Se um ciclista chegar a esta fase do ano sem contrato para 2024 é sinónimo de problemas, alguns deles apenas encontram uma equipa disposta a dar-lhes uma oportunidade já no decorrer do ano. Vamos neste artigo falar de alguns que militavam no World Tour e, pela mesma até agora, não têm equipa conhecida para 2024.

Joe Dombrowski – O trepador norte-americano de 32 anos que conta com passagens pela UAE Team Emirates e pela Astana no currículo. Esteve na formação cazaque nas últimas 2 épocas sem resultados de relevo internacional. Outrora uma grande promessa do escalão sub-23, vencedor do Baby Giro em 2012, nunca chegou ao potencial que se perspectivou, ainda que em 2021 tenha ganho 1 etapa no Giro. Deu uma entrevista no início de Dezembro dizendo que apenas precisava de uma equipa que acreditasse nele e que ainda não estava pronto para desistir. A falta de equipas norte-americanas no escalão das ProTeams também leva a estas situações.



Merhawi Kudus – Esteve na Astana entre 2019 e 2021, na EF Education Easy Post nos últimos 2 anos. É outro trepador de qualidade, que foi 5º no Tour de l’Ain ainda há alguns meses, tem pelo menos capacidade para estar numa ProTeam e com 29 anos é bem possível que o campeão eritreu de 2018 e 2022 ainda consiga alguma colocação. A EF fechou o plantel no final de Outubro e ainda não há qualquer rumor a circular sobre o futuro de Kudus.

Nicolas Edet – A reforma é o cenário mais provável para o gaulês de 36 anos, que esteve na Cofidis entre 2011 e 2021 e depois foi capitanear a Arkea-Samsic nos últimos 2 anos. Infelizmente Edet não compete desde Fevereiro e numa entrevista ao “Ouest France”, em Novembro, disse ainda estar a recuperar e em reabilitação dessa queda, ainda com o braço e a mão afectada. O francês só agora voltou a pedalar em casa, não na estrada e dificilmente encontrará lugar em alguma equipa.

Odd Christian Eiking – Outro corredor da EF que não tem contrato para 2024. O norueguês de 29 anos deu nas vistas imenso em 2021 com uma Vuelta onde terminou em 11º e foi líder durante quase 1 semana. Baixou ligeiramente o nível desde então, mas tem somado cerca de 200 pontos UCI por época, ainda em 2022 foi 2º na Coppa Sabatini e em 2023 12º na clássica da Figueira, ficando várias vezes entre o 10º e o 15º lugar. Deu uma entrevista a um canal norueguês no final de Novembro dizendo que estava confiante que ainda conseguiria um lugar numa boa equipa e que apenas estava à espera dos últimos pormenores. O seu agente tentou arranjar lugar na Uno-x, sem sucesso, poderá ser uma das surpresas de Janeiro.



Robert Stannard – Foi suspenso no início de Agosto pela UCI por alegado uso de substâncias ou métodos ilícitos em 2018 e 2019 e a partir daí só se soube que iria recorrer da decisão. Não foi comunicado mais nada por parte do corredor ou do organismo que rege o ciclismo. O que é certo é que a equipa já disse que não contava com o australiano para 2024.

Abner Gonzalez – Bem conhecido do público português pela excelente Volta a Portugal que realizou em 2021 quando a Movistar veio cá e o ciclista de Porto Rico terminou em 6º. Esteve 3 temporadas no conjunto espanhol, ficou surpreendido por não lhe renovar o contrato e disse há alguns dias estar confiante que ainda vai conseguir uma equipa profissional. Até pelos resultados feitos em Portugal poderia ser uma excelente opção para uma equipa lusa, dependendo claro, do orçamento que haja.

Lukas Postlberger – O vencedor da última corrida profissional de 2023 em Hong Kong está de saída de Jayco-AIUla, assim anunciou o austríaco. Supostamente até teria contrato para 2024 com a formação australiana, o mesmo não se cumpriu e o futuro mais provável do poderoso rolador é a Felbermayr, uma equipa local.

 

Há outros corredores conhecidos sem contrato para 2024 e do qual pouco ou nada se sabe, nomeadamente Lukasz Wisniowski, Tom Scully, Leonardo Basso, Julius Johansen ou Lawrence Naesen.



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