Os ciclistas saíram com muita vontade de Boticas, após o dia de descanso. A fuga do dia demorou muito a sair e só na descida de Lamego para a Régua, por volta do quilómetro 50, esta se formou, com Fernando Barcelo, Benat Txoperena, Rafael Reis, Oscar Hernandez, Viesturs Luksevics, Soufiane Haddi, Filipe Cardoso, Nuno Meireles e Gaspar Gonçalves, que viriam a ter a companhia mais tarde de Awet Andemeskel e Bruno Silva. A vantagem esteve muito tempo a rondar os 3 minutos, sempre com a W52-FC Porto no comando do pelotão.

A 30 kms da meta a diferença cifrava-se em 1:30 e à entrada da subida de Torneiros só restavam 30 segundos. A W52-FC Porto entrou à morte na subida, com o pelotão a ficar reduzido somente aos favoritos e a 20 kms da meta atacou Joni Brandão, com resposta de Raul Alarcon, Edgar Pinto e Vicente de Mateos. Xuban Errazquin e João Benta também colaram, com o espanhol da Vito-Feirense-Blackjack a atacar. Errazquin foi alcançado graças a uma aceleração de Raul Alarcon, mas voltou a tentar e a tentar. João Benta também arrancou, enquanto que os outros favoritos ficaram à espera de reforços.

João Benta juntou-se a Errazquin, mas ambos foram alcançados na descida por um grupo restrito, liderado pela W52-FC Porto. Sérgio Paulinho e Daniel Silva aceleraram, sem sucesso, e a 13 kms da meta foi a vez de Domingos Gonçalves. O campeão nacional não ganhou muito espaço de início, mas depois começou a dilatar a sua vantagem, tendo 30 segundos à entrada dos 3000 metros finais.

Com uma pedalada vigorosa, Domingos Gonçalves só foi visto pelos restantes depois da linha de meta, teve mais que tempo para festejar uma brilhante vitória em Boticas. O sprint no grupo perseguidor, que chegou a 19 segundos, foi ganho pelo norueguês Krister Hagen (que fez questão de demonstrar a sua frustração) à frente de Daniel Mestre. Não houve mais diferenças entre os homens da classificação geral.

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