Parece mentira, mas a Vuelta está já aí à porta, faltam apenas 6 dias para o início da última Grande Volta do ano e as equipas já estão a revelar os seus alinhamentos nesta que é, para alguns ciclistas, a derradeira chance de brilhar esta temporada.
A Bora-Hansgrohe já confirmou um quarteto fantástico composto por Jai Hindley, Wilco Kelderman, Emanuel Buchmann e Sergio Higuita, apostando também em Sam Bennett para os sprints, enquanto a BikeExchange leva Simon Yates como líder e a Ag2r Citroen é chefiada por Ben O’Connor. Hoje foi a vez da UAE Team Emirates, o que tem um particular interesse para os adeptos portugueses de ciclismo devido à presença lusa na formação árabe.
Tal como vinha a ser falado, o elenco da UAE Team Emirates irá ser liderada por João Almeida por terras espanholas. O campeão nacional vem de uma moralizadora vitória na chegada em alto da Vuelta a Burgos e procura vingar-se do abandono forçado do Giro, onde contraiu Covid-19. Poderá ao longo da corrida falar português com Ivo Oliveira dentro do autocarro, o corredor de 25 anos faz parte do comboio da equipa e repete a presença na Vuelta, onde já tinha estado em 2020.
Para a montanha a UAE Team Emirates leva a jovem promessa Juan Ayuso, de apenas 19 anos e que fez 5º na Volta a Catalunha e 4º no Tour de Romandie este ano, Brandon McNulty (fiel escudeiro de Tadej Pogacar no Tour e que na última semana fez um trabalho excepcional destruindo o pelotão) e ainda o irreverente Marc Soler, recentemente mais convertido para gregário.
Jan Polanc será o elemento mais experiente deste alinhamento, sendo possivelmente útil em todos os terrenos com a sua veterania e o comboio será composto por Ivo Oliveira, Juan Sebastian Molano e Pascal Ackermann, uma combinação que esteve em evidência na Volta a Polónia e que tem como grande objectivo a conquista de 1 etapa.
Globalmente não nos parece uma grande equipa, é um alinhamento com muitos nomes sonantes, mas questionamos a estrutura do mesmo em termos de liderança. Soler tem dias e dias, Ayuso está em casa e com o estatuto que já tem não o vemos a trabalhar (basta lembrar a Volta a Catalunha) e vamos ver como estará McNulty depois de um Tour muito desgastante. Ackermann é algo irregular, mas o comboio é bom, seguro e tem química, pode perfeitamente ganhar 1 etapa.