A maioria do pelotão presente na Vuelta a Murcia, que decorreu nos últimos dois dias, continuou por Espanha para a Clássica de Almeria. Normalmente, os sprinters são os vencedores no entanto uma primeira parte bastante sinuosa poderia dificultar este cenário, como se veio a confirmar.
As equipas menos cotadas a aproveitaram a passividade inicial do pelotão para se meterem na fuga do dia com Carlos Verona, Juan Antonio Lopez, Axel Journiaux, Justin Timmermans, Jetse Bol, Emerson Oronte e Petr Rikunov. Com uma vantagem máxima de 3:30, o pelotão tinha na Astana e na Katusha as principais equipas interessadas em que a vantagem não subisse mais.
Na parte dura da etapa, ainda com mais de 100 quilómetros para o fim, Carlos Verona deixou os seus companheiros de fuga para trás, aproveitando para somar pontuação máxima em todas as contagens de montanha.
Esta zona sinuosa dividiu o pelotão em dois, sendo que na frente estavam os principais candidatos, Pascal Ackermann, Marcel Kittel e Matteo Trentin. Sempre na frente estava a Mitchelton-Scott, que fez um trabalho fantástico, apanhando Carlos Verona e continuando na frente até à chegada a Almeria. O segundo grupo foi perdendo bastante terreno e, com 30 quilómetros para o fim, já estava a mais de 1 minuto e meio.
A equipa australiana não saiu um único metro da frente até surgir a Bora-hansgrohe já dentro dos 3000 metros finais. Sem ter trabalhado, a equipa alemã estava mais fresca mas mesmo assim foi a Mitchelton a entrar na frente no final, com Matteo Trentin a fazer o lançamento para Luka Mezgec. Na roda do esloveno estavam Ackermann e Kittel que saíram que nem duas balas. O campeão alemão ganhou logo uma pequena vantagem que estava a desaparecer no entanto conseguiu suster a aproximação de Kittel para conseguir a primeira vitória do ano. Mezgec foi 3º.