Dia de sobe e desce constante onde se esperavam muitos ataques, mas acabou por ser uma jornada relativamente monótona e com uma falta de profundidade táctica surpreendente. Até começou por uma fuga bem composta. Nicholas Dlamini, James Whelan, Nico Denz, Manuele Boaro, Leo Vincent, Michael Potter e o vencedor da 1ª etapa, Elia Viviani foram os aventureiros, aos quais a CCC Team só concedeu 3:30.




Os fugitivos foram ficando para trás à medida que os quilómetros foram passando, apesar da falta de ofensivas no pelotão. Foram Davide Ballerini e Alberto Bettiol a quebrar o marasmo, juntando-se a Potter, Whelan e Dlamini que seguiam na frente. A estratégia da EF Education First resultou mesmo quando Whelan e Bettiol deixaram todos para trás e ganharam 1 minuto sobre o pelotão.

A CCC Team foi perdendo elementos atrás de elementos e Bevin ficou mesmo sozinho quando a Team Sky acelerou, reduzindo também a diferença para Bettiol que já seguia em solitário. A Mitchelton entrou em acção com o seu bloco completo à entrada da última volta, apanhou o italiano e manteve o grupo compacto até aos 3000 metros finais, quando Kenny Elissonde arrancou e ganhou algum espaço, que foi fechado quando Michael Woods desferiu uma potente aceleração, reduzindo ainda mais o grupo, mas tudo viria a ser decidido num sprint em pelotão reduzido.




Foi Daryl Impey o primeiro a lançar o sprint, mas tal como em 2018 em Uraidla também estava lá um senhor chamado Peter Sagan, com mais velocidade, que ultrapassou o sul-africano. Luis Leon Sanchez ainda foi uma grande ameaça, mas quedou-se pelo 2º lugar atrás de Sagan, enquanto Impey marcou o 3º posto e 4 segundos de bonificação. Ruben Guerreiro foi um excelente 7º classificado e subiu a 13º na classificação geral, que continua a ser liderada pelo neozelandês Patrick Bevin. Ivo Oliveira terminou em 118º.

Foi um pouco incompreensível como num percurso destes, equipas com 3, 4 ou mesmo 5 elementos no grupo principal nem sequer tentaram mexer, entregando o Tour Down Under de mão beijada àqueles que eram favoritos à partida. Principalmente quando no início da etapa muitos disseram que a intenção era tornar a corrida dura. A Bora-Hansgrohe nem teve de trabalhar e teve a recompensa no final. Patrick Bevin esteve 20 quilómetros sem companheiros e só foi atacado nos últimos 3 kms, e mesmo aí, houve quem fechasse o espaço por ele. Amanhã esperam-se mais diferenças, com a complicada subida de Corkscrew perto da meta.





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