Depois de Primoz Roglic anunciar a saída da Jumbo-Visma, uma das grandes questões desta semana foi saber para onde iria o esloveno, vencedor de 4 Grandes Voltas. Entre muitos rumores foi ficando cada vez mais certo que o seu destino seria a Bora-Hansgrohe, num investimento avultado, apoiado por marcas de peso.

Tudo ficou a começar mais concreto quando viram o esloveno no Red Bull Athletic Performance Center, uma estrutura junto a Salzburgo que é partilhada pela Red Bull e pela … BORA-hansgrohe. O “general-manager” da equipa alemã, Ralph Denk, é um confesso admirador de Roglic e numa entrevista já confessou que um dos maiores arrependimentos foi ter perdido a corrida para a sua contratação quando o mesmo saiu da Adria Mobil.



Pelo que a imprensa internacional fala, para conseguir fundos necessários ao seu recrutamento, a BORA-hansgrohe teve de recorrer a alguns financiadores externos e contar com a ajuda da Red Bull e da Specialized. Estará em causa uma operação de milhões que vê a Jumbo-Visma receber 3 milhões de euros de taxa de transferências e na mesa um contrato de 2 temporadas em que Primoz Roglic irá receber cerca de 6 milhões ao todo, tornando-se claramente um dos ciclistas mais bem pagos do Mundo.

Roglic será o 27º ciclista com contrato na BORA-hansgrohe, uma estrutura que já tem muitos ciclistas de montanha como por exemplo Jai Hindley, Aleksandr Vlasov, Cian Uijtdebroeks, Daniel Martinez, Emanuel Buchmann, Sergio Higuita ou Lennard Kamna. Esse possível bloco de apoio na montanha terá sido outro factor importante para a escolha de Roglic recair na equipa germânica, tendo assim a oportunidade de tentar juntar o Tour ao seu palmarés e completar o trio de Grandes Voltas, visto que já riscou o Giro da lista este ano.



A situação muda drasticamente para os outros ciclistas da equipa, nomeadamente Jai Hindley, que provavelmente vai ter de se contentar com o Giro. De recordar que ele já ganhou precisamente a Volta a Itália e foi 7º no Tour este ano. Fecham-se quase completamente as portas para Aleksandr Vlasov, mas creio que o russo já demonstrou que não é propriamente ciclista para as 3 semanas e fica um pouco comprometido o espaço de crescimento de Cian Uijtdebroeks, que brilhou na estreia em Grandes Voltas agora na Vuelta. Será que poderá fazer companhia a Hindley no Giro e formar assim um bloco super forte?

By admin