Chega ao fim a carreira do único ciclista que ainda estava no ativo tendo ganho 2 Tour de Flandres. Falamos de Stijn Devolder que aos 40 anos diz adeus, ele que começou como um corredor para provas por etapas, subia muito bem e andava ainda melhor no contra-relógio no entanto depois tornou-se um corredor de clássicas. Os últimos anos foi um gregário de luxo para Fabian Cancellara, Wout van Aert e Mathieu van der Poel.

  • Anos como profissional: 18 temporadas divididas por 7 equipas: Vlaanderen-T-Interim (2002-2003), US Postal (2004-2007), QuickStep (2008-2010), Vacansoleil-DCM (2011-2012), RadioSchack-Leopard/ Trek-Segafredo (2013-2016), Verandas Willems (2017-2018) e Corendon-Circus (2019);
  • Nº de vitórias: 17 triunfos, 12 deles conseguidos em solo belga;
  • Melhor vitória: Tour de Flandres 2009 – um ano após vencer a “Ronde”, Devolder voltou a repetir a façanha, chegando isolado a Meerbeke; superou ciclistas como Heinrich Haussler, Philippe Gilbert e Filippo Pozzato;
  • Nº de Grandes Voltas: inicialmente um corredor de três semanas, chegou a fazer 11º numa Vuelta mas depois de ganhar na Flandres “esqueceu” esta vertente, realizando apenas 8 provas de 3 semanas – 3 Tour’s e 5 Vuelta’s;
  • Melhor temporada: Indubitavelmente 2008, o ano onde conseguiu ser mais regular – ganhou a Volta ao Algarve, o Tour de Flandres, a Volta a Bélgica, foi campeão nacional belga de contra-relógio e, ainda, 4º no Eneco Tour, 6º nos Mundiais de contra-relógio e 7º no Paris-Roubaix;
  • Total de kms em corrida: 191 278 kms;
  • Corrida que mais vezes participou: Tour de Flandres, por 18 vezes (!), o que significa que a fez sempre enquanto profissional, desde 2002 até 2019, tendo ganho por duas vezes (2008 e 2009).




Muito mais novo mas também belga, Zico Waeytens decide deixar o ciclismo para se dedicar a outro desporto e outra paixão: o boxe. Enquanto ciclista, que era o seu sonho de criança, o belga de 28 anos destacava-se nas clássicas e nas chegadas ao sprint, onde conseguiu sempre alguns bons resultados, com destaque para o sempre competitivo calendário belga.

  • Anos como profissional: 8 temporadas divididas por 4 equipas: Topsport Vlaanderen (2012-2014), Team Giant-Alpecin (2015-2017), Verandas Willems (2018) e Cofidis (2019);
  • Nº de vitórias: apenas 1 vitória, no ano de 2016;
  • Melhor vitória: Etapa 4 da Volta a Bélgica 2016 onde, ao sprint, superou Daniel McLay e Timothy Dupont;
  • Nº de Grandes Voltas: participou por duas vezes na Vuelta, tendo conseguido um top-5 em etapa;
  • Melhor temporada: 2014, o ano que lhe valeu o salto para o World Tour – 3º no Gp Stad Zottegem, 5º no Tour de Wallonie, 9º na Le Samyn e na Kattekoers;
  • Total de kms em corrida: 67 832 kms;
  • Corrida que mais vezes participou: Tour de Flandres e Tour de l’Eurometropole, ambas por 6 ocasiões.

A carreira de Mark Renshaw está intimamente ligada à de Mark Cavendish, com quem passou 9 anos da sua carreira. Uma parceria de luxo que rendeu muitas vitórias ao “Míssil da Ilha de Manx” e que deu ao australiano o título de melhor lançador do Mundo. Quem não se lembra das cabeças de Renshaw em Julian Dean no Tour de France 2010, em mais um dos seus lançamentos? Nos poucos anos em que teve oportunidades aproveitou-as. Um bom sprinter que podia ter tido um bom palmarés se tivesse tido mais chances.

  • Anos como profissional: 16 temporadas divididas por 3 equipas: FDJ (2004-2005), Credit Agricole (2006-2008), Team HTC-Columbia (2009-2011), Rabobank Cycling Team (2012-2013), Omega Pharma-QuickStep (2014-2015) e Dimension Data (2016-2019);
  • Nº de vitórias: 12 triunfos, 2 deles conseguidos no World Tour;
  • Melhor vitória: o triunfo conseguido no World Tour, na 1ª etapa do Eneco Tour 2013, onde sprintou à frente de sprinters muito conceituados como Andre Greipel, Giacomo Nizzolo e Elia Viviani;
  • Nº de Grandes Voltas: 17 provas de três semanas, a maioria no apoio a Mark Cavendish, que lançou para muitas das suas vitórias – 10 Tour’s, 5 Giro’s e 2 Vuelta’s;
  • Melhor temporadas: 2012, uma das poucas temporadas em que teve liberdade para procurar resultados pessoais – venceu na Volta a Turquia, somou mais 10 pódios e 13 top-10, entre os quais 5º na World Ports Classic e 6º na Clássica de Hamburgo;
  • Total de kms em corrida: 167 973 kms;
  • Corrida que mais vezes participou: Tour Down Under, a sua prova natal, onde participou nos seus 16 anos de carreira, ganhando 2 etapas (2007 e 2008).




Zakkari Dempster irá acompanhar a Israel Cycling Academy na subida ao World Tour mas não na estrada. Aos 32 anos, a carreira do australiano chega ao fim mas vai-se manter na estrutura da formação israelita enquanto diretor. Um corredor de equipa, um gregário importante quer nas etapas planas quer nas clássicas, protegia muito bem os seus líderes antes da fase decisiva.

  • Anos como profissional: 15 temporadas divididas por 7 equipas: Drapac (2006 e 2009), SouthAustralia-AIS (2007-2008), Cycling Club Bourgas (2009), Rapha Condor (2010-2011), Endura Racing (2012), Team NetApp-Endura/Bora-Argon (2013-2016) e Israel Cycling Academy (2017-2019);
  • Nº de vitórias: 1 triunfo enquanto profissional, aos quais se juntam mais 4 em provas 2.2;
  • Melhor vitória: o seu único triunfo elite, Veenendaal-Veenendaal Classic 2019, onde numa fuga superou Martijn Budding e Nick van der Lijke;
  • Nº de Grandes Voltas: 4 provas de 3 semanas – 2 Tour’s e 1 Vuelta;
  • Melhor temporada: 2019, significando que acabou a carreira da melhor forma possível – para além da vitória já referida foi 9º na Schaal Sels, 14º no Tro-Bro Leon, 15º na Brussels Classic e GPJef Scherens e 3º na etapa 5 da Volta a Portugal, na chegada à Guarda;
  • Total de kms em corrida: 94 469 kms;
  • Corrida que mais vezes participou: Tirando os Campeonatos Nacionais onde participou por 9 vezes, a Kuurne-Brussels-Kuurne, por 6 ocasiões.

 

Por fim, falamos de mais um francês, desta vez o combativo Yoann Bagot, ele também com 32 anos. Fez toda a sua carreira em equipas francesas e sempre demonstrou ser um bom trepador adaptando-se também às chegadas mais explosivas, ou seja, um típico ciclista francês que anda bem em qualquer tipo de terreno.

  • Anos como profissional: 9 temporadas divididas por 2 equipas: Cofidis (2011-2017) e Vital Concept – B&B Hotels (2018-2019);
  • Nº de vitórias: 3 triunfos, todos conseguidos em França em provas de 2.2;
  • Melhor vitória: Tour de Gévaudan 2013, onde também venceu uma dura chegada em alto – bateu, entre outros, Stephane Rossetto e Pierre Latour;
  • Nº de Grandes Voltas: 7 provas de três semanas – 6 Vuelta’s e Tour;
  • Melhor temporada: 2013 – a vitória no Tour de Gévaudan acompanhou uma temporada muito positiva onde foi 2º na Volta a Turquia e 21º na Vuelta e na Volta ao País Basco;
  • Total de kms em corrida: 89 905 kms;
  • Corrida que mais vezes participou: Tour de l’Ain, que participou por 9 vezes, tendo terminado por duas vezes em 8º.




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