O final de cada temporada significa o término do vínculo contratual de muitos ciclistas às suas equipas. Épocas menos conseguidas, lesões ou até mesmo decisões da própria equipa levam a que muitos ciclistas entrem numa nova temporada ainda sem contrato e sem equipa. Só no World Tour, contamos pouco mais de duas dezenas de ciclistas sem equipa para 2022.
Como seria de esperar, e com o fim da Qhubeka-NextHash, a maioria dos corredores estava na formação sul-africana. O nome mais sonante é Domenico Pozzovivo, trepador de 39 anos que ainda em 2021 foi 6º na Volta a Suíça. É certo que os tempos áureos do pequeno italiano já lá vão, no entanto ainda seria um importante gregário de montanha. Sergio Henao e Simon Clarke são outros dois nomes apetecíveis, o colombiano continua a ser fiável na montanha (21º no Tour de France) e nas clássicas e o australiano é muito competente nas clássicas (foi 8º na Strade Bianche). Os dois primeiros nomes já afirmaram que não têm plano B e ponderam o abandono da modalidade.
Reinardt Janse van Rensburg e Carlos Barbero são dois sprinters bastante regulares, é certo que vencem muito pouco mas seriam uma mais-valia para a maioria das equipas do escalão ProTeam e o primeiro até se podia tornar um bom gregário no plano. Os restantes nomes sem equipa são Kilian Frankiny, Andreas Stokbro, Sean Bennett, Nic Dlamini e Connor Brown.
A Intermaché-Wanty decidiu fazer uma pequena revolução no plantel e isso levou à saída de Maurits Lammertink, Riccardo Minali, Jeremy Bellicaud e Alexander Evans. Se o primeiro teve um grave acidente e ainda não sabe se voltará a competir, os restantes encontram-se em situações completamente diferentes. A saída de Elia Viviani da Cofidis também fez com que o seu irmão Attilio Viviani deixa-se a formação francesa, no entanto este não teve a mesma sorte se ir para a INEOS Grenadiers. O jovem sprinter italiano não baixa os braços e procura um contrato, tal como os mais veteranos Jempy Drucker (bom ciclista de clássicas) e Natnael Berhane (razoável trepador).
Por falar em ciclistas de clássicas, a BORA-Hansgrohe deixou sair Marcus Burghardt, veterano de 38 anos que, em 2021 foi 14º no Tour de Flandres, pelo que ainda poderia ser um gregário importante. Já Logan Owen deixou a EF Education NIPPO e ainda procura solução, sendo que o próprio já admitiu que mudar de disciplina, investindo no ciclocrosse é uma hipótese.
Entre gregários de luxo, destaque, ainda, para Maximiliano Richeze. O argentino não viu a UAE Team Emirates renovar o seu contrato e espera uma chamada para regressar à Europa. Considerado um dos melhores lançadores do mundo, enquanto isso não acontece irá competir na Argentina. Por fim, Romain Seigle, ex-Groupama FDJ, também está sem equipa.