Última etapa do Troféu Joaquim Agostinho com a clássica chegada ao Alto do Montejunto e à partida havia uma situação muito interessante na classificação geral. Orluis Aular saia da Atouguia da Baleia com uma vantagem de 29 segundos sobre Tiago Antunes e 38 para Francisco Galván, mas para além disso havia 17 corredores no mesmo minuto e 37 em minuto e meio, ou seja, estava tudo em aberto, principalmente tendo em conta que Aular não era um trepador e se ia defender como conseguisse.
A tirada ficou marcada por uma fuga de 9 unidades com forte representação portuguesa e onde Bruno Silva aproveitou para garantir a conquista da classificação da montanha com a ajuda do seu colega de equipa António Barbio, outros elementos nessa escapada eram Fábio Costa e César Fonte, juntamente com Delio Fernandez e Francisco Guerreiro. As equipas interessadas na etapa e na classificação geral anularam essa poderosa tentativa e tudo se decidiu, como seria de esperar, nas duras rampas do Alto do Montejunto.
Aí a ABTF Betão Feirense pegou na corrida com António Carvalho e o jovem Afonso Eulálio aproveitou para atacar de longe e isolar-se, ele que ontem já tinha dado excelentes indicações na chegada a Torres Vedras. Abner Gonzalez e Artem Nych eram dos que mais perto conseguiam seguir do ciclista português, mas não o conseguiram alcançar, com Eulálio a festejar uma das melhores vitórias da carreira nesta importante prova do calendário nacional. Gonzalez chegou a 18 segundos diante de Fernando Barceló, que não esperou por Aular, logo a seguir cortaram a meta Alejandro Franco e Artem Nych.
Esta grande exibição de Afonso Eulálio não foi o suficiente para dar a volta à classificação geral, faltaram apenas 13 segundos, mas deu para subir ao 2º posto, diante de Nych, Barceló e Gonzalez, por esta ordem. A Efapel triunfou colectivamente, Afonso Eulálio levou para casa a classificação por pontos, o combinado e a juventude, enquanto Diogo Narciso ganhou nas metas volantes.
Foto: FPCiclismo