Peter Stetina é um caso de um ciclista que nunca conseguiu render ao nível que se esperava. Destaque nas provas dos Estados Unidos, onde conseguiu vários top-10, o trepador de 32 anos foi sempre muito afetado por lesões e problemas de saúde. O adeus é apenas à estrada já que irá continuar ligado ao ciclismo na vertente de Mountain Bike. Pretendia continuar na estrada no entanto nenhuma equipa lhe permitindo conciliar as duas vertentes.
- Anos como profissional: 12 temporadas divididas por 3 equipas – Team Garmin-Cervélo (2006-2013), BMC Rancing Team (2014-2015) e Trek-Segafredo (2016-2019);
- Nº de vitórias: 0 triunfos em provas .1 ou superior mas 1 vitória na categoria 2.2;
- Melhor vitória: Etapa 3 da Cascade Cycling Classic, prova do calendário norte-americano que Stetina fez ao serviço da sua seleção;
- Nº de Grandes Voltas: 8 provas de 3 semanas – 4 Giro’s, 2 Tour’s e 2 Vuelta’s, tendo terminado todas;
- Melhor temporada: 2013 foi o seu melhor ano, com a curiosidade de não ter aparecido nas provas norte-americanas, a sua “especialidade” – 3º no Grande Premio Miguel Indurain e 4º no Tour de Langkawi;
- Total de kms em corrida: 109 845 kms;
- Corrida que mais vezes participou: Volta a Catalunha, que fez por 10 vezes, de forma consecutiva, entre 2010 e 2019.
Javier Moreno retira-se aos 35 anos. Um ciclista completo, bom trepador, que se defendia no contra-relógio, conseguiu vencer várias provas do calendário do país vizinho, algumas à frente de ciclistas portugueses, terminando a carreira como líder, algo que não aconteceu muitas vezes já que anteriormente era um excelente gregário de montanha. Quando tinha oportunidades, aproveitava-as.
- Anos como profissional: 14 temporadas divididas por 7 equipas – Grupo Nicólas Mateos (2006), Extremadura-Spiuk (2007), Andalucia-Caja Sur (2008-2010), Caja Rural (2011), Movistar (2012-2016), Bahrain-Merida (2017) e Delko Marseille (2018-2019);
- Nº de vitórias: 9 triunfos, 7 deles conseguidos em solo espanhol;
- Melhor vitória: Etapa 1 da Vuelta a Andalucia, um contra-relógio individual onde superou Wilco Kelderman, Alberto Contador e Bob Jungels;
- Nº de Grandes Voltas: 10 provas de 3 semanas, com destaque para a “sua” competição – 7 Vuelta’s, 2 Giro’s e 1 Tour;
- Melhor temporada: 2013, ano em que apareceu não só nas provas espanholas mas também no World Tour – venceu a Vuelta a Madrid e uma etapa na Vuelta as Astúrias, onde foi 3º na geral, para além de ter sido 2º no Tour Down Under, logo a abrir a temporada;
- Total de kms em corrida: 118 573 kms;
- Corrida que mais vezes participou: Entre 2008 e 2019, participou, de forma consecutiva, em 11 edições da Vuelta a Andalucia.
Loic Chetout fez toda a sua carreira numa só equipa, um caso raro no ciclismo atual. A Cofidis foi a sua casa e, depois de não ter visto o seu contrato ser renovado para 2020, decidiu, aos 27 anos, por um ponto final na sua carreira. Um ciclista muito combativo, destacava-se, facilmente no pelotão, devido à sua barba.
- Anos como profissional: 5 temporadas sempre na mesma equipa, a Cofidis (2015-2019);
- Nº de vitórias: enquanto profissional não conseguiu vencer, no entanto venceu na categoria sub-23;
- Melhor vitória: Triunfou numa tirada da Ronde de l’Isard, prova importante do calendário sub-23. Já entre os elites foi 2º, por duas vezes (Classic Loire Atlantique e uma etapa da Arctic Race of Norway);
- Nº de Grandes Voltas: Por duas vezes começou e terminou a Vuelta, tendo conseguido um top-10;
- Melhor temporada: 2016 – destacou-se em algumas provas da Taça de França, sendo 2º na Classic Loire Atlantique, 8º na Paris-Camembert e 10º no GP Denain;
- Total de kms em corrida: 44 133 kms;
- Corrida que mais vezes participou: Por 4 vezes fez o Tour de Wallonie.
Seguimos por França, com mais um abandono precoce, desta vez Jérémy Maison, de 26 anos. Um trepador de grande qualidade enquanto sub-23, bateu-se com grandes nomes do pelotão atual, que não conseguiu vingar ao mais alto nível. Mais um ciclista que não viu o seu contrato ser renovado para a nova época. Irá dedicar-se a outra paixão, a fisioterapia.
- Anos como profissional: 4 temporadas divididas por 2 equipas – FDJ (2016-2017) e Arkéa-Samsic (2018-2019);
- Nº de vitórias: enquanto profissional não conseguiu vencer, no entanto venceu na categoria sub-23;
- Melhor vitória: Tal como aconteceu com Loic Chetou, triunfou numa tirada da Ronde de l’Isard, prova importante do calendário sub-23, numa dura chegada em alto onde bateu nomes como Laurens de Plus e Guillaume Martin;
- Nº de Grandes Voltas: Em 2017 fez a Vuelta a Espanha, a sua única prova de 3 semanas da carreira;
- Melhor temporada: 2018, ano em que conseguiu alguns resultados a nível pessoal –3º no Le Tour de Savoie Mount Blanc, 12º no Tour de l’Ain e 17º na Vuelta a Burgos;
- Total de kms em corrida: 169 215 kms;
- Corrida que mais vezes participou: Tour de l’Ain, Tour de la Provence e Classic de l’Ardeche, provas que fez por 4 vezes, ou seja, sempre enquanto profissional.
A França foi um dos países com mais abandonos na modalidade e, por isso, terminamos com mais um gaulês, de seu nome Angelo Tulik. Uma carreira inteira dedicada a uma só estrutura que chega ao fim, depois de ter sido comunicada a não renovação de contrato. Ciclista muito combativo, que passava bem a média montanha, aparecia, sempre, nas provas da Taça de França.
- Anos como profissional: 8 temporadas sempre na mesma equipa, a Europcar/Direct Energie (2012-2019), depois de 3 temporadas na Vendeé U, a equipa satélite;
- Nº de vitórias: 2 triunfos, uma clássica e uma etapa;
- Melhor vitória: Etapa 4 no Tour des Fjords 2013, uma chegada ao sprint onde, surpreendentemente bateu Tom van Asbroeck, Alexander Kristoff e Thor Hushovd;
- Nº de Grandes Voltas: 4 provas de 3 semanas – 3 Tour’s e 1 Giro;
- Melhor temporada: 2013 – venceu a La Roue Tourangelle Region Centre, para além de ter sido 2º no Tour du Doubs, 10º no Tour de l’Eurometropole e 3º numa tirada do Giro d’Itália;
- Total de kms em corrida: 169 215 kms;
- Corrida que mais vezes participou: Tirando os Campeonatos Nacionais, por 7 vezes realizou a De Brabantse Pijl.