De 16º na geral no Giro em 2020 a começar a temporada a bater ao sprint um ciclista que já fez pódios no Tour em sprints em pelotão compacto. 2021 começou com uma grande surpresa na época de estrada mais a sério, protagonizada por Aurelien Paret-Peintre, jovem promessa da Ag2r Citroen, que assim continuou a sua dinastia nesta corrida.



O vento frontal foi um dos grandes factores decisivos desta corrida, tal como referimos na antevisão, e foi o que permitiu um sprint com um grupo mais alargado que o habitual. Antes disso houve vários ciclistas inconformados e a testar as pernas nesta que para a larga maioria foi a primeira corrida do ano. Eliot Lietaer, Jens Reynders, Morne van Niekerk, Jon Barrenetxa, Kenny Molly e Vojtec Repa formaram uma fuga que esteve sempre controlada, principalmente pela UAE Team Emirates.

Mesmo antes da subida principal um engano no percurso atrasou 15 a 20 ciclistas, numa altura em que a Ag2r já forçava o ritmo. O grupo ficou espalhado pela estrada na ascensão mais complicada do dia, com Tim Wellens a destacar-se dos restantes, sendo apanhado já perto do topo. O pelotão reduziu bastante, Tony Gallopin também tentou na subida, mas seriam Andreas Kron, Simon Carr, Benjamin Thomas e Odd Eiking a ganhar algum espaço na última oportunidade para tal.



Entretanto as equipas dos sprinters organizaram-se, a UAE Team Emirates para Trentin, a B&B Hotels para Coquard e a Team Total Direct Energie para Boasson Hagen. Já não havia como evitar o sprint e a B&B Hotels fez um excelente comboio, Trentin lançou o sprint primeiro mas não teve pernas e quando parecia certo que Coquard iria ganhar eis que apareceu Aurelien Paret-Peintre do nada para bater Thomas Boudat, reforço da Arkea-Samsic, e Bryan Coquard. Os também surpreendentes Kiko Galvan e Arjen Livyns foram 4º e 5º, respectivamente.

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