Não é propriamente uma novidade no mercado de transferências, mas é agora uma certeza. A Bora-Hansgrohe está a preparar uma revolução no plantel e confirmou hoje a saída de 2 das principais estrelas da companhia, os sprinters Peter Sagan e Pascal Ackermann.
A equipa despediu-se dos ciclistas com um comunicado onde menciona que estas saídas marcam uma mudança significativa que foi baseada por decisões estratégicas. Ralph Denk diz que tanto a equipa como Peter Sagan queriam continuar juntos, mas que as negociações não chegaram a bom porto também porque a equipa para onde Peter Sagan vai tem outras ideias e objectivos.
O General Manager da Bora-Hansgrohe menciona que a equipa também fez uma oferta a Pascal Ackermann, um ciclista que passou a profissional com a formação alemã e que decidiu que era tempo para algo novo, um novo desafio na carreira. Ackermann ficou bastante desapontado por falhar o Tour, apesar dos resultados no início de temporada não terem sido os melhores. Recentemente, alimentado pela motivação de mostrar que os responsáveis da equipa alemã estavam errados, e em excelente forma, somou 5 triunfos entre o Sibiu Tour e a Settimana Ciclistica Italiana.
Pelo que se fala no mercado o destino provável do alemão de 27 anos é a UAE Team Emirates, onde deverá substituir Alexander Kristoff nos sprints. Como profissional Ackermann já alcançou 35 vitórias na carreira, incluindo 2 triunfos no Giro e 2 vitórias na Vuelta, é um sprinter que até gosta de alguma montanha no percurso e que quando está em grande forma é muito complicado de bater, tendo de melhorar a sua consistência ao longo do ano.
Em relação a Peter Sagan o próprio eslovaco de 31 anos refere que é um fechar de ciclo, um ciclo que vinha a durar desde 2017, quando ingressou na Bora-Hansgrohe proveniente da Tinkoff. Neste período ganhou grandes clássicas, foi campeão do Mundo, venceu etapas em Grandes Voltas, mas entre 2020 e 2021 apenas tem 5 triunfos, 1 deles o campeonato nacional, o que é manifestamente pouco para um ciclista do gabarito de Peter Sagan.
O mais provável é vermos Peter Sagan vestido com as cores da Total DirectEnergies em 2022, uma equipa que já tentou contratar outros grandes nomes e que quer investir cada vez mais na modalidade, estando com vontade e capacidade financeira para “acolher” Peter Sagan e toda a sua “entourage”.