A Margem Sul do Rio Tejo recebeu mais uma edição da Clássica da Arrábida, 182 quilómetros entre Palmela e Sesimbra, com 3 contagens de montanha e 2 troços de “sterrato” no menu, um pelotão interessante, semelhante ao que estará na Volta ao Alentejo daqui a uns dias. A primeira vaga de ataques foi composta pelos jovens Pedro Andrade, Diogo Narciso e Diogo Gonçalves, sempre controlados de perto por uma Caja Rural que tentava revalidar o título obtido em 2022 pelo campeão venezuelano Orluis Aular.

Todos sabiam que ia ser complicado bater o sprinter da formação espanhola num final explosivo e logo depois da fuga inicial ser apanhada, a cerca de 70 quilómetros da meta, as equipas portuguesas procuraram colocar ciclistas na frente, conseguindo alguma distância António Barbio, Hélder Gonçalves, Emanuel Duarte, Dean Harvey, Sergio Garcia e Gonçalo Leaça. Hélder Gonçalves foi o que resistiu mais tempo, ainda chegou a ter a companhia de Gaspar Gonçalves vindo do pelotão, mas também eles não resistiram à feroz perseguição.




As ofensivas voltaram a surgir na subida de Assenta, desta vez com a Caja Rural a tentar bloquear os movimentos com ciclistas a cobrir os ataques. Sendo assim, tudo se decidiu na explosiva subida ao castelo Sesimbra, onde Orluis Aular não deu novamente hipóteses à concorrência e bateu com relativa facilidade o espanhol Alex Jaime, da Kern Pharma. O duo entrou na parte final já com alguma vantagem e depois o corredor da Caja Rural deu a estocada final. O 3º foi Francisco Campos, da Fonte Nova/Felgueiras, que continua a fazer um excelente início de temporada e foi o melhor entre o grupo principal.

Num top 10 altamente povoado por equipas estrangeiras, nota ainda para a excelente prestação do jovem João Medeiros, da Credibom/LA Aluminios/Marcos Car, que terminou no 5º posto, com Rafael Silva a ficar em 9º. A equipa comandada por Hernani Broco levou ainda a classificação da montanha por intermédio de Diogo Narciso, Oliver Rees foi o melhor jovem e a Kern Pharma ganhou colectivamente.

By admin