Com o final da Volta a Portugal ontem em Viseu é tempo de balanços e retrospectiva sobre o que se passou na prova mais importante do calendário nacional. Foi uma edição emotiva até ao último metro, com uma guerra pela classificação geral entre Efapel e W52-FC Porto, com Alejandro Marque como convidado de honra.



A edição deste ano tinha para distribuir 127 290 euros em prémios ao longo das 11 etapas, com o bolo maior para a classificação geral, como é habitual neste tipo de corridas. Os vencedores das classificações secundárias receberam 1 500 euros, bem como o melhor português, que coincidiu com o vencedor da prova. Os 20 primeiros das etapas e da geral acumularam prémios monetários e curiosamente todas as equipas deixaram o seu cunho.

Geralmente quem ganha a geral é a equipa que acumula uma receita maior, mas este ano foi a excepção, com a W52-FC Porto a somar 31 732,50 euros e a Efapel 36 922,50 euros. Isto aconteceu porque a formação liderada por Nuno Ribeiro acabou por não ganhar qualquer etapa, enquanto a Efapel triunfou em 6 das 11 tiradas, ganhou mais de metade das etapas da Volta a Portugal, escapando o triunfo final por escassos 10 segundos. Para além disso a Efapel colocou 3 ciclistas no top 10 da geral, o que também levou que a conta subisse bastante.



A 3ª equipa que saiu da Volta a Portugal com mais prémios foi a Rally Cycling, exclusivamente pelas 3 etapas conquistadas ao longo da prova. Esses 3 resultados representaram mais de 80% do total de prémios acumulados pela equipa norte-americana. A única formação do World Tour aparece no 4º posto da tabela. Apesar de não ter festejado em Portugal houve alguns bons resultados em etapas por parte de Lluis Mas, Sergio Samitier e Juri Hollmann, enquanto Abner Gonzalez ganhou a juventude e ficou em 6º da geral.

O Atum General/Tavira/Maria Nova Hotel fecha o top 5, com 8 640 euros somados, a larga maioria graças à vitória de etapa e 3º posto da geral de Alejandro Marque. Os comandados de Vidal Fitas estiveram bastante tempo a defender a amarela e ficaram cedo sem 2 elementos. Do 7º ao 14º lugar estão equipas que conseguiram algumas presenças no top 10 em etapas e colocaram alguns ciclistas no top 20 da geral, a Antarte-Feirense até levou a classificação da montanha para casa.



Nos últimos 5 lugares estão 3 equipas que não concluíram a prova por registarem casos de Covid-19 (Euskaltel-Euskadi, Caja Rural e Radio Popular Boavista), a Swift Carbon, claramente a equipa mais fraca em prova, e a LA Alumínios-LA Sport, que somou 625 euros com o seu plantel bastante jovem e ainda em crescimento. De referir que na maioria dos casos estes prémios não ficam para as equipas e são distribuídos pelos ciclistas, tornando-se assim um bom completamento à remuneração mensal.
970h250

Prémios monetários da Volta a Portugal 2021 por equipa:

Foto: FPC




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