O Monte Lussari foi o palco de todas as decisões desta Volta a Itália, uma das subidas mais duras do calendário internacional. Devido às particularidades do traçado, os ciclistas foram divididos em 3 grupos e partiram com alguma distância entre eles. Do primeiro grupo o mais forte foi Thibault Guernalec, o registo do francês foi pulverizado pelo norte-americano Matthew Riccitello, o jovem da Israel-Premier Tech tinha a liderança quando o top 40 da geral foi para a estrada.

A UAE Team Emirates deu boas indicações e empurrou Riccitello para o 3º posto, primeiro Jay Vine e depois Brandon McNulty passaram para o primeiro lugar provisório, especialmente o norte-americano impressionou bastante. Num apertado duelo entre super-gregários Sepp Kuss superou o seu compatriota por apenas 2 segundos, num final emocionante em que o corredor da Jumbo-Visma deu tudo o que tinha apesar de uma ligeira quebra no final.




Depois os grandes favoritos foram para a estrada e no primeiro registo intermédio faziam jogo igual não obstante uma troca de capacete por parte de Geraint Thomas que não se viu nos seus rivais. João Almeida passou no segundo ponto intermédio e fazia jogo igual a Sepp Kuss e Damiano Caruso, mas Primoz Roglic estava a voar montanha acima e retirava 32 segundos ao tempo do ciclista português, com Geraint Thomas a 16 segundos, o esloveno já tinha retirado metade da diferença que precisava.

No entanto o azar voltou a bater à porta de Primoz Roglic, passou por cima de um buraco e foi obrigado a parar, perdendo assim alguns segundos. João Almeida geriu o esforço com brilhantismo e fez uns quilómetros finais fenomenais, parou o relógio em 45:05 para assumir a liderança provisória e garantir assim o pódio no final do Giro. O vencedor da camisola branca só foi mesmo batido por Primoz Roglic, e com algum estrondo, quando o corredor da Jumbo-Visma fez 44:23, uma das melhores exibições da carreira tendo em conta as condicionantes do momento.

O relógio estava a contar para Geraint Thomas, o camisola rosa quebrou de forma espectacular nos últimos 2 kms, precisava de parar o relógio em 44:49 e só o fez quando já passava dos 45 minutos, perdendo assim o Giro 2023 de uma forma dramática. Roglic ficou com a liderança com 14 segundos sobre Geraint Thomas e 1:15 sobre João Almeida.

 

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