Um dos grandes nomes a retirar-se no final de 2021 é Fabio Aru. Vencedor da Vuelta em 2015 e estando na discussão do Giro e do Tour entre 2014 e 2017, o trepador transalpino afigurava-se como uma grande figura do ciclismo daquele país. A partir desse ano começou a ter prestações bastante negativas, tendo-lhe sido detatada uma anomalia na artéria ilíaca o que obrigou a uma operação. Após a operação, passou por um longo calvário, este ano ainda conseguiu alguns resultados decentes. Com o seu estilo característico e com muitas caretas, pendura a bicicleta aos 31 anos.
- Anos como profissional: 9 temporadas como profissional, com passagens pela Astana (2013 a 2017), UAE Team Emirates (2018 a 2020) e Qhubeka-NextHash (2021);
- Nº de vitórias: Apesar da sua enorme qualidade, apenas conseguiu 9 triunfos, no entanto soube escolhe-los – 3 no Giro, 3 na Vuelta, 1 no Tour, 1 no Dauphiné e 1 título nacional;
- Nº de Grandes Voltas: Um total de 14, alinhou pelo menos 5 vezes em cada Grande Volta.
- Melhor temporada: Em 2015 saltou para a ribalta do ciclismo mundial, venceu a Vuelta a Espanha e foi 2º no Giro d’Italia, onde ganhou duas etapas e travou uma batalha impressionante com Alberto Contador;
- Total de kms em corrida: 103 474 kms, fruto da curta carreira e da larga paragem que a que foi forçado;
- Corrida em que mais vezes participou: Alinhou por 7 vezes na Milano-Torino.
Apesar de apenas 1 ano, Eros Capecchi foi colega de equipa de Fabio Aru. Durante toda a sua carreira o veterano italiano foi um ciclista de muito trabalho e o facto de ter passado pelas grandes equipas do pelotão mundial, fazem-no como um gregário de luxo. Razoável na média montanha, era um ciclista sempre fiável nas equipas das Grandes Voltas.
- Anos como profissional: Uma longa carreira de 16 temporadas como profissional, com passagens pela Liquidas (2005-2007 e 2011-2012), Fuji-Servetto (2008-2009), Movistar (2013-2015), Astana (2016), Quick-Step (2017-2019) e Bahrain-Victorious (2020-2021);
- Nº de vitórias: Somente 4 triunfos na sua larga carreira, com destaque para uma vitória conseguida no Giro 2011;
- Nº de Grandes Voltas: Um total de 19, 12 delas na “sua” Grande Volta, o Giro;
- Melhor temporada: Em 2012 teve alguma liberdade e conseguiu vencer o GP Lugano, 4º no Giro dell’Appennino, 5º na Volta a Pequim, 7º no GP Industria e 8º na Vuelta a Burgos;
- Total de kms em corrida: 152 431 kms, muitos quilómetros em cima da bicicleta;
- Corrida em que mais vezes participou: o Giro d’Itália, com as já referidas 12 presenças, sendo que desde 2008 apenas falhou uma edição.
Um dos bons sprinters da última geração italiana foi Manuel Belletti. Longe de ser um ganhador nato, o transalpino foi sempre um corredor muito regular o que lhe valeu sempre resultados de destaque. Passou quase toda a sua carreira em Itália no entanto ainda teve a oportunidade de correr no World Tour.
- Anos como profissional: 14 temporadas entre a elite mundia, passando pela Androni Giocattoli (2008-2009, 2014 e 2018-2020), Colnago (2010-2011), AG2R La Mondiale (2012-2013), Willier Triestina (2015-2017) e EOLO-Kometa (2021);
- Nº de vitórias: 19 triunfos, entre os quais um no Giro d’Itália, logo a primeira da carreira;
- Nº de Grandes Voltas: Por 10 vezes fez o Giro d’Itália, única Grande Volta que experimentou;
- Melhor temporada: Já bastante veterano, Belletti continou a dar nas vistas e 2018 foi exemplo disso, ano em que conseguiu 5 triunfos e uns incríveis 32 top-10;
- Total de kms em corrida: 116 348 kms divididos por 728 dias de competição;
- Corrida em que mais vezes participou: o Gran Premio Bruno Begheli, prova onde esteve por 11 ocasiões, conseguindo 6 top-10.
Bastante mais novo, apenas com 32 anos, também sai de cena outro sprinter italiano, falamos de Matteo Pelucchi. O ciclista transalpino foi um bom puro sprinter mas não passou disso pois sempre que havia subidas na estrada lá ficava ele para trás. Se conseguisse subir melhor talvez tivesse outro palmarés. Acabou a carreira como lançador de Giacomo Nizzolo.
- Anos como profissional: 11 temporadas divididas por Geox (2011), Europcar (2012), IAM Cycling (2013-2016), BORA-hansgrohe (2017-2018), Androni Giocattoli (2019), Bardiani (2020) e Qhubeka-NextHash (2021);
- Nº de vitórias: 16 triunfos, 3 deles conseguidos no World Tour;
- Nº de Grandes Voltas: Fez apenas 5 Grandes Voltas na carreira, 3 Giro’s e 2 Vuelta’s;
- Melhor temporada: Em 2015, no último ano na IAM Cycling, venceu por 4 vezes, entre as quais duas no World Tour (ambas na Volta a Polónia);
- Total de kms em corrida: 66 588 kms divididos por 448 dias de competição;
- Corrida em que mais vezes participou: Com uma carreira não muito longa, tem duas provas no lugar mais alto, a Clássica Almeria e a Coppa Bernocchi, ambas por 5 ocasiões.
Por detrás de um grande sprinter está, sempre, um grande lançador. Fabio Sabatini é um exemplo disso, um leadout man de luxo ao longo de toda a carreira, que mereceu a confiança de ciclistas como Elia Viviani, Marcel Kittel e Fernando Gaviria.
- Anos como profissional: Uma longa carreira de 16 temporadas como profissional, com passagens pela Milram (2006-2008), Liquigas (2009-2014), Quick-Step (2015-2019) e Cofidis (2020-2021);
- Nº de vitórias: Lançador de princípio ao fim da carreira, nunca conseguiu vencer como profissional. O melhor que conseguiu foi dois segundos lugares, um na Vuelta a outro no Giro;
- Nº de Grandes Voltas: 21 Grandes Voltas, 11 Giro’s, 6 Tour’s e 4 Vuelta’s;
- Melhor temporada: Em 2017 conseguiu um total de 7 top-10, entre os quais 2º na Classica Sarda Olbia e 3º no GP Costa degli Etruschi
- Total de kms em corrida: 174 989 kms divididos por 1 102 dias de competição;
- Corrida em que mais vezes participou: o Giro d’Itália foi a sua corrida predileta, participando neste por 11 vezes.