Ruben Plaza é um nome incontornável na primeira década do século XXI no ciclismo espanhol, um corredor muito completo que se defendia na montanha e tinha o contra-relógio como uma forte arma. Passou pela principal equipa do seu país e que viu como rampa de lançamento para esse salto uma passagem bastante positiva por Portugal. Nos últimos anos, foi um bom gregário e com caça etapas.
- Anos como profissional: 19 temporadas, divididas por 7 equipas: Banesto/Movistar (2001-2003, 2007 e 2010-2014), Kelme-Costa Blanca (2004-2006), Benfica (2008), Liberty Seguros (2009), Lampre-Merida (2015), Orica-GreenEdge (2016-2017) e Israel Cycling Academy (2018 e 2019);
- Nº de vitórias: 26 triunfos, incluindo 2 em Grandes Voltas e 7 em Portugal (Volta a Portugal e Troféu Joaquim Agostinho incluídos);
- Melhor vitória: Etapa 20 da Vuelta 2015 onde andou escapado mais de 100 quilómetros e sempre em solitário, conseguindo aguentar todo o pelotão, na mítica etapa em que Fabio Aru quebrou a resistência de Tom Dumoulin;
- Nº de Grandes Voltas: 14 provas de 3 semanas no total, não completando apenas a primeira que fez. Alinhou no Giro e na Vuelta por 1 vez e no Tour por 6 ocasiões. Foi 6º na Vuelta 2005;
- Melhor temporada: 2005 foi o seu grande ano – venceu o GP Costa Azul em Portugal, a Vuelta a Aragon, foi 6º na Vuelta onde venceu um contra-relógio e 4º nos Mundiais de contra-relógio;
- Total de kms em corrida: 149 060 kms;
- Corrida que mais vezes participou: Vuelta a Castilla y Leon, por 10 ocasiões, tendo ganho a geral 2013 e 2018.
Outro trepador espanhol que pendura a bicicleta é o também experiente Sergio Pardilla. Aos 35 anos, o rendimento já não é o mesmo de outrora e a carreira do ciclista que também brilhou por estradas portuguesas chega ao fim. Trepador bastante competente e que se destacava nas provas espanholas, onde correu durante quase toda a carreira.
- Anos como profissional: 14 temporadas, divididas por 6 equipas: Viña Magna (2006-2007), Burgos (2008), Carmioro (2009-2010), Movistar (2011-2012), MTN-Qhubeka (2013-2014) e Caja Rural (2015-2019);
- Nº de vitórias: 6 triunfos, todos eles conseguidos na Península Ibérica;
- Melhor vitória: Etapa 5 da Vuelta a Burgos 2016 onde bateu Alberto Contador em Lagunas de Neila, sendo que também destacamos o triunfo na Senhora da Graça da Volta a Portugal 2013;
- Nº de Grandes Voltas: 8 provas de 3 semanas no total – 6 Vuelta’s e 2 Giro’s;
- Melhor temporada: 2016 foi o ano onde esteve mais consistente – 2º na Vuelta as Astúrias GP Beiras e Serra da Estrela, 3º na Klasika Amorebieta e na Vuelta a Burgos, 5º na Route du Sud, 7º na Vuelta a Madrid e 18º na Vuelta;
- Total de kms em corrida: 126 552 kms;
- Corrida que mais vezes participou: Por 7 vezes participou na Vuelta a Andalucia.
Ao contrário dos espanhóis já referidos, Markel Irizar é tudo menos um trepador. Tal como Ruben Plaza, com 39 anos, mas um rolador exímio, um gregário de luxo para esse tipo de terreno, sendo também uma peça fundamental para a equipa de clássicas, já que se adaptava muito bem às colinas.
- Anos como profissional: 16 temporadas, divididas por 2 equipas: Euskaltel-Euskadi (2004-2009) e RadioShack/atual Trek-Segafredo (2010-2019);
- Nº de vitórias: 2 triunfos, ambos em provas 2.1;
- Melhor vitória: Geral da Vuelta a Andalucia 2011 onde bateu ciclistas como Jurgen van den Broeck e Levi Leipheimer;
- Nº de Grandes Voltas: 21 provas de 3 semanas no total – 10 Vuelta’s, 6 Tour’s e 5 Giro’s;
- Melhor temporada: 2011, devido à vitória já referida na Vuelta a Andalucia. Poucas foram as oportunidades que teve para brilhar;
- Total de kms em corrida: 179 750 kms;
- Corrida que mais vezes participou: Classica San Sebastian, Paris-Roubaix e Vuelta a Espanha, todas por 10 ocasiões.
Se todos os corredores já referidos eram veteranos, Antonio Molina foge à regra. Com apenas 28 anos, a carreira do espanhol vai chegar ao fim. Sempre fiel à mesma equipa, era um trepador razoável que era bom para o calendário doméstico.
- Anos como profissional: 9 temporadas sempre na Caja Rural, primeiro na equipa sub-23 (2011-2013) e depois na formação principal (2014-2019);
- Nº de vitórias: 0 triunfos entre os elites, tendo ganho, por duas vezes, em 2013, no calendário amador espanhol;
- Melhor vitória: Em 2013 venceu a etapa rainha e a geral da Vuelta a Navarra;
- Nº de Grandes Voltas: apenas 1, a Vuelta de 2018;
- Melhor temporada: 2017, quando foi 5º no Tour du Gevaudan, 14º no Tour of Utah e 16º na Volta a Turquia;
- Total de kms em corrida: 47 728 kms;
- Corrida que mais vezes participou: Route du Sud, Trofeo Serra de Tramuntana e Trofeo Porreres, todas por 5 ocasiões.
Mantemo-nos pelo sul da Europa, com uma pequena incursão a Itália para falarmos de mais um veterano. Desta vez o destaque vai para Manuele Mori, mais um com 39 anos, o terceiro deste artigo, que chega ao fim da sua carreira. Um excelente gregário, um ciclista todo-o-terreno, que nos seus tempos áureos possuía uma excelente ponta final.
- Anos como profissional: 17 temporadas, divididas por 3 equipas: Perutnina Ptuj-KRKA (2002), Saunier Duval (2004-2008) e Lampre/atual UAE Team Emirates (2009-2019);
- Nº de vitórias: 1 triunfo;
- Melhor vitória: Japan Cup de 2007, a sua única vitória da carreira;
- Nº de Grandes Voltas: 14 provas de 3 semanas, tendo estado perto da vitória em etapa por algumas vezes – 9 Giro’s, 3 Vuelta’s e 2 Tour’s;
- Melhor temporada: 2006 foi um ano ímpar na sua carreira, onde conseguiu uma regularidade nunca vista – 3º na Clássica de Plouay, 4º no Giro del Piemonte, 5º no GP Miguel Indurain e GP Bruno Beghelli, 6º na Japan Cup, 10º na Clássica de Hamburgo e 11º na Clasica San Sebastian;
- Total de kms em corrida: 170 442 kms;
- Corrida que mais vezes participou: a Semana das Ardenas foi o seu principal destaque – 14 vezes fez a La Fleche Wallone e 13 a Amstel Gold Race e Liege-Bastogne-Liege.