O Tour é a competição de ciclismo de estrada com mais cobertura, visibilidade e também mais prémios monetários. Nesta edição de 2021 foram distribuídos mais de 2,2 milhões de euros consoante os resultados obtidos, sempre com a classificação geral a ter uma influência enorme nesta distribuição.




Este factor leva a que alguns ciclistas também queiram vir ao Tour, até como gregários quando até poderiam ter outro papel noutra corrida. É que geralmente os prémios obtidos nas corridas são distribuídos pelos ciclistas (e por alguns elementos do staff, mas isso depende sempre de como a equipa decida fazer) e os gregários não têm ordenados assim tão elevados, conseguindo desta forma um bom acrescento à remuneração fixa.

De uma forma natural, a UAE Team Emirates foi a formação que mais prémios acumulou ao longo deste Tour, com o triunfo na classificação geral, as vitórias em etapa de Pogacar e os dias que o esloveno passou de amarelo, superando os 600 mil euros. Isto significará um prémio por ciclista de 30 a 60 mil euros (dependendo do número de pessoas a dividir) fora possíveis clausulas adicionais nos contratos. A equipa logrou mais de 25% do bolo total de prémios.




No 2º posto da tabela ficou a Jumbo-Visma, graças às prestações de Jonas Vingegaard e de Wout van Aert (com Sepp Kuss à mistura), um feito extraordinário se pensarmos que ficaram sem o principal líder a meio e que apenas 4 elementos chegaram a Paris. O lugar mais baixo do pódio nesta tabela pertence à Bahrain-Victorious, uma formação que também subiu ao pódio em Paris graças à classificação colectiva e que conquistou 3 etapas e vários lugares honrosos.

Ainda assim dos 100 mil euros de prémios (o que provavelmente significará 10 a 15 mil euros por ciclistas) estão a Deceuninck-Quick Step, que bem pode agradecer a Mark Cavendish, a Ineos Grenadiers, que não ganhou nenhuma etapa, mas teve Richard Carapaz no pódio, a Ag2r Citroen Team, que teve Ben O’Connor como abono de família, e a Bora-Hansgrohe, que ganhou 2 etapas e teve Wilco Kelderman no 5º posto da geral.

Nota positiva ainda para a Alpecin-Fenix, no 8º lugar desta tabela apesar de ser uma formação Profissional Continental (contando com um brilhante Mathieu van der Poel na 1ª semana e com Jasper Philipsen a fazer bons lugares nos sprints). Por outro lado, dá bem para ver por aqui o quão discretos e desapontantes foi o Tour para a Team DSM e para a Qhubeka Nexthash, que acumularam menos de 15 mil euros em prémios ao longo das 3 semanas, manifestamente pouco tendo em conta que até contagens de montanha dão algum incentivo monetário. Estes valores não incluem o valor das multas.





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