Foto: Duarte Roriz

O presidente da Autoridade Antidopagem de Portugal, Manuel Brito, deu uma entrevista à Agência Lusa e, na mesma, fez revelações importantes acerca do estado recente do ciclismo em Portugal.

Está a fazer dois anos desde que foi implementado no pelotão nacional a obrigatoriedade do passaporte biológico, algo que só acontece para as equipas World Tour e ProTeams, os dois primeiros dois escalões do ciclismo. Para Manuel Brito, a incerteza dos resultados na Volta a Portugal só revelam que o protocolo está a funcionar: “A tal incerteza do resultado, que é um dos princípios do desporto, a equidade, está a ser bem clara na Volta a Portugal. Tive a oportunidade até de conversar sobre isto, várias vezes, com o presidente da FPC (Delmino Pereira), com o diretor da prova (Joaquim Gomes) também, eles concordam. Portanto, há uma volta na Volta a Portugal. Eu creio que se deve ao passaporte biológico”, defendeu.



Manuel Brito revelou que existem cinco processos de passaporte biológico em fase de instrução que, pela lei portuguesa, não permitem a suspensão provisória. Desta forma, os respetivos ciclistas podem continuar a correr livremente ao contrário do que acontece quando os mesmos processos são conduzidos pela UCI que suspende, provisoriamente, os ciclistas.

Estes casos de anomalias nos passaportes biológicos são, segundo o presidente da ADoP, casos muito longos, elencando todo o moroso processo que vai desde a elaboração de relatórios por parte de três peritos, à defesa do arguido e a nova argumentação dos peritos, tudo isto com traduções pelo meio uma vez que o processo tem de seguir para a UCI em inglês.

A juntar a estes factos referidos, Manuel Brito confirma há dois “resultados adversos positivos” no ciclismo nacional, sem revelar os nomes dos envolvidos.



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