A etapa do Paris-Nice prometia muita animação e assim foi. Num traçado bastante ondulado houve uma luta muito grande para entrar na fuga, Matteo Trentin e Remi Cavagna andaram algum tempo fugidos, abdicaram desses intentos e acabaram por se destacar Julien El Fares, Victor Campenaerts, Alexey Lutsenko, Kenny Elissonde, Jonathan Hivert e Anthony Perez.
O ritmo manteve-se sempre muito alto, a Jumbo-Visma não deixava a escapada ganhar muita vantagem, até porque Kenny Elissonde estava próximo na geral e, entretanto, os abandonos acumulava-se, com o 3º da geral, Brandon McNulty, a ir para casa mais cedo devido a queda. Maxime Bouet, Anthony Delaplace, Amund Jansen e Louis Vervaeke não partiram, Miles Scotson, Dries van Gestel e Kaden Groves também desistiram.
As dificuldades montanhosas foram fazendo a selecção na fuga (El Fares e Perez para trás) e no pelotão. Lutsenko furou e as suas chances de vitória terminaram, Elissonde seguiu isolado e algumas equipas foram ajudando a Jumbo-Visma, entre elas a Quick-Step, a Israel Start-up Nation e a Cofidis. A 20 kms da meta a vantagem de Elissonde face a um pelotão quase delapidado de sprinters era de apenas 25 segundos.
Com Elissonde quase a ser apanhado o francês ainda teve uma boleia de Jonas Rutsch, que saiu do pelotão. Elissonde perdeu o contacto com Rutsch, com o alemão a arriscar tudo na descida antes da colina final. Rutsch foi apanhado à entrada do quilómetro final, com a Quick-Step a tentar controlar tudo para Sma Bennett, só que o irlandês ficou completamente parado na estrada metros depois. Não obstante disso, a formação belga continuou a trabalhar, uma clara falha de comunicação.
Foi Guillaume Martin a mexer a 500 metros da meta, obrigando a uma resposta pronta de Primoz Roglic. O camisola amarela chegou à roda do francês e abriu o seu sprint, segurando os ímpetos de Christophe Laporte e de Michael Matthews para somar mais um triunfo, provando mais uma vez que consegue fazer um pouco de tudo. Primoz Roglic tem agora 41 segundos de vantagem sobre o seu rival mais directo, Maximilian Schachmann. Rui Costa foi o melhor português, terminou em 37º com o mesmo tempo do vencedor.