Estes últimos dias de Dezembro têm sido mais calmos no mercado, ainda assim algumas equipas aproveitaram para finalizar os seus planteis com os ciclistas ainda sem contrato para 2021.
Uma protagonista ultimamente tem sido a Delko One Provence, numa relação complicada com a EF Education First, depois de perder a Nippo, patrocinador japonês. Da formação francesa para a EF Education First seguem Julien el Fares e Simon Carr. Julien el Fares talvez tenha conseguido um contrato de uma vida, pela primeira vez no World Tour desde 2010, até assinou por 2 épocas. É um trepador razoável, mas aos 35 anos e com o seu currículo não é normal fazer estes contratos. Quanto a Simon Carr é um jovem britânico de 22 anos, também trepador, que em 2020 venceu a classificação da juventude na Volta a Portugal e depois ganhou a Clássica de Ordizia, em Espanha.
A Delko One Provence ficou com 2 vagas abertas no plantel e aproveitou para se reforçar com Mathias Le Turnier e August Jensen. O francês Le Turnier tem 25 anos e esteve as últimas 4 épocas com a Cofidis, em sub 23 obteve excelentes resultados e nos últimos anos foi 10º na Volta a Hungria e no Tour du Haut Var, 7º no Tour du Doubs e 6º no Tour de la Provence. Já August Jensen é um experiente norueguês de 29 anos, que em 2018 e 2019 representou a Israel Cycling Academy. É um bom puncheur, geralmente bastante consistente, e que este ano foi 8º no Paris-Tours, tem potencial para ser uma excelente contratação.
A Alpecin-Fenix vai ter um dos maiores planteis, senão mesmo o maior, entre as equipas Profissionais Continentais, o que diz bem da ambição da equipa. Recentemente anunciou os ingressos de Laurens de Vreese (corredor que estava sem contrato após ter representado a Astana nas últimas 6 épocas) e Jay Vine (australiano de 25 anos que foi 5º no Herald Sun Tour esta época e que é um bom trepador).
Não é caso único, mas já tínhamos falado de Taco van der Hoorn e da sua descida do World Tour para o escalão Continental. Afinal o holandês rasgou o acordo que tinha com a BEAT Cycling Club e rubricou contrato para 2021 com a Intermarche Wanty Gobert, mantendo-se assim no principal escalão do ciclismo mundial. Vencedor da Primus Classic, da Schaal Sels e de uma etapa no BinckBank Tour, será uma mais valia nas clássicas.
O experiente francês Johan Le Bon, que estava na B&B Hotels – Vital Concept, vai representar e ajudar a Cambodja Cycling Academy em 2021, e com ele irá correr o histórico “avozinho” Davide Rebellin! A equipa foi criada em 2020 e contou com Roman Maikin e Matvey Mamykin como líderes na época passada, sendo que apenas Maikin contribuiu com 2 pódios.
A BEAT Cycling Club perder Taco van der Hoorn e apostou para 2021 no regresso de Piotr Havik, que em 2020 saiu para a Riwal Securitas. O holandês foi em 2019 uma peça crucial na equipa, fazendo 3 pódios em clássicas importantes e espera repetir o feito na próxima época. A Team Ukyo, melhor equipa japonesa da actualidade, vai contar novamente com alguns bons corredores australianos. Marcus Culey (ex Team Sapura) e Benjamin Dyball (ex-NTT Pro Cycling) são reforços, sendo que Dyball foi, em 2018 e 2019, um dos melhores ciclistas do circuito asiático/australiano e é expectável que repita o feito.
Por fim, hoje a Vini Zabu anunciou uma contratação um pouco estranha, o regresso de Daniel Pearson ao escalão Profissional Continental, depois de uma passagem pela Aqua Blue Sport em 2017 e 2018, sendo sempre de estranhar um britânico numa equipa italiana. Pearson é um trepador, em 2018 foi 11º no Tour of Oman e 6º na Volta a Croácia, ambas as provas têm muita montanha.