Giro d'Italia 2017 - 100th Edition - 13th stage Reggio Emilia - Tortona 167 km - 19/05/2017 - Roberto Ferrari (ITA - UAE Team Emirates) - photo Dario Belingheri/BettiniPhoto©2017

De sprinter a lançador, é assim a carreira de muitos sprinters, especialmente quando sobem de escalão e entram numa nova estrutura. Foi isso que aconteceu a Roberto Ferrari, quando deu o salto para o World Tour, principalmente nas últimas 2 épocas. Facilmente reconhecido no pelotão pelo seu longo cabelo o italiano sai de cena aos 36 anos depois de um percurso com sucessos assinaláveis.

  • Anos como profissional: 13 temporadas divididas por 4 equipas: Team Tenax (2007), Team LPR (2008-2010), Androni-Giocattoli (2011-2012) e Lampre-Merida/UAE Team Emirates (2013-2019);
  • Nº de vitórias: 14 triunfos na carreira, o último deles em 2012;
  • Melhor vitória: Claramente a etapa conquistada no Giro 2012, o seu último sucesso. Num sprint marcado por quedas ganhou diante de Francesco Chicchi, Tomas Vaitkus e Mark Cavendish;
  • Nº de Grandes Voltas: Um total de 10 (7 Giro’s, 2 Tour’s e 1 Vuelta). Fez pódio em etapas em 4 das provas de 3 semanas;
  • Melhor temporada: Tem de ser 2012, para além da vitória no Giro foi 4º na Coppa Bernocchi, ganhou a Route Adelie de Vitre, a Fleche d’Emeraude e foi 6º no Tour de Taiwan;
  • Total de kms em corrida: 116 134 kms;
  • Corrida que mais vezes participou: O Giro, participou por 7 vezes de forma consecutiva, entre 2011 e 2017.





Adam Blythe é outro ciclista rápido que se irá retirar da competição de estrada no final desta época, provavelmente mantendo a sua habitual actividade na pista, onde compete regularmente. Blythe passou grande parte da carreira do World Tour, tendo sido recrutado esta época para ajudar Caleb Ewan. Aos 30 anos pode-se considerar uma despedida precoce.

  • Anos como profissional: 11 temporadas divididas por 7 equipas: Silence-Lotto (2009-2011), BMC (2012-2013), NFTO (2014), Orica GreenEdge (2015), Tinkoff (2016), Aqua Blue (2017-2018) e Lotto-Soudal (2019);
  • Nº de vitórias: 11 na carreira toda, em 2010 ganhou 4 corridas;
  • Melhor vitória: A 3ª edição da Prudential Ride London, em 2014. A clássica britânica ainda não era World Tour, mas tinha grandes equipas, venceu diante de Ben Swift, Julian Alaphilippe e Philippe Gilbert correndo por uma equipa Continental;
  • Nº de Grandes Voltas: Nunca foi propriamente corredor de provas de 3 semanas, alinhou em 4 (3 Giro’s e 1 Vuelta) e só completou 2;
  • Melhor temporada: Talvez 2012, acabou o ano em grande com o triunfo na Binche-Tournai-Binche e mais 2 pódios desde Setembro. Ainda ganhou 1 etapa no Paris-Correze, fez pódio em etapa na Volta a Bélgica e foi 3º na Handzame Classic;
  • Total de kms em corrida: 67 315 kms;
  • Corrida que mais vezes participou: Fora os Nacionais foram as clássicas belgas (Gent-Wevelgem, Nokere Koerse e Handzame Classic) por 6 vezes.

Maxime Daniel é outro ciclista que se retira numa idade pouco convencional (28 anos). Ainda para mais quando ganhou este ano e ainda parecia com algum poder físico para ter influência numa equipa com alguns sprinters e que precisa de lançadores. Um corredor que nunca foi propriamente uma escolha de primeira linha nas formações por onde passou.

  • Anos como profissional: 7 temporadas divididas por 3 equipas: Sojasun (2013), Ag2r La Mondiale (2014-2016) e Arkea-Samsic (2017-2019);
  • Nº de vitórias: 2 na carreira toda, 1 em 2013 e 1 em 2019;
  • Melhor vitória: Devido à memória que terá deixado a 6ª etapa da Volta a Portugal em 2013, na chegada a Castelo Branco, onde bateu Andrea Piechele e Fábio Silvestre;
  • Nº de Grandes Voltas: Não chegou a alinhar em nenhuma;
  • Melhor temporada: 2013, na Volta a Portugal fez 4 pódios, mais 1 pódio no Tour du Poitou Charentes, 1 no Tour Mediterraneen e foi 9º no Tour de Picardie;
  • Total de kms em corrida: 50 222 kms;
  • Corrida que mais vezes participou: Nos 7 anos como profissional fez sempre os Nacionais e o G.P. Denain.





Outro corredor que costuma fazer muita pista, especialmente os eventos dos 6 Dias é Martin Mortensen, dinamarquês de 35 anos oriundo de Herning. Mortensen deixará o ciclismo de estrada no final desta temporada depois de muitas épocas, a maioria delas em equipas do seu país, o que facilitou a conjugação entre as vertentes.

  • Anos como profissional: 13 temporadas, divididas por 7 equipas: Designa Kokken (2007-2008 e 2012), Vacansoleil (2009-2010 e 2012), Leopard Trek (2011), Concordia-Riwal (2013 e 2018), Cult Energy (2014-2015 e 2017), One Pro Cycling (2016) e Team Waoo (2019);
  • Nº de vitórias: 9 triunfos, a maioria deles em provas do escalão .2;
  • Melhor vitória: Em 2016 ganhou a Tro Bro Leon, numa grande exibição da One Pro Cycling, uma equipa britânica que bateu as formações francesas no seu território;
  • Nº de Grandes Voltas: Nunca participou, apesar de ter estado em algumas equipas PCT e WT;
  • Melhor temporada: 2010, de longe. Foi 4º na Volta a Dinamarca, 2º no G.P. Herning e 11º na Kuurne-Bruxelles-Kuurne;
  • Total de kms em corrida: 72 865 kms;
  • Corrida que mais vezes participou: Alinhou na Volta a Dinamarca por 15 vezes, mesmo quando era sub-23 alinhou pela selecção nacional.

 

Jonas Aaen Jorgensen tem um perfil semelhante ao de Mortensen, também esteve em equipas dinamarquesas na maioria da carreira, é um corredor pesado e com uma boa final e de vez em quando fez brilharetes em clássicas. Deixa o ciclismo de estrada aos 33 anos depois de uma longa carreira em que chegou a representar a Saxo Bank. Foi um sub-23 de muito nível, chegou a ser 6º no Mundial.

  • Anos como profissional: 14 épocas, divididas por 4 equipas: Team GLS (2006-2008), Team Capinordic (2009), Saxo Bank (2010-2013) e Riwal Cycling Team (2014-2019);
  • Nº de vitórias: 10 triunfos, mas apenas 2 deles na categoria 1.1 ou superior. 9 das vitórias foram entre 2007 e 2011;
  • Melhor vitória: O G.P. Isbergues em 2011, pela concorrência que bateu. O resto do top 5 foi ocupado por Stuart O’Grady, Robert Wagner, Borut Bozic e Alexandre Kristoff;
  • Nº de Grandes Voltas: 2, a Vuelta 2011 e o Giro 2012;
  • Melhor temporada: Elegemos 2011, para além do triunfo já referido foi 3º no Herald Sun Tour e fez num pódio na Volta a Polónia;
  • Total de kms em corrida: 96 935 kms;
  • Corrida que mais vezes participou: A Volta a Dinamarca, marcou presença por 12 ocasiões.




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