Cheio de vontade, o pelotão regressou à estrada para a segunda semana do Tour de France! Início de corrida diabólico, logo com uma contagem de montanha, o que proporcionou uma corrida louca, a todo o gás. Tudo isto levou que até Jonas Vingegaard e Tadej Pogacar estivessem na fuga do dia, levando a INEOS Grenadiers a trabalhar no pelotão para fechar o espaço. Os ataques sucediam-se, Wout van Aert, Giulio Ciccone, Krists Neilands e Michal Kwiatkowski foram alguns dos nomes que tentaram por várias vezes mas sempre sem sucesso. A 145 quilómetros do fim, um dos momentos da etapa, com David Gaudu, Romain Bardet e Wout van Aert a ficarem num grupo atrasado.



Na frente, a corrida continuava louca, os ataques eram uma constante o que fazia com que o grupo de Gaudu e companhia chegasse a estar a mais de 2 minutos. Foi a 127 quilómetros do fim, já com mais de 40 percorridos que a verdadeira fuga do dia se formou. Ficavam na frente Esteban Chaves, Kasper Asgreen, Pello Bilbao, Mattias Skjelmose, Georg Zimmermann, Nick Schultz e Warren Barguil, a quem mais tarde se juntavam Michal Kwiatkowski, Julian Alaphilippe, Anthony Perez, Harold Tejada, Antonio Pedrero, Ben O’Connor e Krists Neilands.

Com tudo isto, o pelotão acalmou o ritmo, o grupo de Gaudu reentrou e rapidamente a fuga ganhou 3 minutos de vantagem, diferença que não foi superior já que Bilbao era um perigo para a classificação geral. A Alpecin-Deceuninck ainda trabalhou durante um bom pedaço na frente do pelotão, estabilizou a vantagem, antes de Mathieu van der Poel e Wout van Aert terem atacado na descida antes da última contagem de montanha do dia. Na frente, o terreno ondulante já tinha potenciado muitos ataques mas o grupo entrou junto no Côte de la Chapelle-Marcousse.



Depois de ter estado ao ataque a cerca de 50 quilómetros do fim, Neilands voltava à carga e desta vez conseguia abrir espaço para a restante fuga que, na subida final, se ia dividindo. No topo da subida, à falta de 29 quilómetros, o letão tinha 40 segundos de vantagem para um grupo composto por Bilbao, Zimmermann, Chaves, O’Connor e Pedrero e 4 minutos para o pelotão agora comandado pela INEOS Grenadiers e onde já estavam Van Aert e Van der Poel. A descida e o plano final que se seguiram não foram favoráveis a Neilands que viu o grupo perseguidor organizar-se e apanhar o ciclista da Israel-Premier Tech a apenas 3300 metros do fim.

O’Connor foi o primeiro a atacar a 1500 metros do fim, seguindo-se a contra-ofensiva de Zimermann à entrada do quilómetro final. Apenas Bilbao respondeu ao alemão, os dois ficaram na frente e foi entre ambos que se discutiu o triunfo. O’Connor ainda conseguiu fazer a ponte mas já vinha muito justo de forças e quando Bilbao lançou o sprint percebeu-se que a vitória seria do basco. Triunfo convincente e muito importante para o ciclista da Bahrain-Victorious à frente de Zimmermann e O’Connor.



O pelotão chegou a 2:53, com Vingegaard a manter a camisola amarela. Para além da vitória em etapa, Bilbao ganhou bastante tempo na classificação geral, o que o faz subir de 11º a 5º.

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