Muitas vezes nos últimos anos os portugueses têm chamado “Volta ao Norte” à Volta a Portugal devido ao seu traçado passar predominantemente no Norte do país. A Vuelta 2020 leva essa alcunha a outro nível, o ponto mais a Sul será mesmo Madrid (a par com o Alto de la Covatilla) no último dia. Mas em grande parte é graças a isso que a Vuelta visita, também, o Norte de Portugal.



Dia 3 de Setembro, na 18ª etapa, os ciclistas vão arrancar de Mos para uma jornada praticamente plana. Vão entrar em Portugal através do distrito de Viana do Castelo, por São Pedro da Torre e Vila Nova da Cerveira, passando depois por Viana do Castelo. Apesar desta zona ter bastantes dificuldades orográficas os organizadores preferiram passar junto à costa. Depois vão receber a prova Esposende, Barcelos, Vila Nova de Famalicão e Santo Tirso (sem a passagem pelo Alto da Nossa Senhora da Assunção). Já mais próximo da meta passam pela Maia e Matosinhos, com o final a estar localizado na Avenida Montevideu, na cidade do Porto.

Falámos do Alto da Nossa Senhora da Assunção em Santo Tirso, também conhecido por Monte Córdova, porque poderia animar a tirada já na sua fase final e achamos que há aqui algum potencial desperdiçado, o único real perigo desta etapa para a geral são os ventos laterais junto à costa.



Em relação à etapa 19, dia 4 de Setembro, ela arrancará de Viseu, do local tradicional nesta cidade, a Avenida Europa. Depois segue em direcção à Serra da Estrela, mas os corredores não sobem ao Alto da Torre como se falava, sobem simplesmente até à cidade da Guarda. Depois manter-se-ão pelos 600/700 metros de altitude, saem de Portugal por Vilar Formoso e terminam em Ciudad Rodrigo.

Mais uma jornada de transição que tinha potencial para muito mais, caso houvesse a Serra da Estrela na sua plenitude a meio da tirada. Sendo assim, os sprinters esfregam as mãos, têm 2 oportunidades seguidas na 3ª semana da Vuelta, algo que é raríssimo de ver.



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