O mau tempo que se fez sentir por quase toda a Europa Central, especialmente o vento, teve fortes implicações na jornada de ciclismo que tivemos (ou neste caso que não tivemos hoje). A etapa do Paris-Nice foi inicialmente encurtada e posteriormente cancelada, a etapa do Tirreno-Adriatico não teve o final no local previsto relativamente à última subida do dia, os ciclistas tiveram essa subida também mais curta do que o previsto.
Mesmo assim era a chegada em alto mais dura desta corrida e algumas equipas não quiseram estar ausentes da frente da corrida e enviaram Quinn Simmons, Davide Ballerini, Simon Gugliemi, Erik Fetter, Florian Stork, Anthony Perez e Zdenek Stybar para a fuga, numa escapada que raramente teve mais de 3 minutos de avanço. O vento era, de facto, um dos maiores obstáculos aos ciclistas e também por isso o ritmo foi sempre relativamente alto no pelotão, havia preocupação constante pelo posicionamento, tanto que a Ineos-Grenadiers cedo pegou na corrida e apanhou a fuga com bastante antecedência.
Na penúltima subida a Movistar procurou levar Enric Mas o mais confortável possível e até fez a aproximação à subida final na frente, com a situação a mudar drasticamente a 6 kms da meta quando a UAE Team Emirates decidiu incrementar bastante o ritmo, primeiro com Davide Formolo e depois com George Bennett a esticarem muito o grupo, o que também levou à reacção da Bora-Hansgrohe após uma ofensiva de Damiano Caruso. Só que o italiano foi abrindo espaço paulatinamente, até que os grandes favoritos mexeram na corrida à entrada do último quilómetro.
Foi Enric Mas a fazer o trabalho de colagem a Caruso, com Ciccone e Landa na roda, enquanto um grupo perseguidor mais numeroso não estava longe. Esse grupo acabou por colar não muito longe da meta e tudo se resolveu num sprint até relativamente numeroso e muito confuso onde saiu por cima Primoz Roglic, diante de Giulio Ciccone e Tao Hart, com João Almeida a finalizar no 8º posto, com o mesmo tempo do vencedor.