas.

  • Anos como profissional: 8 temporadas, divididas por 3 equipas: Rabobank Continental (2011-2013), Giant-Alpecin (2014-2015) e Team LottoNL-Jumbo (2017-2019)
  • Nº de vitórias: 0 triunfos
  • Melhor vitória: Destacou-se mais no escalão sub-23, foi 2º no Paris-Roubaix sub-23 e 8º na Volta a França do Futuro.
  • Nº de Grandes Voltas: 1, só realizou e completou a Vuelta de 2017
  • Melhor temporada: A promissora época de 2014 aos 21 anos, foi 15º na Volta a Califórnia, 8º na Vuelta a Burgos e 21º na Volta ao País Basco
  • Total de kms em corrida: 36 628 kms
  • Corrida que mais vezes participou: Sempre teve um calendário variado, alinhou por 3 vezes na Vuelta a Andaluzia, no Giro di Lombardia e na Ronde van Midden.




O último nome do qual vamos falar hoje é a excepção à regra no que toca à nacionalidade, trata-se do alemão Robert Wagner. Outro super-veterano, já com 36 anos, que compete ou competia não só na estrada, mas na pista também. Wagner é a prova como alguns corredores vão alterando o seu papel ao longo da carreira. Inicialmente era um sprinter e um contra-relogista, com um físico parecido ao de Marcel Kittel, depois passou a ser lançador e no final da carreira passou a ser um capitão na estrada, com a sua última época, na Arkea-Samsic a correr claramente muito mal, um ano repleto de provas não terminadas. A condição física já não estava lá.

  • Anos como profissional: 14 temporadas divididas por 6 equipas: Team Milram (2006), Wiesenhof (2007), Skil-Shimano (2008-2019), Radioshack (2011-2012), Team LottoNL-Jumbo (2013-2018) e Arkea-Samsic
  • Nº de vitórias: Um total de 10 triunfos, todos eles entre 2008 e 2013, o auge da sua carreira.
  • Melhor vitória: Em 2011 sagrou-se campeão alemão de estrada, num sprint bateu Gerald Ciolek, John Degenolb e André Greipel, no seu dia era muito perigoso.
  • Nº de Grandes Voltas: Nunca foi propriamente corredor de Grandes Voltas devido ao seu físico, alinhou em 6, 1 Giro, 2 Tour’s e 3 Vuelta. Na Vuelta 2013 ainda fez um pódio em etapa.
  • Melhor temporada: Andou muito bem entre 2008 e 2011, especialmente em 2010 quando foi 3º no Munsterland Giro, 8º no Stad Zottegem e ganhou 4 corridas, 3 delas etapas em provas interessantes.
  • Total de kms em corrida: 119 389 kms
  • Corrida que mais vezes participou: Adorava o Paris-Roubaix, esteve por 8 vezes lá tendo terminado 1 vez em 30º. Também alinhou por 8 ocasiões no Ster ZLM e no Delta Tour Zeeland



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