Sem ciclismo devido à pandemia do COVID-19, a temporada dos ciclistas está em suspenso. Na Bélgica pode-se praticar desporto no entanto, em países como Itália e Espanha ninguém pode sair de casa. Isto leva os corredores a pensar em alternativas e, muitos deles, estão a focar-se no Zwift.
O Zwift é um programa de treino online multijogador, onde os ciclistas interagem entre si, competindo num mundo virtual. Equipas como a Mitchelton-Scott têm feito torneios virtuais, onde os seus ciclistas competem e treinam com pessoas de tudo os cantos do mundo.
Quem não acha muita piada a esta ferramenta é Tiesj Benoot. O belga era um dos ciclistas em mais evidência, acabou o Paris-Nice em crescendo de forma, e num direto na sua página de Facebook disse “se tivermos que começar a correr no Zwift, prefiro parar. O ciclismo é na natureza, na sociedade … Nada disso está no Zwift.”
Continuou o seu direto referindo que “gostaria de saber se vamos correr mais esta época. Mesmo que tente não me preocupar muito com isso não consigo. Se começar a treinar na próxima semana será com o Tour em mente.” E se o Tour não se com público na estrada? “Se o tiver que fazer, irei correr o Tour sem público. É muito melhor do que correr no Zwift. Prefiro corridas sem público a corridas no Zwift”.
Falando sobre os objetivos para a temporada, Benoot mostra-se ambicioso: “O meu objetivo é ir aos Jogos Olímpicos. Só 5 belgas podem ir e acho que mereço o meu lugar.” Sobre as clássicas adiadas para o outono, a opinião do belga de 26 anos difere do normal, já que “vão existir competições de qualquer maneira. É difícil de balançar. É preciso dar prioridade aos Monumentos no novo calendário.O que fazer com as clássicas do World Tour no Canadá? Se o Tour de Flandres for perto dessas provas é certo eu não ir ao Canadá.”
Um discurso frontal do ciclista belga da Team Sunweb que era um dos corredores em evidência neste início de temporada. Os seus primeiros objetivos estavam aí à porta e, pelo que se viu, tinha tudo para ser um dos destaques e dar espetáculo.