Dia de ressaca dos Campeonatos Nacionais é habitualmente dia das equipas anunciarem os 8 escolhidos para as representar na Volta a França. Geralmente isto acontece porque pode sempre haver quedas ou lesões ou então porque ainda existe alguma questão sobre a forma de um determinado atleta. E realmente hoje foi dia de oficializações (da Movistar já falámos), não vamos falar muito em detalhe porque ainda faremos uma análise pormenorizada equipa a equipa, vamos a isso.

Bora-Hansgrohe

Jai Hindley, Emanuel Buchmann, Bob Jungels, Patrick Konrad, Danny van Poppel, Jordi Meeus, Nils Politt e Marco Haller

Já se sabia que a formação alemã tinha tido a “coragem” de deixar um nome sonante como Sam Bennett de fora, Jordi Meeus será o sprinter de serviço enquanto Jai Hindley lidera as ambições para a geral. Uma separação clara das águas com 4 trepadores e 4 corredores para o terreno plano, a exibição de Patrick Konrad ontem convenceu os responsáveis.

UAE Team Emirates

Tadej Pogacar, Adam Yates, Rafal Majka, Marc Soler, Mikkel Bjerg, Felix Grossschartner, Matteo Trentin e Vegard Stake Laengen

Uma estrutura semelhante a 2022, Tim Wellens não estava suficientemente bem para apoiar o seu líder e Brandon McNulty foi ao Giro e é substituído pelo fiável Adam Yates, que funciona também como uma alternativa a Pogacar. Já todos sabem o que é fazer o Tour.

Team Jumbo-Visma

Jonas Vingegaard, Wout van Aert, Wilco Kelderman, Sepp Kuss, Dylan van Baarle, Nathan van Hooydonck, Tiesj Benoot e Christophe Laporte.

Confirmada a ausência de Primoz Roglic, como seria de esperar, a substituição de Steven Kruijswijk por Wilco Kelderman e que Sepp Kuss tentará ajudar a sua equipa a ganhar mais uma Grande Volta.

Lidl-Trek

Mads Pedersen, Jasper Stuyven, Mattias Skjelmose Jensen, Juan Pedro Lopez, Tony Gallopin, Alex Kirsch, Giulio Ciccone e Quinn Simmons




A carne toda no assador, tanto para os sprints como para a montanha, Jensen e Lopez nunca fizeram o Tour e talvez seja uma equipa mais de incógnitas do que certezas, lembrando que Pedersen também vem de um desgastante Giro e que os candidatos à geral são relativamente inexperientes.

Ineos-Grenadiers

Egan Bernal, Daniel Martinez, Thomas Pidcock, Carlos Rodriguez, Jonathan Castroviejo, Ben Turner, Michal Kwiatkowski e Omar Fraile

É inusitado olharmos para a formação britânica antes de um Tour e não conseguirmos dizer com a mínima certeza que um determinado ciclista vai fazer top 10, Bernal ainda não está a 100%, Martinez é super inconsistente, Rodriguez é muito novo e Pidcock não é para as 3 semanas, ou algo mágico acontece ou cheira a potencial desastre.

Ag2r Citroen Team

Ben O’Connor, Felix Gall, Aurelien Paret-Peintre, Nans Peters, Clement Berthet, Benoit Cosnefroy, Stan Dewulf e Oliver Naesen

Um alinhamento um pouco estranho com um potencial candidato ao pódio e apenas 2 gregários na montanha, ainda que este ano sejam de muita qualidade. A presença de 4 roladores sem um grande sprinter levanta algumas questões, Cosnefroy está longe de ser um voltista e apenas Naesen é muito experiente no Tour.

Astana Qazaqstan team

Mark Cavendish, Alexey Lutsenko, Gianni Moscon, Yevgeniy Fedorov, Harold Tejada, Cees Bol, Luis Leon Sanchez e David de la Cruz

Imensos veteranos, será mesmo potencial a equipa mais velha presente no Tour. Têm Lutsenko para a geral e Cavendish para os sprints, sem um grande bloco de apoio para qualquer um deles, é uma estrutura muito limitada neste momento.

Arkea-Samsic

Luca Mozzato, Jenthe Biermans, Warren Barguil, Clement Champoussin, Matis Louvel, Simon Gugliemi, Laurent Pichon e Anthony Delaplace

Irónico que numa formação com tantos sprinters a principal figura de cartaz nesse departamento no Tour seja Luca Mozzato, que não tem a explosão de outros sprinters, também está a apostar em somar pontos noutras corridas que não o Tour. De resto não há grandes surpresas, a ideia passa por dar experiência a Gugliemi e Louvel.

Cofidis

Guillaume Martin, Bryan Coquard, Ion Izagirre, Victor Lafay, Simon Geschke, Alexis Renard, Axel Zingle e Anthony Perez




Sem dúvidas estão a colocar a carne toda no assador, talvez tirando Alexis Renard, que não é um mau ciclista atenção, estejam aqui os 7 melhores corredores no plantel da Cofidis, veremos se isso vai dar frutos ao longo da corrida.

TotalEnergies

Anthony Turgis, Peter Sagan, Daniel Oss, Edvald Boasson Hagen, Pierre Latour, Steff Cras, Mathieu Burgaudeau e Valentin Ferron

Vêm com uma série de nomes sonantes muito experientes neste cenário, mas que não estão a conseguir dar resultados, só entre Hagen, Oss, Sagan, Latour e Turgis estão mais de 40 Tour’s em cima. É o fim de uma era para eles e procuram dar já algum calo a 3 jovens promissores com o foco somente nas etapas.

Alpecin-Deceuninck

Jasper Philipsen, Mathieu van der Poel, Soren Kragh Andersen, Quentin Hermans, Michael Gogl, Silvan Dillier, Jonas Rickaert e Ramon Sinkeldam

Um dos comboios mais imponentes, uma das equipas mais perigosas nas etapas planas e na média montanha, quase todas as etapas nesse tipo de terreno serão uma oportunidade para este alinhamento de oportunistas que também procura levar Jasper Philipsen à camisola verde.

EF Education-EasyPost

Richard Carapaz, Magnus Cort, Esteban Chaves, Alberto Bettiol, Neilson Powless, Andrey Amador, Rigoberto Uran, James Shaw

Um alinhamento aparentemente só a pensar na geral e desta vez não foram os últimos a anunciar! Uma equipa até bastante veterana e até os mais novos têm bastante experiência em Grandes Voltas. O líder é Carapaz, mas o equatoriano até agora tem feito uma época paupérrima.

 

 

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